quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Guerra do Golfo

Conflito militar ocorrido entre o Iraque e o Kuwait na região do Golfo Pérsico. Mas que também envolveu os Estados Unidos e alguns países do Oriente Médio.
Em 1990, Saddam Hussein, governante do Iraque, invadiu o Kuwait, iniciando uma nova crise na área. Buscando projetar-se como grande líder das nações árabes, Hussein realizou a anexação sob o pretexto de que o Kuwait era uma ilusão, um Estado fundado pela Inglaterra, um protetorado das potências capitalistas.
O objetivo do Iraque era de anexar seu vizinho Kuwait ao seu território como uma província, de forma a controlar o petróleo kuwaitiano. 
Como pretexto, o líder iraquiano acusa o Kuwait de provocar a baixa no preço do petróleo ao vender mais que a cota estabelecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Hussein exige que o Kuwait perdoe a dívida de US$ 10 bilhões contraída pelo Iraque durante a guerra com o Irã (1980) e também cobra indenização de US$ 2,4 bilhões, alegando que os kuwaitianos extraíram petróleo de campos iraquianos na região fronteiriça de Rumaila. Estão ainda em jogo antigas questões de limites, como o controle dos portos de Bubiyan e Uarba, que dariam ao Iraque novo acesso ao Golfo Pérsico.
Saddam Hussein procurava compensar as despesas com a guerra contra o Irã ampliando seu controle sobre as reservas petrolíferas do país. Aparentemente era mais uma das diversas tensões do Oriente Médio. Em 1990, se dá a invasão iraquiana de 100 mil soldados no Kuwait. Boa parte da família real kuwaitiana conseguiu fugir. Somente a força aérea do Kuwait demonstrou alguma resistência durante a ocupação.
Em resposta à invasão do Kuwait, o presidente norte americano George Bush enviou tropas para o Golfo Pérsico, e o Conselho de Segurança da ONU decretou boicote econômico ao Iraque. O que significava que os países não podiam comprar do Iraque nem vender para ele. Hussein por sua vez, proclamou a anexação do Kuwait e ordenou a prisão dos estrangeiros ali residentes. Enquanto as bolsas de valores mundiais despencavam, o ditador iraquiano passou a vincular a retirada de suas tropas do Kuwait à criação de um Estado Palestino.
No entanto, poucos tinham esperança de que o embargo seria o suficiente para retirar as tropas iraquianas. Então a ONU estabeleceu um prazo de até 15 de janeiro de 1991 para a retirada das tropas que ocupavam o Kuwait. Mas, antes disso, os Estados Unidos já preparavam um contra-ataque. Até o fim do prazo estabelecido, as tropas da ONU começavam a chegar aos países vizinhos como Turquia e Arábia Saudita.
Aumenta a pressão norte-americana para a ONU autorizar o uso de força. Hussein tenta em vão unir os árabes em torno de sua causa ao vincular a retirada de tropas do Kuwait à criação de um Estado palestino. A Arábia Saudita torna-se base temporária para as forças dos EUA, do Reino Unido, da França, do Egito, da Síria e de países que formam a coalizão contra Hussein. Fracassam as tentativas de solução diplomática, e, em 29 de novembro, a ONU autoriza o ataque contra o Iraque, caso seu Exército não se retire do Kuwait até 15 de janeiro de 1991. Em 16 de janeiro, as forças coligadas de países liderados pelos EUA dão início ao bombardeio aéreo de Bagdá.
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos colocou no deserto iraquiano o maior aparato militar desde a Segunda Guerra Mundial, formando a chamada "Tempestade no Deserto" que jogou mais de 31 toneladas de bombas contra os 450 mil soldados do Iraque, levando destruição e morte à população civil com os bombardeios sobre Bagdá. O confronto terminou em 40 dias com a derrota do Iraque que enfrentou grandes perdas materiais e humanas. Morreram pouco mais de 500 soldados aliados no conflito (sendo mais de 300 norte-americanos) e de 100 a 300 mil iraquianos.
Uma das questões mais importantes a respeito da operação militar no Iraque foi a ambiental. Um recurso iraquiano utilizado durante o conflito, denominado de eco terror, foi o despejo de petróleo no golfo Pérsico e, quase ao final da guerra, incêndio das instalações petrolíferas do Kuwait. Sabia-se que a intervenção norte-americana na região teria como consequências incêndios de grande proporções nos campos petrolíferos do Kuwait, provocados pelos iraquianos, que poderia acarretar um desastre ecológico no planeta. Os cientistas temiam que a fumaça gerada por esses incêndios chegasse à estratosfera e formasse uma enorme sombra, capaz de diminuir a temperatura no mundo. Entretanto satélites de diversos tipos e habilidades, foram capazes de registrar incêndios e analisar deslocamentos de manchas de óleo no golfo rumo às costas da Arábia Saudita, permitindo o seu controle. Assim, os avanços impediram consequências ambientais mais graves do conflito no golfo.
Apesar disso, o Iraque conseguiu perder a guerra sem perder território ou sequer tirar Saddam Hussein do poder. A rápida derrota do Iraque surpreendeu o mundo, que esperava uma resistência muito maior e o uso de todo o arsenal de Saddam. Dessa guerra saíram diversos vencedores, entre eles os Estados Unidos assumindo seu papel de única potência mundial, o Egito por ter apoiado os EUA ganhou prestígio e força. Em compensação o Iraque, além de ter perdido a guerra, ainda saiu enfraquecido, perdendo o seu prestígio. 
O ataque ordenado pelo presidente norte-americano George Bush pôde, pela primeira vez na História, ser acompanhado pela TV. A alta tecnologia militar dos Estados Unidos e de seus aliados liquidou os temidos exércitos de Hussein.
Terminada a guerra, a ONU estabeleceu sanções econômicas contra o Iraque, especialmente o embargo sobre suas exportações de petróleo. Como parte do acordo de cessar-fogo, o Iraque permite a inspeção de suas instalações nucleares.
Outros bombardeios foram feitos ao Iraque sob liderança norte americana, especialmente em 1998 e início de 1999, frente à não sujeição de Hussein às inspeções e imposições da ONU. Em dezembro de 1998, os Estados Unidos e a Inglaterra lançaram contra ele novo ataque com 200 mísseis Tomahawk e 100 cruisers, lançando-os em instalações militares e outros lugares suspeitos de estarem armazenando armas químicas, biológicas e nucleares. A Operação que foi batizada de Raposa no Deserto, não debilitou a liderança de Hussein, nem chegou a enfraquecer militarmente o país. 
Desta vez, os EUA não contaram com o apoio dos países membros do Conselho de Segurança da ONU, Rússia, China e França protestaram contra o ataque norte-americano ao Iraque; chineses e russos classificaram a ofensiva dos EUA como violação da Carta da Nações Unidas. O presidente russo Boris Yeltsin chegou a pedir o fim dos ataques a Bagdá. Já os franceses alertaram para as graves consequências que o uso da força poderia provocar sobre o povo iraquiano. Vários países do Oriente Médio também repudiaram a Operação Raposa do Deserto.


Guerra da Criméia


Disputa entre a Rússia e uma coalizão formada por Reino Unido, França, Sardenha (Itália) e Império Turco-Otomano (atual Turquia). A guerra acontece de 1853 a 1856, na península da Criméia, no sul da Rússia, e nos Bálcãs. A coalizão, com o apoio da Áustria, é formada como reação às pretensões expansionistas russas.
Após a morte de Alexandre I, rei da Rússia, o trono foi assumido pelo seu sucessor Nicolau I, um déspota que almejava apenas expandir o território russo. Seus projetos de invasões territoriais foram facilitados quando os monges russos e os católicos franceses começaram a discutir a proteção de Jerusalém e Nazaré.
Por causa da disputa entre russos e franceses, acerca da proteção das cidades sagradas, houve em 1853, um grande conflito entre os mesmos, o que causou grande violência e mortes.
Desde o fim do século XVIII, os russos tentam aumentar sua influência nos Bálcãs e na região entre os mares Negro e Mediterrâneo. Nicolau I, sob o pretexto de defender as terras sagradas e o intuito de expandir seu território, em 1853, invadem as províncias turcas do Danúbio (atual Romênia) e ganham o controle do Porto de Sinope, no mar Negro. No ano seguinte, França e Reino Unido declaram guerra à Rússia, seguidos por Sardenha. A possibilidade de a Áustria entrar na guerra faz com que os russos deixem as províncias. Enquanto as tropas austríacas ocupam a região, ingleses e franceses investem sobre Sebastopol, na Criméia, centro da frota russa no mar Negro. Incapaz de desalojar os inimigos, a Rússia aceita, em 1856, os termos da Paz de Paris. Devolve o sul da Bessarábia e a embocadura do rio Danúbio para a Turquia e é proibida de manter bases ou forças navais no mar Negro.
As disputas são retomadas duas décadas depois. Em 1877, os russos invadem os Bálcãs em consequência da repressão turca a revoltas de eslavos balcânicos. Diante da oposição das grandes potências, os russos recuam outra vez. No Congresso de Berlim, em 1878, a Romênia torna-se independente, a Rússia incorpora a Armênia e parte da Ásia e a Áustria fica com a Bósnia-Herzegovina. Nos Bálcãs, no início do século XX, o crescente nacionalismo eslavo contra a presença turca leva a região à primeira das Guerras Balcânicas.



Guerra no Afeganistão


Em outubro de 1999, o Conselho de Segurança da ONU exortou o Talibã a entregar Osama bin Laden, líder da organização terrorista al-Qaeda ("A base"), apontado pelo governo americano como mentor dos atentados contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia em 1998. Após ser expulso do Sudão, em 1996, bin Laden passou a viver no Afeganistão.
Os atentados de 11 de setembro, que destruíram o WTC (Centro Mundial de Comércio), em Nova York, e parte do Pentágono, em Washington, criaram uma nova situação internacional.
Após os atentados, o presidente George Bush adotou medidas ofensivas ao terrorismo e o alvo central era o Afeganistão, os EUA contaram com a participação da Grã-Bretanha, de inimigos do passado como a Rússia e o Paquistão.
Logo após os atentados, os Estados Unidos obtiveram informações de que os terroristas estavam ligados a Osama bin Laden. O Afeganistão, que o abriga bem como à sua organização, al-Qaeda, recusou-se a entregá-lo à justiça norte-americana. Em conseqüência disto, os Estados Unidos classificaram o Afeganistão como um estado que abriga terroristas. 
O alvo norte-americano é o regime Talibã e as bases de treinamento para terroristas, no país. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos lançam comida e medicamentos à população afegã que sofre com a miséria e o regime totalitário do país.
Em grande parte, o mundo ocidental apoia a iniciativa norte-americana. Os Estados Unidos e a Europa insistem em que esta é uma guerra contra o terrorismo, e não contra o Islã ou mesmo o Afeganistão. O objetivo norte-americano é derrubar o regime Talibã e punir Osama bin Laden e os membros de sua organização terrorista.
Em outubro de 2001 os EUA e o Reino Unido lançaram várias bombas em cidades afegãs, o talibã foi derrotado ainda em 2001.
O governo americano colocou no poder um aliado com a incumbência de reconstruir a nação e instaurar a democracia, marcada pela rivalidade entre as diversidades étnicas e religiosas.
Em 2004, o Afeganistão ganhou uma constituição e foi realizada a primeira eleição, isso não impediu os conflitos, pois as ações são realizadas por grupos contrários ao governo.




Guerra do Afeganistão (1979)

 

Na iminência de um governo marxista no Afeganistão, o primeiro-ministro Hafizullah Amin se recusa a ceder o poder para Babrak Karmal, então apoiado pela União Soviética. Este país envia o general Viktor Paputin para Cabul, com o objetivo de negociar com o governo, mas os resultados são negativos e, logo depois, as tropas soviéticas invadem o Afeganistão com mais de cem mil soldados motorizados e o auxílio de veículos e tanques blindados, além de uma artilharia pesada. Sem recursos, com seus equipamentos sabotados, a sede do governo sitiada, não resta outra alternativa senão a rendição dos afegãos, principalmente depois da morte de Amin.
Este confronto dura nove anos, com o líder comunista sustentado pelos soviéticos, e os rebeldes afegãos, conhecidos como mujahidin, apoiados pelos Estados Unidos, Paquistão e outros países muçulmanos, mais um dado estratégico na Guerra Fria entre as duas potências mundiais. Neste mesmo momento histórico ocorriam também a Revolução do Irã e o confronto entre Irã e Iraque. Alguns estudiosos acreditam que a Guerra do Afeganistão foi um marco que deu início a conflitos não mais de ordem ideológica, mas sim de cunho cultural, ou seja, entre diferentes identidades culturais – de um lado a civilização islâmica, de outro, a ocidental -, porém não se pode esquecer a preponderância dos interesses econômicos que hoje regem o mundo globalizado. A União Soviética principiou sua saída do país invadido no dia 15 de maio de 1988, completando a retirada em 15 de fevereiro de 1989. Muitos acreditam que a potência soviética teve prejuízos tão sérios com essa aventura, comparada a dos Estados Unidos no Vietnã, que acabaram por repercutir, em 1991, na queda da União Soviética.
A história do Afeganistão, porém, é bem mais complexa, e esse é apenas o início de uma longa e sangrenta guerra civil, que cobra tributos muito altos até os nossos dias. A derrota dos comunistas, porém, é neste instante uma vitória fundamental para os ortodoxos fundamentalistas e seus aliados islâmicos. Tanto quanto o auxílio militar e financeiro norte-americano, os afegãos receberam uma sustentação valiosa de países como a Arábia Saudita, que investiu até mais do que os Estados Unidos nesta região. Muitos soldados islâmicos de outros países entraram no Afeganistão, através do Paquistão, para lutar contra os soviéticos. Aliás, esta nação foi intermediária no repasse dos recursos ianques para o país invadido, pois acima de tudo os adeptos do Islamismo são contra os ocidentais, mais até do que anti-comunistas. Para melhor compreender a instabilidade desta área, é necessário perceber o caldeirão de etnias e línguas distintas que compõe o Afeganistão – convivem lado a lado pachtuns, grupo predominante no país, tadjiques, hazaras, os aimak, uzbeques, turcomenos e outros.
Em 1979, uma Revolução Islâmica triunfou no Irã, logo ao lado do Afeganistão. Estava aberto o precedente para um feito semelhante neste país, ainda mais quando ele se encontra acuado por tropas comunistas de um lado, e pressente do outro o perigo do domínio norte-americano, que já contagiava dois redutos importantes da região, Israel e Egito, e tudo fazia para seduzir a Arábia Saudita. É fácil perceber que, com a saída da União Soviética, grupos fundamentalistas, fortalecidos tecnológica e moralmente pelo apoio financeiro-militar recebido dos Estados Unidos e de países vizinhos, sustentados pelo resgate da sua auto-estima e por uma elevada tecnologia militar ao alcance das mãos – herança do confronto com os comunistas –, providos de um aparato ideológico pretensamente justificado pelo Islamismo, os afegãos estavam prontos para a Jihad, a Guerra Santa. Ironicamente este contexto se voltaria, futuramente, contra os maiores fomentadores destas circunstâncias, os Estados Unidos.

Após a retirada dos soviéticos, que abandonam o aliado marxista à própria sorte, os mujahidin entram em confronto com o governo comunista do então Presidente Mohammed Nadjibullah. Vitoriosos, eles substituem o comunismo do deposto Brabak Karmal por um regime muçulmano ultraconservador, o Talibã, contra o qual os norte-americanos, posteriormente, entrarão em conflito, gerando em 2001 uma nova Guerra nesta região do Oriente Médio, em conseqüência de um suposto apoio deste governo ao terrorista Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda.



 

 

 

Guerra Civil Espanhola

Nos primeiros anos do século XX, a Espanha  era uma monarquia que possuía um grande déficit em sua economia e pouco desenvolvimento industrial. Nesse mesmo período vários grupos políticos surgiam para fazer oposição ao regime monárquico. Socialistas, anarquistas e comunistas defendiam desde a melhoria das condições de trabalho até a extinção de qualquer forma de governo instituído.

O descontentamento com o governo, entretanto, levou à sua deposição e a proclamação da república em abril de 1931. imediatamente, os republicanos iniciaram uma série de reformas sociais: separação entre Estado e Igreja, reforma agrária, estabelecimento de direitos trabalhistas etc.

A guerra civil começou em 1936, com uma revolta de militares contra o governo do presidente Manoel Azaña Dias, considerado por eles socialista e anticlerical. Os opositores de Azaña, liderados pelo general Francisco Franco, eram chamados de nacionalistas. Entre eles estavam principalmente monarquistas, latifundiários, membros da Igreja católica e de um grupo chamado Falange Fascista.

As reformas republicanas polarizaram as forças políticas do país. Por um lado, o movimento operário as considerava insuficientes. De outro, a direita monarquista e católica, assustada com o ritmo das mudanças, decidiu dar um golpe de Estado. Assim, em julho de 1936, um grupo de generais, entre eles Francisco Franco, tentou depor o governo republicano. A ameaça ao governo republicano levou a população das grandes cidades, como Madri e Barcelona, a se organizar para impedir o sucesso do golpe. A tentativa de golpe não foi bem sucedida, e o território espanhol rachou-se em dois: uma parte controlada pelo governo republicano legítimo e a outra invadida pelo exército de Franco. Os governos fascistas da Alemanha e da Itália consideraram o golpe legitimo e reconheceram o governo de Franco.

A Frente Popular, formada por democratas e socialistas que defendiam a permanência do governo republicano, resistiu ao golpe de Franco. Para isso, recebeu o apoio do governo socialista da União Soviética e de milhares de voluntários vindos de dezenas de países. Os governo da Inglaterra e da França eram favoráveis aos republicanos, mas não ofereceram a eles nenhuma ajuda material.

O governo republicano manteve o controle da marinha, da guarda civil e da guarda de assalto, mas não tinha como se defender sem o exército. Os integrantes do governo decidiram, assim, fornecer armas ao povo, que começou a se organizar em milícias coordenadas pelo movimento operário. Além disso, para cooperar com os republicanos, formaram-se unidades de voluntários que viviam na própria Espanha ou que vinham de outras partes do mundo para compor as Brigada Internacionais. Eram 60 mil combatentes oriundos de 53 países e dispostos a lutar para impedir a vitória do fascismo na Espanha.

Hitler e Mussolini também forneceram equipamentos aos exércitos de Franco. Diante dessa situação, os republicanos recorreram à União Soviética de Stalin, que lhes fornecia armas, equipamentos e um corpo especialistas militares. Por esse motivo, a Guerra Civil Espanhola pode ser considerada o primeiro conflito internacional opondo fascismo e comunismo.

Em 1938, a ajuda soviética começou a diminuir até cessar completamente. Isso desequilibrou os lados em conflitos em favor das forças franquistas, já que Franco contava com o apoio maciço da Itália e da Alemanha. 

Internamente divididos e sem apoio do exterior, os revolucionários foram derrotados pelas forças franquistas no início de 1939. Franco celebrou sua vitória. Os longos conflitos deixaram o país vivendo uma situação de caos e horror. Cerca de um milhão de espanhóis foram mortos durante as batalhas que se estenderam até 1938. 

Terminada a guerra, Franco assumiu o governo como ditador, com o apoio dos nazifascistas europeus,  e permaneceu até sua morte, em 1975, eliminando sistematicamente a oposição. Além de reprimir os movimentos de esquerda na Europa, o envolvimento da Alemanha e da Itália no conflito servia de preparativo para os vindouros conflitos da Segunda Guerra Mundial.

Assim, a inércia da França e da Inglaterra permitiu que os radicais de direita alcançassem vitórias significativas dentro do continente, fortalecendo o movimento fascista.



 


GUERRA DO ÓPIO

 

Conflitos ocorridos na China envolvendo a questão do comércio ilegal de ópio pelos ingleses. A I Guerra do Ópio, de 1839 a 1842, dá-se entre o Reino Unido e a China. Na II Guerra do Ópio, entre 1856 e 1860, também conhecida como Guerra Anglo-Francesa na China, os britânicos se aliam à França contra os chineses. Com a vitória, as duas nações europeias obtêm privilégios comerciais e territoriais na China, abrindo o país ao imperialismo. 
A Primeira Guerra do Ópio se deu a partir de 1839 até 1842 entre Inglaterra e China. A Companhia Britânica das Índias Orientais mantém intenso comércio com os chineses, comprando chá e vendendo o ópio trazido da Índia. A droga representa metade das exportações inglesas para a China. Com os crescentes problemas causados pelo ópio, o governo chinês proibiu o comércio. Principal atingido pela proibição, o Reino Unido decretou guerra contra a China no dia 3 de novembro de 1839. Nesta primeira Guerra do Ópio, em 1840, a Inglaterra enviou uma frota militar à Ásia e ocupou Xangai. As previsões se confirmaram e os soldados, corroídos pela dependência, estavam incapacitados de defender a China. Restou o apelo aos camponeses. O imperador os incitou a caçar os invasores com enxadas e lanças. A única vantagem dos chineses contra os bem armados britânicos era a superioridade em número. Mesmo assim, perderam a guerra. Derrotada, a China assinou o Tratado de Nanquim, em 1842, pelo qual foi forçada a abrir cinco portos para o comércio e ceder Hong Kong aos britânicos (a colônia só foi devolvida à administração chinesa em 1997).  

Em 1856, o Reino Unido, ajudado pela França, aproveita o incidente com um barco em Cantão para nova investida, iniciando a II Guerra do Ópio. A Segunda Guerra do Ópio ocorreu de 1856 até 1860 entre a China e os aliados Inglaterra e França. O pretexto foi um incidente com um barco em Cantão. Os franceses aliaram-se aos britânicos no ataque militar lançado em 1857. Os aliados operaram em redor de Cantão, onde prosseguia com uma política de intransigência. Mais uma vez, a China saiu derrotada e, em 1858, as potências exigiram que a China aceitasse o Tratado de Tianjin. De acordo com este tratado, onze novos portos chineses seriam abertos ao comércio com o Ocidente e seria garantida a liberdade de movimento aos mercadores europeus e missionários cristãos. Quando o imperador se recusou a ratificar o acordo. Em 1860 as tropas franco-britânicas ocupam Pequim fazendo com que a China fizesse novas concessões.



 

A Guerra da Coréia

A península da Coréia é cortada pelo paralelo 38, uma linha demarcatória que divide dois exércitos, dois Estados: a República da Coréia, no Sul, e a República Popular Democrática da Coréia, no Norte. Essa demarcação, existente desde 1945 por um acordo entre Moscou e Washington, quando as forças de ocupação soviéticas e americanas dividiu o povo coreano em dois sistemas políticos opostos: um comunista, na Coreia do Norte, e outro anticomunista, na Coreia do Sul.

Em 1950, a Coreia do Norte atacou a Coreia do Sul, e assim depois de várias tentativas para derrubar o governo do sul, a Coréia do Norte ataca de surpresa e toma Seul, a capital. O presidente dos Estados Unidos, Harry S. Truman, enviou tropas para a Coréia do Sul, embora sem autorização do Congresso para declarar guerra.

O general Douglas MacArthur, comandante supremo das forças americanas no Extremo Oriente, assumiu a chefia das tropas de uma coalizão internacional sob a égide da ONU, que reconquistou a Coréia do Sul e cruzou o paralelo 38, até à fronteira da Manchúria. Seul é libertada.
Os chineses, preocupados com os avanços dos americanos, advertiram que sua presença na Coréia do Norte obrigaria à entrada da China na guerra. MacArthur ignorou a advertência e lançou em novembro a ofensiva denominada Home by Christmas (em casa no Natal). No mesmo mês, soldados chineses atravessaram o rio Yalu e atacaram toda a extensão da frente. Em fins de dezembro, as tropas chinesas e da Coréia do Norte recapturaram Seul.

Em fevereiro de l95l, a Assembleia Geral da ONU aprovou resolução pela qual condenava a China como potência agressora. Os chineses responderam com uma segunda ofensiva contra a Coréia do Sul. Em meados de março, as tropas da ONU retomaram Seul e, depois de sucessivos contra-ataques, conseguiram cruzar novamente o paralelo 38. MacArthur pretendia levar o conflito ao território chinês, mas o perigo de uma nova guerra mundial levou o presidente Truman a substituí-lo pelo general Matthew Ridgway e, em maio de 1952, pelo general Mark W. Clark.

A intervenção da China, ao lado da Coreia do Norte, aumentou a tensão internacional, chegando mesmo a temer-se uma terceira guerra mundial, perante as afirmações do general MacArthur (comandante das tropas americanas), que ameaçava utilizar a bomba atómica.

Enquanto isso, desde julho de 1951 tentava-se na ONU a suspensão das hostilidades, por meio de conversações de paz. Em 27 de julho de l953 foi assinado o armistício, que fixou as fronteiras entre as duas Coreias segundo as últimas linhas de batalha, na altura do paralelo 38. Seguiu-se um processo de repatriação de prisioneiros oriundos dos diferentes países envolvidos na guerra. Mas, o único resultado é o cessar fogo. Na guerra coreana morreram cerca de três milhões e meio de pessoas. O tratado de paz ainda não foi assinado, e a Coréia continua dividida em Norte e Sul.

A guerra da Coreia foi um dos episódios mais graves da “guerra fria” e foi um dos momentos em que houve uma ameaça muito séria de utilização das armas nucleares.




 

 

Produção de energia no Brasil

Movimentar máquinas, cargas e pessoas por longas distâncias demanda muita energia. No Brasil, usam-se combustíveis derivados de fontes não r...