quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

A Guerra do Vietnã

A Conferência de Genebra previa eleições gerais para que a população dos dois Vietnãs decidisse se o país deveria ser reunificado ou não. Em outubro de 1955, porém, o governo do Vietnã do Sul, apoiado pelo governo dos Estados Unidos, cancelou as eleições. Ambos temiam que o comunista Ho Chi Minh se sagrasse vencedor.
Indignados com o cancelamento das eleições, opondo-se à divisão do Vietnã e tentando derrubar Ngo Dinh Diem, muitos opositores ao governo do Vietnã do Sul começaram a organizar grupos guerrilheiros. Os combates entre o exército sul-vietnamita e esses grupos tiveram início em 1957. Eram ainda confrontos esporádicos. Em 1959, os grupos guerrilheiros já eram fortes o bastante para ampliar o conflito.
Com a justificativa da necessária intervenção norte-americana para combater o avanço do socialismo, Lyndon Johnson, presidente dos EUA, ordenou o envio de ajuda militar ao governo do Vietnã do Sul, era o começo da Guerra do Vietnã (1959-1975).
Organizados na Frente de Libertação Nacional, os guerrilheiros, conhecidos como vietcongues, passaram a contar com o apoio do governo do Vietnã do Norte. Em contrapartida, o governo dos Estados Unidos prestava assistência em homens e armas ao Vietnã do Sul. Em 1962, havia 10 mil militares norte-americanos envolvidos na Guerra do Vietnã. Em 1965, esse número chegava a 500 mil soldados norte-americanos combatendo no Vietnã.
A Guerra no Vietnã, marcada pelos conflitos entre o Sul, apoiado pelos EUA, e o Norte, apoiado pela URSS, durou cerca de 12 anos e foi marcada pela violência dos combates e pela utilização maciça de armamentos químicos. Os EUA despejaram sobre o Vietnã milhões de toneladas de napalm e chegaram a manter na região 550 mil soldados.
As imagens da guerra transmitidas pela televisão, mostrando a morte de soldados norte-americanos, exerceram forte influência na opinião pública dos Estados Unidos. A maioria da população passou a pedir o fim da guerra. Ao mesmo tempo, milhares de jovens norte-americanos deixavam o país para escapar do serviço militar.
Os Estados Unidos despejaram no Vietnã mais bombas do que foram lançadas na Segunda Guerra Mundial. Entretanto, apesar do poderoso arsenal bélico, as tropas norte-americanas foram derrotadas pelas forças norte-vietnamitas e vietcongues. Apesar do cessar fogo decretado em 1973 e da retirada das tropas americanas, a guerra prosseguiu até 30 de abril de 1975, quando o governo do Vietnã do Sul rendeu-se às tropas nortistas e sua capital, Saigon, foi rebatizada de Ho Chi Minh, em homenagem ao líder vietnamita do norte, falecido em três de setembro de 1969.
Cerca de 58 mil norte-americanos morreram no Vietnã. Muitos outros ficaram feridos ou mutilados. Quanto ao Vietnã, as perdas foram imensas: cerca de 3 milhões de baixas, entre soldados e pessoas da população civil.
A Guerra do Vietnã repercutiu no mundo inteiro. Mas foi nos Estados Unidos que ela provocou as maiores ondas de protesto. Em novembro de 1969, 250 mil pessoas realizaram uma impressionante marcha pelas ruas de Washington. A opinião pública exigia maciçamente o fim do conflito. Somente em 1970, estudantes de mais de quatrocentas faculdades fizeram demonstrações contra a guerra em várias cidades norte-americanas.
O movimento pacifista hippie, originário de São Francisco, Califórnia, teve um papel muito importante nessas manifestações. Seu lema: “Faça amor, não faça guerra!”. Usando roupas coloridas e floridas, os cabelos compridos e o símbolo da paz (um círculo com um Y de cabeça para baixo), o movimento hippie ganhou fama rapidamente. Muitos soldados norte-americanos no Vietnã carregavam o símbolo no peito.

 Nelson Piletti.Claudino Piletti. História e vida integrada. ensino fundamental.




GUERRA DO LÍBANO

Quando o Líbano se tornou independente da França, em 1946, o poder passou a ser dividido entre os vários grupos religiosos do país. O território do Líbano viveu uma guerra civil a partir de 1958, causada pela disputa de poder entre grupos religiosos do país: os cristãos maronitas, os sunitas (muçulmanos que acreditam que o chefe de Estado deve ser eleito pelos representantes do Islã, são mais flexíveis que os xiitas), drusos, xiitas e cristãos ortodoxos. O poder, no Líbano, era estratificado. Os cargos de chefia eram ocupados pelos cristãos maronitas, o primeiro ministro era sunita e os cargos inferiores ficavam com os drusos, xiitas e cristãos ortodoxos.
Durante anos o Líbano prosperou, tornando-se o principal centro financeiro e comercial do Oriente Médio. Porém, a medida que crescia a população muçulmana, o pacto de poder impedia a ascensão desse grupo aos cargos mais importantes. Em 1958, as tensões sociais explodiram numa guerra civil. A intervenção dos Estados Unidos impediu que o Estado libanês se desintegrasse nessa ocasião.
Após a retirada das tropas americanas, a pedido da ONU, foi encontrada uma solução política para o problema, com a organização de um governo composto pelos líderes dos vários grupos religiosos do país. O frágil equilíbrio de poder, no entanto, seria rompido na década de 1970, principalmente com a chegada de grande números de palestinos, expulsos da Jordânia, e a atuação cada vez mais independente dos guerrilheiros da OLP em território libanês.
As tensões entre as comunidades se intensificam com o aumento populacional dos muçulmanos, que passam a reivindicar maior participação no poder, e com a presença maciça de guerrilheiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), expulsos da Jordânia em 1970, que passam a interferir nas disputas internas libanesas. 
Os cristãos maronitas, acusando o governo de ineficácia, integraram-se às milícias do Partido Falangista, de extrema direita, que defendia a expulsão imediata dos palestinos e a manutenção do poder nas mãos dos cristãos. Por outro lado, milhares de jovens drusos, sunitas e xiitas alistaram-se nas forças de suas respectivas organizações políticas.
A guerra aberta entre as várias facções iniciou-se em 1975, quando um atendado falangista a um ônibus provocou a morte de dezenas de palestinos e libaneses muçulmanos. O exército regular, comandado por oficiais cristãos, acabou se desestruturando sob o impacto de uma rebelião de jovens oficiais muçulmanos. Desde então, cada grupo político-religioso ampliou suas milícias com soldados desertores, e a guerra civil atingiu o país com uma violência sem precedentes.
Uma série de vitórias dos muçulmanos coligados com a OLP alarmou a Síria que, rompendo sua aliança com os muçulmanos, resolveu intervir no conflito a favor dos maronitas. Em junho de 1976, a Síria intervém militarmente para garantir o governo do cristão conservador Elias Sarkis. Porém, a presença das Forças Armadas sírias provocou protestos imediatos dos árabes. Franceses, norte-americanos e soviéticos deslocaram-se para a região, o que forçou o Encontro de Riad, em outubro de 1976. Nesse encontro a Síria foi obrigada a se reconciliar com a OLP e renunciar a seu pretenso direito de intervir no Líbano.
Uma comissão formada por Egito, Arábia Saudita, Síria e Kuwait ficou encarregada de supervisionar a paz na região. Entretanto, o assassinato do líder druso Kamal Jumblatt, em 1977, desencadeou uma nova onda de violência. Os combates foram retomados com toda força, agravados por incursões sucessivas de Israel que, através da operação ironicamente batizada Paz na Galileia, tentava banir a OLP do Líbano. Foi durante a ocupação israelense que ocorreram os massacres dos campos palestinos de Sabra e Chatila.
Amin Gemayel, eleito presidente em 1982, reforçou o poder dos maronitas, respaldado pelas tropas de fuzileiros navais norte-americanos, que desembarcaram no país para intimidar a Síria e seus aliados: as milícias drusas,, sunitas e xiitas e a União soviética. Mas a retirada das tropas americanas, seguida pelas de Israel, enfraqueceu os cristãos. Os drusos dominara a região do Chuf - área montanhosa ao sul e a leste de Beirute - expulsando as comunidades maronitas que ali viviam há séculos, numa significativa derrota dos falangistas em 1984 e 1985.
A perda de controle da capital enfraqueceu muito o presidente libanês, criando uma situação favorável ao regime sírio de Hafez Assad e seus partidários libaneses, que recorreram a explosões de veículos nos bairros cristãos e a tentativas de assassinato dos auxiliares de Amin Gemayel.
A partir de então, a intolerância religiosa e o sectarismo político chegaram a pontos extremos: vários estrangeiros foram sequestrados; o primeiro-ministro Rashid Karame foi assinado, em junho de 1987; a rivalidade entre o Amal (grupo da comunidade xiita, pró-Síria) e o Hezbolá (Partido de Deus) - dissidentes xiitas radicais ligados ao Irã - culminou em sangrentos combates nos subúrbios de Beirute.
Totalmente desacreditado, Gemayel, terminou seu mandato em 1988, sem conseguir restabelecer a autonomia política do país. Com efeito, no ano seguinte a Síria empreendeu nova ofensiva no sentido de fortalecer sua influência no Líbano. Em novembro de 1989 foi eleito novo presidente, que no entanto foi assassinado duas semanas depois. Um novo mandatário foi escolhido pelo parlamento.
Em meados de 1997, a situação do Líbano era a seguinte: a partir do final da guerra civil, em 1985, o país deu início a  reconstrução de sua economia e suas cidades.


A Guerra Irã-Iraque

A Guerra Irã-Iraque foi o conflito entre o Irã e o Iraque com fins de ganhos territorial e político no Oriente Médio, durando cerca de 10 anos, entre 1980 e 1990. Depois da revolução islâmica de 1979 no Irã, as relações entre o Irã e o Iraque se deterioraram. O Iraque invadiu o vizinho, dando início a uma guerra que durou oito anos. Tudo começou em 1980 quando Saddam Hussein, líder iraquiano, revogou um tratado firmado em 1975, no qual cedia cerca de 518 quilômetros quadrados de sua área ao Irã e em troca o país cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque, que lutava pela independência. Saddam Hussein usou uma antiga disputa de fronteiras, sobre a posse do canal de Chatt-el-Arab, como pretexto para invadir o país vizinho. Sua real intenção era enfraquecer o poder do Irã para que seu fervor fundamentalista deixasse de ser uma ameaça ao seu domínio pessoal no Iraque. Os interesses iraquianos eram claros: desestabilizar o governo islâmico iraniano de Teerã e anexar importantes territórios ricos em petróleo.
As relações dos países do ocidente com o Iraque foram amigáveis durante a guerra contra o Irã. Muitos países ocidentais temiam os efeitos da popularização da ideologia islâmica radical do aiatolá Khomeini. Por isso, queriam evitar uma vitória do Irã.
Em 1982, os Estados Unidos removeram o Iraque da lista de países que apoiavam práticas consideradas terroristas. Dois anos mais tarde, os dois países restabeleceram relações diplomáticas, que haviam sido rompidas na guerra árabe-israelense de 1967.
A principal fonte de armas do Iraque era o seu velho aliado, a União Soviética. Mas vários outros países, como Grã-Bretanha, França e os Estados Unidos, também forneceram armas e equipamento militar ao Iraque. Os americanos chegaram a dividir informações de seu serviço de inteligência com as autoridades de Bagdá. Enquanto o Irã contava com a ajuda da Síria e da Líbia. Mas, em meados da década de 80, a reputação internacional do Iraque ficou abalada quando foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas.
No princípio de 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O armistício veio em julho e a paz foi reestabelecida em 15 de agosto. Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia fronteira com o Irã. Não houve ganhos e as perdas foram estimadas em cerca de 1,5 milhão de vidas. A guerra destruiu os dois países e diminuiu o ímpeto revolucionário no Irã. Em 1989, o aiatolá Khomeini morreu. A partir de então, o governo iraniano passou a adotar posições mais moderadas. Em Setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a invasão do Kuwait, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.
Entretanto, com o armamentismo desenvolvido durante a guerra com o Irã, o Iraque tornou-se, então, um dos países mais poderosos militarmente do Oriente médio, juntamente com Egito e Israel.



A Guerra do Iraque


A guerra do Iraque é um conflito entre Iraque e Estados Unidos. Em 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos foram fortemente atacados por terroristas da Al Qaeda comandados por Osama bin Laden.
Desde então, o presidente norte-americano George W. Bush liderou a luta contra o terrorismo. Um ano após os atentados, George W. Bush acusava, oficialmente à ONU, Saddan Hussein de guardar grande quantidade de armas de destruição em massa e armas químicas em seu território. Após a invasão, no entanto não foi encontrada nenhuma prova da existência de tais armas. Para justificar a guerra, alguns responsáveis norte-americanos referiram também que havia indicações de que existia uma ligação entre Saddam Hussein e a Al-Qaeda. Apesar disso não foram encontradas provas de nenhuma ligação substancial à Al-Qaeda.

A guerra

No dia 18 de março de 2003, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush deu um prazo de 48h para que o líder iraquiano, Saddam Hussein, e seus filhos deixassem o Iraque, ocaso contrário daria início à guerra no país.
Os líderes iraquianos não só rejeitaram o ultimato de Bush, como ameaçaram dizendo que os soldados que invadissem o Iraque iriam morrer decapitados. Com essa atitude o governo americano qualificou a rejeição como um “erro” e afirmou que o próximo passo dependeria de Saddam.
Aliados desde o início da crise iraquiana, os Estados Unidos e o Reino Unido tinham 280 mil soldados na região, posicionados para invadir àquele país, no que Bush classificava de ataque preventivo com o objetivo de acabar com a suposta capacidade de Saddam usar armas químicas, biológicas ou nucleares, ou de fornecer tais armas a grupos muçulmanos como a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden.
Nos Estados Unidos, o país foi colocado em alerta máximo contra possíveis ataques terroristas. O espaço aéreo foi fechado em algumas localidades que poderiam ser alvo de atentados. No segundo dia, 20, da “Operação Liberdade do Iraque”, a capital de Bagdá voltou a tremer devido a uma série intensa de explosões. A Primeira Força Expedicionária dos Fuzileiros Navais cruzou a fronteira do Kuwait, dando início à primeira operação por terra ao Iraque. Os soldados usavam roupas especiais para o caso de sofrerem ataques de armas químicas e biológicas.
Em 09 de abril, Bagdá foi dominada pelas tropas inimigas. A invasão levou pouco tempo até à derrota e à fuga de Saddam Hussein. Um mês depois, sob comando norte-americano, surgem projetos para reconstruírem o Iraque, mas este assunto foi em tempos esquecido, Saddam Hussein foi capturado em 13 de dezembro de 2003. Em 30 de dezembro de 2006, Saddam Hussein foi morto, enforcado por cumprimento da sentença julgada no país.
A coligação liderada pelos Estados Unidos ocupou o Iraque e tentou estabelecer um governo democrático; no entanto falhou na tentativa de restaurar a ordem no Iraque. A instabilidade levou a um conflito assimétrico com a insurgência iraquiana, guerra civil entre entre muitos iraquianos sunitas e xiitas e as operações da Al-Qaeda no Iraque. Como resultado do seu fracasso em restaurar a ordem, um número crescente de países retiraram as suas tropas do Iraque.




Guerra do Golfo

Conflito militar ocorrido entre o Iraque e o Kuwait na região do Golfo Pérsico. Mas que também envolveu os Estados Unidos e alguns países do Oriente Médio.
Em 1990, Saddam Hussein, governante do Iraque, invadiu o Kuwait, iniciando uma nova crise na área. Buscando projetar-se como grande líder das nações árabes, Hussein realizou a anexação sob o pretexto de que o Kuwait era uma ilusão, um Estado fundado pela Inglaterra, um protetorado das potências capitalistas.
O objetivo do Iraque era de anexar seu vizinho Kuwait ao seu território como uma província, de forma a controlar o petróleo kuwaitiano. 
Como pretexto, o líder iraquiano acusa o Kuwait de provocar a baixa no preço do petróleo ao vender mais que a cota estabelecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Hussein exige que o Kuwait perdoe a dívida de US$ 10 bilhões contraída pelo Iraque durante a guerra com o Irã (1980) e também cobra indenização de US$ 2,4 bilhões, alegando que os kuwaitianos extraíram petróleo de campos iraquianos na região fronteiriça de Rumaila. Estão ainda em jogo antigas questões de limites, como o controle dos portos de Bubiyan e Uarba, que dariam ao Iraque novo acesso ao Golfo Pérsico.
Saddam Hussein procurava compensar as despesas com a guerra contra o Irã ampliando seu controle sobre as reservas petrolíferas do país. Aparentemente era mais uma das diversas tensões do Oriente Médio. Em 1990, se dá a invasão iraquiana de 100 mil soldados no Kuwait. Boa parte da família real kuwaitiana conseguiu fugir. Somente a força aérea do Kuwait demonstrou alguma resistência durante a ocupação.
Em resposta à invasão do Kuwait, o presidente norte americano George Bush enviou tropas para o Golfo Pérsico, e o Conselho de Segurança da ONU decretou boicote econômico ao Iraque. O que significava que os países não podiam comprar do Iraque nem vender para ele. Hussein por sua vez, proclamou a anexação do Kuwait e ordenou a prisão dos estrangeiros ali residentes. Enquanto as bolsas de valores mundiais despencavam, o ditador iraquiano passou a vincular a retirada de suas tropas do Kuwait à criação de um Estado Palestino.
No entanto, poucos tinham esperança de que o embargo seria o suficiente para retirar as tropas iraquianas. Então a ONU estabeleceu um prazo de até 15 de janeiro de 1991 para a retirada das tropas que ocupavam o Kuwait. Mas, antes disso, os Estados Unidos já preparavam um contra-ataque. Até o fim do prazo estabelecido, as tropas da ONU começavam a chegar aos países vizinhos como Turquia e Arábia Saudita.
Aumenta a pressão norte-americana para a ONU autorizar o uso de força. Hussein tenta em vão unir os árabes em torno de sua causa ao vincular a retirada de tropas do Kuwait à criação de um Estado palestino. A Arábia Saudita torna-se base temporária para as forças dos EUA, do Reino Unido, da França, do Egito, da Síria e de países que formam a coalizão contra Hussein. Fracassam as tentativas de solução diplomática, e, em 29 de novembro, a ONU autoriza o ataque contra o Iraque, caso seu Exército não se retire do Kuwait até 15 de janeiro de 1991. Em 16 de janeiro, as forças coligadas de países liderados pelos EUA dão início ao bombardeio aéreo de Bagdá.
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos colocou no deserto iraquiano o maior aparato militar desde a Segunda Guerra Mundial, formando a chamada "Tempestade no Deserto" que jogou mais de 31 toneladas de bombas contra os 450 mil soldados do Iraque, levando destruição e morte à população civil com os bombardeios sobre Bagdá. O confronto terminou em 40 dias com a derrota do Iraque que enfrentou grandes perdas materiais e humanas. Morreram pouco mais de 500 soldados aliados no conflito (sendo mais de 300 norte-americanos) e de 100 a 300 mil iraquianos.
Uma das questões mais importantes a respeito da operação militar no Iraque foi a ambiental. Um recurso iraquiano utilizado durante o conflito, denominado de eco terror, foi o despejo de petróleo no golfo Pérsico e, quase ao final da guerra, incêndio das instalações petrolíferas do Kuwait. Sabia-se que a intervenção norte-americana na região teria como consequências incêndios de grande proporções nos campos petrolíferos do Kuwait, provocados pelos iraquianos, que poderia acarretar um desastre ecológico no planeta. Os cientistas temiam que a fumaça gerada por esses incêndios chegasse à estratosfera e formasse uma enorme sombra, capaz de diminuir a temperatura no mundo. Entretanto satélites de diversos tipos e habilidades, foram capazes de registrar incêndios e analisar deslocamentos de manchas de óleo no golfo rumo às costas da Arábia Saudita, permitindo o seu controle. Assim, os avanços impediram consequências ambientais mais graves do conflito no golfo.
Apesar disso, o Iraque conseguiu perder a guerra sem perder território ou sequer tirar Saddam Hussein do poder. A rápida derrota do Iraque surpreendeu o mundo, que esperava uma resistência muito maior e o uso de todo o arsenal de Saddam. Dessa guerra saíram diversos vencedores, entre eles os Estados Unidos assumindo seu papel de única potência mundial, o Egito por ter apoiado os EUA ganhou prestígio e força. Em compensação o Iraque, além de ter perdido a guerra, ainda saiu enfraquecido, perdendo o seu prestígio. 
O ataque ordenado pelo presidente norte-americano George Bush pôde, pela primeira vez na História, ser acompanhado pela TV. A alta tecnologia militar dos Estados Unidos e de seus aliados liquidou os temidos exércitos de Hussein.
Terminada a guerra, a ONU estabeleceu sanções econômicas contra o Iraque, especialmente o embargo sobre suas exportações de petróleo. Como parte do acordo de cessar-fogo, o Iraque permite a inspeção de suas instalações nucleares.
Outros bombardeios foram feitos ao Iraque sob liderança norte americana, especialmente em 1998 e início de 1999, frente à não sujeição de Hussein às inspeções e imposições da ONU. Em dezembro de 1998, os Estados Unidos e a Inglaterra lançaram contra ele novo ataque com 200 mísseis Tomahawk e 100 cruisers, lançando-os em instalações militares e outros lugares suspeitos de estarem armazenando armas químicas, biológicas e nucleares. A Operação que foi batizada de Raposa no Deserto, não debilitou a liderança de Hussein, nem chegou a enfraquecer militarmente o país. 
Desta vez, os EUA não contaram com o apoio dos países membros do Conselho de Segurança da ONU, Rússia, China e França protestaram contra o ataque norte-americano ao Iraque; chineses e russos classificaram a ofensiva dos EUA como violação da Carta da Nações Unidas. O presidente russo Boris Yeltsin chegou a pedir o fim dos ataques a Bagdá. Já os franceses alertaram para as graves consequências que o uso da força poderia provocar sobre o povo iraquiano. Vários países do Oriente Médio também repudiaram a Operação Raposa do Deserto.


Guerra da Criméia


Disputa entre a Rússia e uma coalizão formada por Reino Unido, França, Sardenha (Itália) e Império Turco-Otomano (atual Turquia). A guerra acontece de 1853 a 1856, na península da Criméia, no sul da Rússia, e nos Bálcãs. A coalizão, com o apoio da Áustria, é formada como reação às pretensões expansionistas russas.
Após a morte de Alexandre I, rei da Rússia, o trono foi assumido pelo seu sucessor Nicolau I, um déspota que almejava apenas expandir o território russo. Seus projetos de invasões territoriais foram facilitados quando os monges russos e os católicos franceses começaram a discutir a proteção de Jerusalém e Nazaré.
Por causa da disputa entre russos e franceses, acerca da proteção das cidades sagradas, houve em 1853, um grande conflito entre os mesmos, o que causou grande violência e mortes.
Desde o fim do século XVIII, os russos tentam aumentar sua influência nos Bálcãs e na região entre os mares Negro e Mediterrâneo. Nicolau I, sob o pretexto de defender as terras sagradas e o intuito de expandir seu território, em 1853, invadem as províncias turcas do Danúbio (atual Romênia) e ganham o controle do Porto de Sinope, no mar Negro. No ano seguinte, França e Reino Unido declaram guerra à Rússia, seguidos por Sardenha. A possibilidade de a Áustria entrar na guerra faz com que os russos deixem as províncias. Enquanto as tropas austríacas ocupam a região, ingleses e franceses investem sobre Sebastopol, na Criméia, centro da frota russa no mar Negro. Incapaz de desalojar os inimigos, a Rússia aceita, em 1856, os termos da Paz de Paris. Devolve o sul da Bessarábia e a embocadura do rio Danúbio para a Turquia e é proibida de manter bases ou forças navais no mar Negro.
As disputas são retomadas duas décadas depois. Em 1877, os russos invadem os Bálcãs em consequência da repressão turca a revoltas de eslavos balcânicos. Diante da oposição das grandes potências, os russos recuam outra vez. No Congresso de Berlim, em 1878, a Romênia torna-se independente, a Rússia incorpora a Armênia e parte da Ásia e a Áustria fica com a Bósnia-Herzegovina. Nos Bálcãs, no início do século XX, o crescente nacionalismo eslavo contra a presença turca leva a região à primeira das Guerras Balcânicas.



Guerra no Afeganistão


Em outubro de 1999, o Conselho de Segurança da ONU exortou o Talibã a entregar Osama bin Laden, líder da organização terrorista al-Qaeda ("A base"), apontado pelo governo americano como mentor dos atentados contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia em 1998. Após ser expulso do Sudão, em 1996, bin Laden passou a viver no Afeganistão.
Os atentados de 11 de setembro, que destruíram o WTC (Centro Mundial de Comércio), em Nova York, e parte do Pentágono, em Washington, criaram uma nova situação internacional.
Após os atentados, o presidente George Bush adotou medidas ofensivas ao terrorismo e o alvo central era o Afeganistão, os EUA contaram com a participação da Grã-Bretanha, de inimigos do passado como a Rússia e o Paquistão.
Logo após os atentados, os Estados Unidos obtiveram informações de que os terroristas estavam ligados a Osama bin Laden. O Afeganistão, que o abriga bem como à sua organização, al-Qaeda, recusou-se a entregá-lo à justiça norte-americana. Em conseqüência disto, os Estados Unidos classificaram o Afeganistão como um estado que abriga terroristas. 
O alvo norte-americano é o regime Talibã e as bases de treinamento para terroristas, no país. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos lançam comida e medicamentos à população afegã que sofre com a miséria e o regime totalitário do país.
Em grande parte, o mundo ocidental apoia a iniciativa norte-americana. Os Estados Unidos e a Europa insistem em que esta é uma guerra contra o terrorismo, e não contra o Islã ou mesmo o Afeganistão. O objetivo norte-americano é derrubar o regime Talibã e punir Osama bin Laden e os membros de sua organização terrorista.
Em outubro de 2001 os EUA e o Reino Unido lançaram várias bombas em cidades afegãs, o talibã foi derrotado ainda em 2001.
O governo americano colocou no poder um aliado com a incumbência de reconstruir a nação e instaurar a democracia, marcada pela rivalidade entre as diversidades étnicas e religiosas.
Em 2004, o Afeganistão ganhou uma constituição e foi realizada a primeira eleição, isso não impediu os conflitos, pois as ações são realizadas por grupos contrários ao governo.




Produção de energia no Brasil

Movimentar máquinas, cargas e pessoas por longas distâncias demanda muita energia. No Brasil, usam-se combustíveis derivados de fontes não r...