No contexto da Guerra fria, multiplicam-se os conflitos regionais. Em muitos deles, como no Sudeste Asiático e no Afeganistão, há a participação direta dos exércitos norte-americano e soviético. Ocorre também uma série de acontecimentos que escapam à órbita das potências hegemônicas, como o ressurgimento dos conflitos étnicos na Ásia e na África.
1. GUERRA DA CORÉIA
Conflito militar que se desenvolve de 1950 a 1953, opondo a Coréia do Norte e a China, por um lado, e a Coréia do Sul, os Estados Unidos (EUA) e as forças das Nações Unidas, por outro.
Ao final da II Guerra Mundial, em 1945, a Coréia é dividida em duas zonas de ocupação – uma norte-americana, ao sul, e outra soviética, ao norte –, que correspondem ao antagonismo da Guerra Fria. Os dois setores são separados pelo paralelo 38º, como ficara estabelecido na Conferência de Potsdam. Em 1947, a ONU (Organização das Nações Unidas) forma uma comissão, não reconhecida pela União Soviética (URSS), para reorganizar o país por meio de eleições nas duas zonas.
Dirigentes do Partido Comunista Coreano (PCC) assumem posições de comando na zona soviética. As negociações para a unificação fracassam e, em 1948, são criados dois Estados distintos: a Coréia do Norte (República Democrática Popular da Coréia) e a Coréia do Sul (República da Coréia). A primeira é ligada ao bloco soviético e a segunda, pró-ocidental. Os dois governos reivindicam jurisdição sobre a totalidade do território coreano, o que torna a área de fronteira uma região de tensões e incidentes. Após a retirada das tropas da URSS, em 1948, e dos EUA, em 1949, tem início uma intensa batalha propagandística entre os dois países.
Em 25 de junho de 1950, tropas da Coréia do Norte, a pretexto de violação do paralelo 38º, realizam um ataque surpresa e invadem o sul. É uma tentativa de unificar o país sob o regime comunista. No mesmo dia, o Conselho de Segurança da ONU, aproveitando-se da ausência do representante da URSS, declara a República Popular agressora e nomeia o general norte-americano MacArthur para chefiar tropas de intervenção na Coréia.
As tropas da Coréia do Norte avançaram rapidamente e logo capturaram a capital sul-coreana, Seul, sendo sua ofensiva detida em Taejon. O general Douglas MacArthur, comandante supremo das forças americanas no Extremo Oriente, assumiu a chefia das tropas de uma coalizão internacional sob a égide da ONU, que reconquistou a Coréia do Sul e cruzou o paralelo 38o, até à fronteira da Manchúria.
Os chineses, preocupados com os avanços dos americanos, advertiram que sua presença na Coréia do Norte obrigaria à entrada da China na guerra. MacArthur ignorou a advertência e lançou em novembro a ofensiva denominada Home by Christmas (em casa no Natal). No mesmo mês, soldados chineses atravessaram o rio Yalu e atacaram toda a extensão da frente. Em fins de dezembro, as tropas chinesas e da Coréia do Norte recapturaram Seul. A URSS não se envolve diretamente, limitando-se a dar ajuda militar aos norte-coreanos.
Em fevereiro de l95l, a Assembléia Geral da ONU aprovou resolução pela qual condenava a China como potência agressora. Os chineses responderam com uma segunda ofensiva contra a Coréia do Sul. Em meados de março, as tropas da ONU retomaram Seul e, depois de sucessivos contra-ataques, conseguiram cruzar novamente o paralelo 38o. MacArthur pretendia levar o conflito ao território chinês, mas o perigo de uma nova guerra mundial levou o presidente Truman a substitui-lo pelo general Matthew Ridgway e, em maio de 1952, pelo general Mark W. Clark.
Uma nova ofensiva norte-americana, entre fevereiro e março, empurra as tropas chinesas e norte-coreanas de volta ao paralelo 38º. Daí em diante, as posições permanecem inalteradas em mais dois anos de combate, com muitas baixas de ambos os lados. A paz vem somente com o Armistício de Panmunjom, assinado em 27 de julho de 1953. O acordo mantém a fronteira definida em 1948 e estabelece uma zona desmilitarizada entre as duas Coréias. O conflito, no entanto, continua sem solução definitiva e provoca tensões entre os dois países até hoje.
2. Ocupação Soviética do Afeganistão
Em 1919, a Grã-Bretanha reconheceu o Afeganistão como Estado independente e Amanullah Khan tornou-se rei. Durante a década de 1920, o país passou por uma série de reformas e medidas de modernização, entre as quais a educação para as mulheres, que acabaram provocando revoltas internas.
Apesar da forte oposição de grupos tradicionais durante o reinado de Zahir Shah (na década de 1940), o programa de modernização foi intensificado e, em 1946, o Afeganistão passou a fazer parte da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 1973, Muhammad Daud Khan, ex-primeiro-ministro, depôs o rei Zahir e criou a República do Afeganistão, assumindo os cargos de presidente e primeiro-ministro. Em 1978, civis e líderes militares da facção de esquerda comandaram uma revolta, durante a qual Daud Khan foi assassinado.
Os rebeldes, liderados por Mohammad Taraki, deram início à implantação de um regime de inspiração soviética, isto é, de partido único, planejamento centralizado da atividade econômica e propriedade estatal dos meios de produção. Isso fez com que um grupo de guerrilheiros islâmicos passasse a lutar contra o novo regime. Em setembro de 1979, os combates atingiram seu ponto máximo e Taraki foi executado.
Em 27 de dezembro de 1979, tropas do Exército Vermelho da URSS invadiram o Afeganistão. Babrak Karmal foi empossado presidente pelas forças de ocupação soviéticas. Desse momento em diante, a URSS entrou em conflito contra os guerrilheiros islâmicos, que eram apoiados pelos EUA. Com o passar do tempo, a perspectiva de vitória soviética tornou-se remota. Em 1988, as primeiras tropas do Exército Vermelho começaram a deixar o Afeganistão, e, no ano seguinte, a retirada foi concluída.
Guerra Civil e o Taliban - Em abril de 1992, o início de uma grande ofensiva dos guerrilheiros islâmicos fez com que o presidente Mohamed Najibullah, ainda de inclinação comunista, renunciasse. Essa perspectiva de chegar ao poder provocou divisões dentro da guerrilha. Em 25 de abril de 1992, os grupos guerrilheiros começaram a lutar uns contra os outros. Foi o início da guerra civil que devastou o país. Enquanto isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) tentava negociar uma solução pacífica que implementasse um organismo de representação onde todas as facções políticas estivessem presentes.
No entanto, o surgimento da milícia Taliban, em 1995, jogou por terra todos os esforços da ONU. Essa milícia era formada por estudantes fundamentalistas que defendiam a adoção de medidas extremistas, como a exclusão total das mulheres da vida social e o rígido cumprimento das leis islâmicas. A milícia Taliban era chefiada por Mohammed Omar e apoiada pelo Paquistão. Com o passar do tempo, conquistou a maior parte do território do Afeganistão.
Desde que a milícia Taliban começou a controlar a maior parte do país, o Afeganistão passou a viver um ambiente de incerteza política. A Constituição do país foi suspensa, bem como as garantias legais. Em setembro de 1996, após uma ofensiva que durou três semanas, o Taliban conquistou a capital, Cabul. Logo depois, executou o ex-presidente Mohamed Najibullah e adotou o rígido cumprimento das leis islâmicas. Com a conquista de Mazar-e-Sharif, a última importante cidade sob controle das forças de oposição (Aliança do Norte), o Taliban passou a controlar 90% do país.
Interferência norte-americana - O grupo fundamentalista islâmico Taliban começou a ganhar força na década de 80, graças à intervenção dos Estados Unidos. Isso porque em 1979 a antiga União Soviética invadira o Afeganistão, em defesa de seus aliados comunistas, que haviam tomado o poder no ano anterior. Em plena Guerra Fria, os Estados Unidos não pensaram duas vezes antes de tentar deter os inimigos comunistas e, para isso, começaram a financiar a oposição ao governo afegão, que tinha suas bases no Paquistão. Na época, um dos combatentes anti-soviéticos era o milionário saudita Osama Bin Laden, atualmente considerado um dos terroristas mais perigosos do mundo e principal inimigo dos norte-americanos.
O território do Afeganistão tornou-se ponto de disseminação do extremismo islâmico, com isso a Rússia e a China temiam que o extremismo e o fundamentalismo islâmico chegassem aos seus territórios. Durante a ocupação, cerca de 5 milhões de pessoas abandonaram o país, 3 milhões se fixaram no Paquistão.
Em 20 de agosto de 1998, o então presidente dos EUA, Bill Clinton, ordenou um ataque a alvos no sul do Afeganistão e em Cartum, capital do Sudão. A investida, segundo o governo norte-americano, era uma medida preventiva contra novos ataques terroristas, como os que atingiram as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em 7 de agosto de 1998, matando 257 pessoas. Os EUA apontaram como mentor dos atentados o milionário saudita Osama bin Laden, líder da organização terrorista Al Qaeda.
A crise no Afeganistão tornou-se ainda pior em janeiro de 2001, depois que a ONU estabeleceu severas sanções ao Taliban, em uma tentativa de forçar o grupo a entregar o terrorista Osama bin Laden, que estaria escondido no país. Além da guerra civil, a seca castigava a população, que contava com pouca ajuda internacional. Um mês depois do anúncio das sanções, o Taliban começou a bombardear estátuas budistas do Vale de Bamiyan, na região central do Afeganistão, o que provocou indignação na comunidade internacional. Segundo os líderes do Taliban, as estátuas eram consideradas ofensivas à religião islâmica.
Em setembro de 2001, o país voltou a sofrer pressão internacional em virtude de atentados terroristas contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington, EUA
3. Guerra do Camboja
O Camboja fica no sul da Ásia, no sudoeste do Vietnã. Essa região pertenceu à França, no contexto imperialista, e durante a Segunda Guerra foi dominada pelos japoneses.
Reconhecido como parte da União Francesa, o Camboja institui a monarquia constitucional em 1946, tendo o príncipe Norodom Sihanouk como chefe de Estado. Declara-se neutro na guerra vietnamita entre 1946 e 1954, quando sua independência é reconhecida.
A partir de 1964, o governo cambojano enfrenta uma rebelião comunista em seu próprio país, com o surgimento do Khmer Vermelho. O território cambojano é utilizado como refúgio pelas tropas norte-vietnamitas e por guerrilheiros comunistas do Vietnã do Sul. Por esse motivo, os EUA realizam bombardeios aéreos no país e torna-se cada vez mais difícil manter o Camboja à margem da Guerra do Vietnã.
Sihanouk insiste na neutralidade do Camboja e é deposto em março de 1970 pelo marechal Lon Nol, seu antigo primeiro-ministro, num golpe de Estado apoiado pelos EUA. No exílio, Sihanouk forma o Governo Real de União Nacional do Camboja (Grunc) em parceria com o Khmer Vermelho. Em outubro de 1970, Lon Nol proclama a República, sendo eleito presidente em 1972. Sem apoio nas áreas rurais, o regime de Lon Nol tem sua autoridade limitada aos centros urbanos, que vão sendo cercados pelos guerrilheiros. Finalmente, em abril de 1975, o Khmer Vermelho toma a capital, Phnom Penh, quase sem resistência.
Sihanouk é declarado chefe de Estado, mas o Khmer Vermelho é, de fato, o detentor do poder. O radicalismo do Khmer faz milhares de presos, desloca à força a população urbana para fazendas coletivas no campo e praticamente elimina a indústria nacional. Em janeiro de 1976, o nome do país é mudado para Kampuchea Democrático. Em abril, Sihanouk renuncia e o Grunc é dissolvido. Pol Pot, líder máximo do Khmer Vermelho, torna-se primeiro-ministro. O regime aproxima-se da China e adota uma política agressiva em relação ao já unificado Vietnã, apoiado pela União Soviética.
O novo governo do Khmer implanta então seu programa: força a transferência da população das cidades para o campo, reduz drasticamente a atividade industrial e isola o país. Dirigido pelo Partido Comunista do Kampuchea (novo nome do país), sob a liderança de Pol Pot, o governo se aproxima da China e rompe relações com o Vietnã.
Governo dos Khmers Vermelhos
O novo governo fará milhares de prisioneiros e deslocará, à força, a população urbana para fazendas coletivas no campo, praticamente eliminando a indústria nacional. As consequências foram trágicas, levando à morte centenas de milhares de pessoas, fosse por doenças e fome, fosse em campos de extermínio. Imediatamente após o domínio do governo pelo Khmer, foi iniciada a evacuação da população da capital, em direção ao campo.
Eram cerca de 2,5 milhões de pessoas, incluindo-se 1,5 milhões de refugiados-de-guerra. Esta mesma atitude do governo foi observada nas cidades de Batdambang, Kampong Rham, Siemreab, Kam Pong Thun e muitas outras. Nestes procedimentos não havia exceções e até os hospitais eram esvaziados e os pacientes deportados para o interior. O governo comunista do Khmer Vermelho alegava como causa destas providências a necessidade de alimentar a população urbana, do que era impedido pelos bombardeios das forças norte-americanas, que tornava qualquer meio de transporte inviável. Esta explicação foi imediatamente aceita pelos meios dominados pela esquerda marxista mundial, ficando toda a responsabilidade com os Estados Unidos. Embora tenham sido lançadas 539.129 toneladas de bombas sobre o território cambojano, quase quatro vezes mais do que as 153.000 toneladas recebidas pelo Japão durante a Segunda Grande Guerra, este não foi o motivo desta "evacuação". Seguindo-se a isto, o governo prossegue em seu programa de execuções, quando foram mortos tantos funcionários, policiais e militares quantos puderam ser encontrados.
Qualquer indivíduo que houvesse trabalhado, de alguma forma, vinculado ao governo deposto, teria morte certa, caso fosse identificado. O Khmer não executava apenas o "vinculado", mas todos os seus familiares, para eliminar qualquer possibilidade de uma futura vingança contra o regime. Por volta de julho de 1975 o ritmo da matança foi reduzido e os condenados passaram a ser enviados para os "centros de reeducação", onde fariam parte dos "batalhões de trabalhos forçados". No final deste ano, e início de 1976, houve um recrudescimento das execuções em massa, só que agora eram dirigidos aos mais cultos e intelectualizados, tais como professores e assemelhados.
Entre 1977 e 1978, a violência atingiu o seu auge, quando os assassinatos passaram a ser comuns entre os próprios elementos do Khmer, em intermináveis purgações em todos os níveis, caracterizando bem a conhecida autofagia dos regimes comunistas.
Durante todo este período em que o país passa a ser conhecido como "Kampuchea/Camboja Democrático" (Janeiro de 1976/79), o regime de Pol Pot exerceu o poder de vida e morte sobre toda a população, sem a menor contestação. Devido à necessidade de poupar munição, as armas de fogo poucas vezes eram utilizadas. As pessoas eram mortas por qualquer motivo: por não trabalharem com o desejado afinco, por reclamarem das condições de vida, por guardarem algum bem ou comida para utilização própria, por usarem alguma joia, por terem relações sexuais não autorizadas, por chorarem a morte de algum amigo ou familiar e até por demonstrarem algum sentimento religioso. Os doentes eram, na maioria das vezes, eliminados. Esta matança ocorria, sempre, sem qualquer tipo de julgamento e prolongou-se, ininterruptamente, até a invasão do país pelas tropas do Vietnã, em 1979.
A invasão vietnamita
As frequentes incursões do Khmer Vermelho em território vietnamita acirram as tensões entre os dois países. Em 1979, o Camboja é invadido por tropas do Vietnã, que tomam Phnom Penh e instalam no poder dissidentes cambojanos liderados por Heng Samrin. Inicia-se uma guerra de guerrilhas, sob o comando de Pol Pot, líder do Khmer Vermelho. O novo governo não é reconhecido internacionalmente e Pol Pot apresenta-se, inclusive na ONU, como representante legítimo do país.
Durante dez anos, o país, já devastado durante o regime do Khmer, convive com intensa guerra civil. Forçadas pela aliança das forças oposicionistas, sob a presidência do príncipe Sihanouk e vice-presidência de um líder do Khmer Vermelho, as tropas vietnamitas deixam o Camboja em 1989. O plano de paz da ONU, acordado em agosto de 1990, prevê a criação de um Conselho Nacional Supremo de Transição (CNST), o desarmamento das forças em luta, retirada de todas as forças estrangeiras, integração das forças armadas guerrilheiras num exército nacional unificado e convocação de eleições. O acordo de paz é assinado em Paris, em outubro de 1992, com a formação do CNST, tendo o príncipe Norodom Sihanouk como presidente. A ONU envia contingentes de paz para garantir o cumprimento do acordo.
4. Guerra do Vietnã
Conflito entre o Vietnã do Sul, apoiado pelos Estados Unidos, e o Vietnã do Norte. Tem início em 1959, quando a guerrilha comunista do sul (Vietcongue) e as tropas do norte tentam derrubar o regime pró-Ocidente no Vietnã do Sul e reunificar o país. A região do atual Vietnã foi parte da Indochina, colônia francesa desde o final do século XVIII.
Para entender melhor o conflito é preciso saber que durante a Segunda Guerra, o Japão invadiu e dominou esta região. Com o objetivo de combater os orientais, os vietnamitas, liderados por Ho Chi Minh (líder revolucionário), se reuniram e formaram a Liga Revolucionária para a Independência do Vietnã (ligada ao partido comunista).
Os primeiros conflitos ocorreram em 1941, ainda durante a Segunda Grande Guerra. Quando esta terminou, começou o processo de descolonização, que originou uma luta entre tropas francesas e guerrilheiros do Viet Minh (Liga para a Independência do Vietnã).
Derrotados, os franceses tiveram que aceitar a independência. Em 1954, a Conferência de Genebra (convocada para negociar a paz) reconheceu a Independência do Camboja, Laos e Vietnã.
Outra medida tomada estabeleceu que o Vietnã ficaria dividido em:
- Vietnã do Norte: socialista governado por Ho Chin Minh
- Vietnã do Sul: capitalista governado por Ngo Dinh-Diem
Essa divisão estaria valendo até as eleições para unificação do país, em 1956.
Em 1955, Ngo Diem liderou um golpe militar tornando-se ditador. Diem cancelou as eleições, proclamou a Independência do Sul, brigou com os budistas, perseguiu nacionalistas e comunistas e seu governo foi marcado pela corrupção. Os americanos o apoiaram, porque estavam convencidos de que os nacionalistas e comunistas de Ho Chi Minh ganhariam as eleições e isso não era bom; pois se os comunistas ganhassem, acabariam influenciando outras nações a segui-los (“Teoria de Dominó”).
Os EUA passaram a colaborar com o Vietnã do Sul enviando armas, dinheiro e conselheiros militares. Tudo isso fez com que surgissem os movimentos de oposição: Frente Nacional de Libertação (apoiados pelo Vietnã do Norte) juntamente com o seu exército Vietcong.
Apoiados pelos americanos e suas armas poderosas os sul-vietnamitas atacaram por 10 anos o norte. Porém, depois que algumas embarcações americanas foram bombardeadas no Golfo de Tonquim, o presidente Lindon B. Johnson ordenou bombardeios de represália contra o Vietnã do Norte. Esse fato marcou a entrada dos EUA na guerra (1965).
Em 1968, as tropas do norte e os vietcongs fizeram a chamada Ofensiva do Tet, ocupando inclusive a embaixada americana em Saigon. Isso fez com que os americanos sofressem sérias derrotas. A guerra continuava e os americanos não estavam muito felizes. Várias manifestações foram realizadas contra a participação dos EUA na guerra.
Em 1972, durante o governo do presidente Nixon, os EUA bombardearam a região de Laos e Camboja utilizando, inclusive, armas químicas, mas não adiantou, pois os guerrilheiros continuavam lutando. Eles (guerrilheiros) se saíram melhor, principalmente pelas vantagens geográficas, já que conheciam bem a região.
Os americanos se retiraram do conflito em 1973; porém, a guerra só foi encerrada de fato em 30/04/1975, pois ainda havia alguns conflitos contra o norte. Em 1976, o Vietnã se reunificou e passou a se chamar República Socialista do Vietnã.
Durante todo o desenrolar da guerra, os meios de comunicação do mundo inteiro divulgaram a violência e intensidade do conflito, além de falarem sobre o mau desempenho dos americanos, que investiram bilhões. Foi nesta guerra que os helicópteros foram usados pela primeira vez.