sábado, 3 de agosto de 2024

A pecuária

A pecuária é fundamental para a humanidade. Ela consiste em uma atividade econômica que envolve a criação e a comercialização de animais para a produção de alimentos (carne, ovos, leite, mel, etc.) e de produtos não alimentares (lã, couro, pele, penas, etc.), para o transporte de cargas ou para fins recreativos (passeio a cavalo e vaquejada, por exemplo). Alguns animais, como o boi, o cavalo e o porco, também fornecem fertilizantes orgânicos (naturais), que auxiliam no desenvolvimento do solo e, consequentemente, na melhor evolução das plantas. 

As formas de criação de gado

A pecuária reúne as atividades relacionadas à criação de gado para fins domésticos ou comerciais. Distinguem-se, pelo menos, duas formas principais de criação de gado: o pastoreio, que compreende o nomadismo pastoril e a transumância; e a pecuária de sistema extensivo, semiextensivo ou intensivo.

O pastoreio 

O pastoreio é um modo de vida que se baseia na exploração de pastagens naturais, onde a criação de animais é realizada em áreas sem uso de cercas e sem controle da alimentação. Há dois modos de pastoreio: o nomadismo pastoril e a transumância.

O nomadismo pastoril 

O nomadismo é o modo de vida em que um grupo humano se desloca de um lugar para outro para manter sua subsistência. No caso do nomadismo pastoril, o grupo humano desloca-se com seu rebanho em busca de pastagens para os animais. É esse o caso de alguns grupos de lapões, povo que vive no extremo norte da Europa (Suécia, Noruega, Finlândia e Rússia), e do povo nenets – da etnia samoieda –, que habita o norte da Rússia. Esses grupos praticam o pastoreio nômade da rena.

A transumância 

O modo de pastoreio que se caracteriza pelo deslocamento periódico de rebanhos de acordo com o clima chama-se transumância. Em geral, esse deslocamento ocorre entre pastagens em regiões montanhosas e pastagens em planícies – no verão, as montanhas tornam-se uma alternativa às planícies, atingidas pela seca, e, no inverno, as planícies constituem melhor área para criação, enquanto as montanhas ficam cobertas pela neve. Na transumância, apenas os pastores se deslocam com o rebanho. As famílias permanecem em suas casas, dedicando-se à pequena agricultura. No nomadismo pastoril, visto anteriormente, todo o grupo humano se desloca com o rebanho.
A prática dessas modalidades de pastoreio tem sido cada vez mais rara em razão do avanço das atividades econômicas modernas, como a indústria e a mineração. Ao chegar a regiões de pastoreio, essas atividades acabam empregando a população, que, aos poucos, tem abandonado as pastagens.

A pecuária 

A pecuária abrange a criação de animais de grande porte – como bois (bovinos), cavalos (equinos), búfalos (bufalinos), mulas e burros (muares) e asininos (jumentos ou jegues, como são chamados no Nordeste do Brasil) – e animais de pequeno porte – como porcos (suínos), ovelhas (ovinos), cabras (caprinos), aves (avícolas) e abelhas (apícolas). Vamos estudar mais detalhadamente os sistemas de criação do gado bovino por sua importância no fornecimento de alimentos (carne, leite e derivados) e de matérias-primas para uso industrial. Conheça a seguir cada um desses sistemas.

Os sistemas de criação da pecuária 

Quanto ao sistema de criação de animais, há, basicamente, três tipos convencionais: extensivo, intensivo e semiextensivo
A pecuária extensiva é praticada, em geral, em regiões de baixa densidade demográfica e com grande disponibilidade de terras. O rebanho é criado solto no campo e se alimenta principalmente de pastagens (naturais, cultivadas ou mistas). Os animais destinam-se aos abatedouros para a produção de carne e há aproveitamento do leite das fêmeas. 
A pecuária semiextensiva é uma prática em que se associam as pastagens e o confinamento para a engorda dos animais. Confinado nos períodos de estiagem, o rebanho se destina, geralmente, a abastecer o mercado de carne. Quando a terra é um fator de produção de alto preço, pratica-se a pecuária intensiva. Nesse sistema, empregam-se técnicas modernas para aumentar a produtividade mediante, por exemplo, a seleção de raças, o fornecimento de forragens e rações que possam melhorar a alimentação do rebanho e a concentração do maior número possível de animais por unidade de área. Esse sistema é aplicado, principalmente, na criação de gado leiteiro, em que os animais ficam estabulados, isto é, confinados em estábulos.


Brasil: espaço agrícola e o uso de terras

A agricultura é a prática de cultivar o solo para a produção de vegetais, uma das atividades responsáveis pela produção de alimentos e de matérias-primas para muitas indústrias.
A palavra agricultura vem do termo latim agricultūra, que significa “cultivo do solo”. Essa atividade, que se desenvolveu ao longo da história da humanidade, mais especificamente cerca de 10 mil anos antes da era cristã, traz um conjunto de técnicas utilizadas para trabalhar o solo e cultivar plantas. É por meio da agricultura que obtemos a maior parte dos alimentos (frutas, cereais, verduras, legumes, etc.) e dos tecidos (a fibra utilizada na produção de muitos tecidos origina-se do algodoeiro, por exemplo.
Para que seja possível o pleno desenvolvimento de atividades agrícolas, uma combinação de fatores naturais deve ser considerada. O clima é colocado como um dos fatores naturais importantes para a agricultura. Assim como acontece com a maioria das espécies animais, que têm ambientes climáticos próprios para o desenvolvimento, as plantas também se estabelecem melhor onde as condições de temperatura, insolação, umidade e volume médio de chuvas são apropriadas para cada espécie. A condição de fertilidade do solo influencia diretamente na produtividade agrícola e na escolha da cultura a ser praticada. Para que seja realizada uma análise correta do solo, profissionais como o técnico agrícola e o engenheiro agrônomo são fundamentais. Essa análise indicará o grau de fertilidade do solo e quais intervenções (manejo) serão necessárias para um plantio produtivo. 
Já o relevo pode influenciar na atividade agrícola de várias formas. Em terrenos mais acidentados, a lavagem dos nutrientes do solo pela força de escoamento da água (lixiviação) pode reduzir a fertilidade. As técnicas de terraceamento e curvas de nível amenizam esse fenômeno. Relevos acentuados também podem dificultar o emprego de máquinas na lavoura, reduzindo o ritmo de preparo do solo e da colheita.

Os fatores e os sistemas de produção na agricultura 

Além das condições naturais, existem outros fatores que influenciam a prática agrícola. Para a agricultura, devemos considerar três fatores de produção: a terra, o trabalho e o capital. 
• A terra é a área de solo onde são cultivadas as plantas. Pode ser de grande, média ou pequena extensão. 
• O trabalho é a atividade humana aplicada à produção e varia de acordo com a forma de organização das atividades em determinado momento e local. A qualidade do trabalho depende, ainda, do conhecimento técnico da mão de obra empregada. 
• O capital abrange, além do dinheiro investido, os instrumentos de produção: foices, arados de tração animal, tratores, colheitadeiras, semeadeiras, adubadeiras, fertilizantes, agrotóxicos etc. Quando, numa unidade agrícola, a terra é o principal fator de produção, e não o capital, dizemos que se trata de um sistema agrícola de produção extensiva ou agricultura extensiva. Esse tipo de produção se caracteriza pelo uso de técnicas tradicionais e apresenta, geralmente, baixa produtividade por unidade de área cultivada. Entretanto, quando o principal fator de produção é o capital, dizemos que se trata de um sistema agrícola de produção intensiva ou agricultura intensiva, caracterizado por intenso uso de máquinas e implementos agrícolas, adubos, equipamentos para irrigação, sementes e mudas selecionadas etc., além de elevada produtividade.

O uso da terra pela agropecuária 

O uso da terra corresponde à forma como o espaço geográfico é aproveitado pelas sociedades humanas. Podemos distinguir, por exemplo, o uso urbano – com casas, edifícios, ruas, avenidas, indústrias, comércios, escritórios, viadutos etc. –, o uso rural – por agricultura, criação de gado, silvicultura etc. –, o uso de áreas de vegetação natural – por extrativismo vegetal, animal etc. –, além do uso de áreas de mineração e outros.
Considerando o tipo de produção, as técnicas utilizadas e o destino dos produtos, a agricultura pode se diferenciar entre si das maneiras a seguir. 
Agricultura tradicional: as técnicas empregadas são tradicionais ou rudimentares, com a utilização de instrumentos manuais como o arado e a enxada. Esse modo de produção faz pouco uso de equipamentos mecânicos, agrotóxicos e fertilizantes. Por ser bastante artesanal, em muitos casos, apresentam baixa produtividade e menor impacto ambiental.
Agricultura moderna: as técnicas são modernas, utilizando sistemas de irrigação e maquinário especializado, como arado mecânico e colheitadeiras. Esse modo de produção utiliza pouca mão de obra, além de fertilizantes, sementes melhoradas, entre outros produtos tecnologicamente mais avançados.
Agricultura comercial: os produtos são destinados ao comércio nacional e internacional, por isso são produzidos em grande quantidade, além de utilizar técnicas mais modernas de produção que aumentam a produtividade. 
Agricultura familiar: os produtos são destinados ao consumo das famílias produtoras, e parte é comercializada pelos agricultores em feiras livres ou estabelecimentos comerciais mais próximos. De modo geral, a agricultura familiar faz uso de técnicas tradicionais de cultivo e é responsável pela maior parte da alimentação da população brasileira.

Brasil: o espaço agrário 

Se observássemos um mapa do uso da terra no Brasil por volta de 1950, veríamos que ele seria muito diferente do mapa dos dias atuais, como o representado nesta página. Até 1950, não havia ocorrido a expansão da fronteira agropecuária para o interior do território brasileiro. A partir dos anos 1950, a agropecuária expandiu-se no interior do Brasil e formaram-se grandes fazendas de agricultura e pecuária. Isso ocorreu por meio de grandes desmatamentos e queimadas do Cerrado e da Floresta Amazônica, processo que se mantém nos dias atuais. Somam-se a isso conflitos, muitas vezes com a ocorrência de mortes, entre alguns fazendeiros e grupos indígenas, populações ribeirinhas e outros protagonistas sociais que foram expulsos de suas terras. Em virtude de o território brasileiro estender-se na direção norte-sul, desde as áreas de baixa latitude até as de média latitude, e apresentar variações regionais de precipitação (chuva), são cultivadas no país plantas de clima tropical – como café, cana-de-açúcar, cacau e amendoim – e de clima temperado – aveia, trigo, centeio, maçã, pera etc. Na geografia agrícola do Brasil, podemos reconhecer culturas especializadas e grandes culturas comerciais.

Culturas especializadas 

As culturas especializadas são aquelas que, condicionadas principalmente pelo clima e solo, encontram em certas áreas do território a possibilidade de obter maior produção e produtividade (dendê, coco, caju, pera, palmito, pimenta-do-reino, juta, batata etc.). As culturas especializadas são importantes tanto do ponto de vista social como do econômico, pois são realizadas, geralmente, com base no trabalho familiar. Representam, assim, fonte de rendimento para famílias de pequenos proprietários de terra e pequenos arrendatários.

Grandes culturas comerciais 

 Ao contrário das culturas especializadas, as grandes culturas comerciais (café, cana-de-açúcar, arroz, feijão, laranja, soja, algodão, milho etc.) ocorrem em vastas áreas, nas diversas regiões do Brasil, demonstrando o enorme potencial agrícola do país. Nas últimas quatro décadas, as culturas comerciais se modernizaram. Sua elevada produtividade decorre do uso de tecnologia e técnicas agrícolas avançadas (seleção de sementes e mudas, correção e adubação do solo, mecanização, assistência agronômica etc.). Como consequência, o Brasil ocupou, em 2021, posições de destaque no mercado mundial: é maior produtor de café, cana-de-açúcar, cítricos e soja. Para manter a alta produtividade, essas culturas empregam agrotóxicos em larga escala. Se, por um lado, essas substâncias combatem insetos, fungos e outros seres que prejudicam as plantações, por outro, o uso excessivo contamina o solo, as águas e o ar e mata outros seres vivos, podendo também intoxicar o trabalhador rural, caso as aplique sem proteção adequada.
Custos ambientais e sociais das atividades agropecuárias 
O desempenho alcançado pelo Brasil em algumas culturas comerciais veio acompanhado, em muitos casos, por um elevado custo ambiental. O avanço da cultura da soja em direção à Amazônia, por exemplo, além da pecuária bovina e da exploração madeireira, tem sido causa de desmatamento na Floresta Amazônica. Enquanto a soja se expande pelo norte do estado de Mato Grosso, a pecuária bovina avança também pelo norte desse estado e pelo sul e sudoeste do Pará. No caso da cana-de-açúcar, vários estudos apontam problemas sociais e ambientais relacionados à produção de açúcar e álcool no país. Entre os impactos ambientais gerados pelo setor sucroalcooleiro estão a emissão de poluentes, que ameaça os recursos hídricos, a qualidade do ar e a biodiversidade, e o cultivo em áreas de preservação ambiental por parte de alguns produtores. Um dos problemas sociais do setor sucroalcooleiro refere-se às precárias condições de trabalho e à má remuneração de grande parte dos trabalhadores rurais, em diversas regiões brasileiras. 
O avanço da cultura da cana-de-açúcar também resulta, em alguns casos, em ameaças às comunidades indígenas. Isso porque a crescente demanda de matéria-prima pelas usinas de açúcar, etanol e biodiesel tem estimulado a expansão das áreas de cultivo, incluindo as terras indígenas em processo de reconhecimento pelo governo brasileiro. A lentidão do reconhecimento de terras indígenas contribui para a ocorrência de violentos conflitos entre indígenas e produtores rurais. O trabalho análogo ao de escravo é outro problema presente no campo brasileiro. Em 2021, segundo a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho e Previdência do Brasil, foram libertadas dessa condição um total de 1015 pessoas em vários ramos de atividades, incluindo agricultura e pecuária. 

A questão da terra no Brasil 

Desde a chegada dos portugueses às terras que viriam a ser o Brasil, o acesso à propriedade da terra para cultivar ou criar gado foi muito desigual entre a população. De início, o rei de Portugal era o dono das terras e as doava a quem tivesse prestado relevantes serviços à Coroa portuguesa. Foram doadas, assim, grandes extensões de terras para o cultivo e a criação de gado, as chamadas sesmarias. Apesar de o regime de sesmarias ter sido interrompido em 1820, a grande propriedade rural foi mantida, pois seus proprietários, com forte influência política, conseguiram aprovar leis que garantiram os seus privilégios de acesso à terra. Essa é a raiz histórica da implantação de extensas propriedades rurais, chamadas latifúndios, que ainda existem no Brasil. Há que se distinguir, porém, os latifúndios improdutivos – que pouco ou nada produzem –, encontrados principalmente nas Grandes Regiões Nordeste e Norte, dos latifúndios produtivos. Estes são explorados pelas grandes culturas comerciais e pela pecuária moderna e estão integrados ao agronegócio.

▪ Concentração fundiária 

Existe no Brasil uma concentração fundiária (do latim fundus, fundi, fazenda), ou seja, a concentração de terras nas mãos de poucos proprietários rurais. É uma característica histórica da agropecuária brasileira. Observe no gráfico como se distribuíam os estabelecimentos agropecuários segundo os grupos de áreas em 2017. Pode-se dizer que, no Brasil, muita gente tem pouca terra para cultivar e pouca gente possui muita terra. Trata-se da segunda maior concentração fundiária do mundo, só perdendo para o Paraguai.

Movimentos dos trabalhadores rurais 

Diante da dificuldade histórica de acesso à terra por parte de milhões de trabalhadores rurais, surgiram movimentos sociais que reivindicam a reforma agrária. Esses movimentos sociais, entre os quais se destaca o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), fundado em 1984, realizam acampamentos na beira de estradas, ocupação de terras improdutivas, passeatas, protestos etc. com a finalidade de pressionar os governos. Como resultado, assentamentos rurais têm sido realizados. Mas, para que as famílias assentadas tenham condições de trabalhar a terra, elas necessitam de crédito, assistência agronômica, estradas para o escoamento da produção, rede de energia elétrica, além de outras condições básicas. Como na maioria desses assentamentos várias dessas condições não foram implantadas, muitas famílias não obtiveram sucesso no trato da terra.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

AS CIDADES SUSTENTÁVEIS

O desenvolvimento sustentável tem o objetivo de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer o bem-estar das gerações futuras. É um conceito que está no centro das discussões atuais e conduz a elaboração de propostas que buscam conciliar as demandas econômicas, sociais e ambientais. O tema desenvolveu-se nos debates sobre planejamento urbano a partir da década de 1970, no contexto da crise mundial do petróleo, e ganhou força a partir da década de 1980, com a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1987. Para garantir o desenvolvimento sustentável da economia mundial, é necessário que haja equidade nas condições de vida e uma gestão consciente das fontes de energia e dos recursos naturais. De acordo com a ONU, em 2021, as cidades eram responsáveis pela emissão de 70% dos gases do efeito estufa e 75% da energia produzida. Tendo isso em vista, o modo de vida urbano e a produção e o consumo de mercadorias devem ser repensados, de maneira a promover a redução dos impactos socioambientais. As cidades sustentáveis estão alicerçadas em uma concepção de planejamento urbano relacionada com o equilíbrio ambiental, a vitalidade econômica e os benefícios sociais. Para atingir esses objetivos, a cidade sustentável deve promover as seguintes medidas:

• oferecer transporte público de qualidade;
• melhorar o sistema de coleta de resíduos sólidos;
• construir parques urbanos;
• promover a qualidade de vida da população;
• produzir energia a partir de fontes limpas e renováveis;
• criar sistemas de captação e reúso das águas pluviais e fluviais;
• planejar a cidade de acordo com as demandas sociais, econômicas e ambientais.

A MOBILIDADE URBANA

As grandes cidades, como Mumbai, na Índia, São Paulo (SP), Cidade do México, no México, Buenos Aires, na Argentina, entre outras, são responsáveis por uma elevada emissão de gases poluentes, sobretudo em razão da grande frota de veículos. Essas cidades, em geral, caracterizam-se por um planejamento urbano que não priorizou um sistema integrado de transporte, o que facilitaria a mobilidade da população. Com uma grande frota de veículos particulares e a falta de integração entre os modais de transporte coletivo, há um arranjo e um padrão do espaço urbano projetado para carros, o que dificulta o acesso e a mobilidade daqueles que utilizam outros modais de transporte. Analise o gráfico a seguir, que representa a porcentagem de emissão de poluentes de cada tipo de veículo no Brasil. Os automóveis, em sua maioria, veículos individuais, são os que mais liberam gases poluentes.
Nas cidades sustentáveis, as alternativas para a redução de gases emitidos por automóveis se deram a partir do planejamento e da estruturação de um sistema de transporte público integrado e de transportes alternativos (ciclovias, por exemplo) de qualidade e acessíveis, o que facilita a mobilidade das pessoas. Exemplos do uso de bicicletas como meio de transporte podem ser verificados em cidades como Copenhague, na Dinamarca, e Amsterdã, na Holanda.
Um sistema de transporte público eficiente possibilita o acesso com qualidade a qualquer parte da cidade, independentemente se a pessoa está em uma área central ou periférica. Dessa forma, pode ser considerado como uma alternativa para a redução de gases poluentes, tendo em vista que as pessoas podem utilizar o transporte público para se deslocar pela cidade, em vez de utilizar veículos particulares. A oferta de rotas de ônibus, metrô e trem com possibilidade de integração é importante para determinar a qualidade do transporte e a mobilidade. Além disso, é fundamental que os preços das passagens atendam às necessidades das pessoas e possibilitem a integração entre os diferentes modais. A Política Nacional de Mobilidade Urbana aponta para a importância da priorização dos serviços públicos, da infraestrutura do sistema de mobilidade e da acessibilidade e integração dos modos de transporte público, incluindo estacionamento e áreas de acesso com horários definidos. Isso significa que a cidade precisa ter várias opções para melhorar a qualidade de vida da população.

A ACESSIBILIDADE NAS CIDADES SUSTENTÁVEIS

Uma cidade sustentável deve possibilitar o acesso de pessoas com todas as características. Isso significa que os edifícios, os transportes públicos, as vias de circulação e os espaços de lazer e cultura precisam garantir o acesso por parte de pessoas idosas, com mobilidade reduzida e com deficiências físicas, motoras e/ou sensoriais. Esse acesso pode ser viabilizado por meio de rampas e elevadores, piso tátil, mapas em braille, sinais sonoros, entre outros. Garantir o acesso dessas pessoas possibilita a redução das desigualdades sociais, tendo em vista sua relação direta com a facilidade e a equidade no deslocamento e a presença delas nos diferentes espaços da cidade. Faz parte da acessibilidade não apenas as condições de transporte, mas também o direito às informações e aos serviços de comunicação e tecnologia.

AS CIDADES E OS GRUPOS SOCIAIS

Ao refletir sobre as cidades sustentáveis, é importante considerar que a desigualdade econômica entre os países e as regiões gera obstáculos para a consolidação de projetos de cidades sustentáveis que buscam melhorar a qualidade de vida das pessoas. Esses projetos demandam altos recursos financeiros e, por isso, não são implementados em todos os lugares. Outro ponto a ser considerado são as desigualdades sociais relacionadas às questões de gênero, raça e orientação sexual. Os grupos sociais historicamente menos favorecidos tendem a enfrentar obstáculos no acesso a serviços públicos da cidade, por causa do preconceito e da violência que sofrem cotidianamente. Nesse sentido, o planejamento urbano deve abarcar essas questões, de modo a contemplar os interesses e as demandas de diferentes grupos sociais. A desigualdade de gênero, por exemplo, se manifesta nas assimetrias de renda entre homens e mulheres, na desigualdade de acesso à participação política, na desvalorização de trabalhos tradicionalmente desempenhados por mulheres, entre outros. As desigualdades de gênero influenciam, ainda, a maneira como as mulheres vivenciam as cidades, o que pode ser agravado por questões de raça, classe social e orientação sexual. Tendo isso em vista, é necessário que o Estado formule políticas públicas especialmente para as mulheres e para outros grupos sociais desfavorecidos, contemplando as diferentes necessidades desses grupos, de modo a promover uma cidade justa e equânime.

OS PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS

Diversos problemas ambientais resultam da dinâmica natural da Terra, como as queimadas espontâneas que ocorrem nas florestas de regiões com clima quente e seco. Todavia, graves desequilíbrios ambientais têm sido causados pelos seres humanos, o que tem contribuído para provocar eventos extremos, como as mudanças nas temperaturas, os ventos fortes, os ciclones e os períodos prolongados de chuvas e de secas. Esses eventos geram consequências para os seres humanos e para o meio ambiente, tendo em vista que podem provocar a destruição de cidades, afetar o cotidiano e as atividades econômicas, além de desencadear graves desequilíbrios nos ecossistemas.
O efeito estufa e os poluentes Os raios infravermelhos são parte da radiação solar responsável pelo aquecimento da Terra. Depois que ultrapassam os gases da atmosfera, eles chegam ao solo e às águas, aquecendo-os. Tanto o solo quanto a água, quando aquecidos, devolvem à atmosfera ondas de calor com características diferentes das iniciais. A partir daí, os gases da atmosfera mantêm a superfície terrestre aquecida. Esse fenômeno é chamado de efeito estufa. O carbono e o vapor de água que existem naturalmente na atmosfera formam uma redoma protetora que impede a dissipação para o espaço de parte desse calor. Apesar de geralmente ser associado a uma forma de impacto ambiental, o efeito estufa é essencial para a vida no planeta Terra. Sem ele, a Terra seria fria demais para comportar toda a sua biodiversidade. Porém, para parte dos cientistas, os gases lançados na atmosfera por indústrias, automóveis e outras fontes de poluição formam uma camada de poluentes que intensifica o efeito estufa, acelerando a elevação das temperaturas médias de diversas regiões do planeta. Há estudos que apontam mudanças no clima do planeta e as relacionam à ação humana. Assim, a intensificação do efeito estufa seria decorrente do aumento da presença de gases de efeito estufa, como o gás carbônico, o metano e o óxido nitroso. Esse aumento estaria vinculado ao uso e à produção de energia obtida da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão mineral e a agropecuária.

As emissões de carbono e combustíveis fósseis


A queima de combustível, para gerar energia, produz moléculas de gás carbônico (CO2 ). Essas moléculas ficam soltas na atmosfera. Quanto maior a queima de combustível, mais CO2 é liberado, aumentando a quantidade desses gases no ar.
A emissão de CO2 tem relação com o total da população de um país e a sua capacidade industrial. Podem ser considerados ainda os índices de emissão das queimadas nas áreas florestadas, como ocorre no Brasil, e a queima de petróleo nas refinarias, como ocorre no Oriente Médio. No mapa e no gráfico, é possível verificar que as emissões estão concentradas nos países mais industrializados do mundo, principalmente China e Estados Unidos, que lideram o comércio mundial. No entanto, nos últimos anos, muitos países têm buscado reduzir suas emissões, com a substituição de fontes de energia poluentes e a adoção de práticas mais sustentáveis. O Protocolo de Kyoto estabeleceu que os países industrializados devem reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa em, no mínimo, 5% em relação aos níveis de 1990.

O aquecimento global

Com o aumento progressivo da temperatura terrestre, principalmente a partir do início do século XX. Desde então, ocorreu um crescimento da emissão de gases do efeito estufa em decorrência da intensificação do consumo de combustíveis fósseis, o que levou muitos cientistas a associarem o aquecimento global às ações dos seres humanos na natureza. De acordo com essa ideia, a ocorrência de eventos climáticos extremos nas últimas décadas, como o registro de temperaturas recorde em muitos países, mudanças na frequência e na intensidade das chuvas e o aumento de furacões e de períodos de seca, é indício da influência humana no crescimento das temperaturas na atmosfera, nos oceanos e na superfície terrestre.
Se nos próximos anos não houver uma redução significativa dessas emissões, estima-se que esses eventos climáticos extremos serão ainda mais intensos.
A temperatura média anual da superfície subiu um pouco mais de 1 °C nos últimos 170 anos. O Acordo de Paris, assinado por 195 países em 2015, busca limitar o aquecimento global nos próximos anos a um aumento de 2 °C, preferencialmente 1,5 °C. Esse nível de aumento de temperatura é considerado elevado, mas com potenciais impactos socioeconômicos ainda administráveis.
Um dos impactos do aumento da temperatura na superfície terrestre é o derretimento das geleiras. Como você pode verificar nas imagens, a cobertura de gelo tem sofrido redução no Ártico. Esse processo gera o aumento do nível do mar e a alteração das massas de ar que vêm dos polos. Além disso, o derretimento do gelo permanente, conhecido como permafrost, pode resultar na liberação de gás metano, o que acelera ainda mais o processo de aquecimento global. Um dos efeitos desses processos é a migração forçada de pessoas que vivem em regiões litorâneas ou daquelas pessoas mais diretamente afetadas pelo aumento da temperatura e do nível do mar. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que desde 2010 as emergências climáticas obrigaram 21,5 milhões de pessoas a se mudarem por ano. Em 2021, cerca de 90% desses refugiados vinham de países mais vulneráveis, sem a infraestrutura necessária para enfrentar crises climáticas. Tendo isso em vista, as mudanças climáticas devem ser tratadas como uma crise humanitária, já que podem agravar a pobreza, a violência e as dificuldades de acesso a recursos naturais, especialmente nos países mais vulneráveis.

As ilhas de calor

Grande concentração de prédios de concreto, pavimentação de ruas e avenidas, ausência de áreas verdes, intensa queima de combustíveis fósseis em fábricas, residências e veículos, canalização de águas pluviais – todos esses fatores exercem influência na elevação da temperatura das grandes cidades. Alguns locais, como as áreas mais centrais, são bem mais quentes que outros, configurando verdadeiras ilhas de calor. No entanto, nas áreas periféricas, por serem mais afastadas do centro, a temperatura do ar costuma ser menor.
Para melhorar a qualidade de vida e diminuir os efeitos das ilhas de calor, arquitetos urbanistas sugerem a construção de parques urbanos, telhados verdes e frios, pavimentos frios, utilizando materiais mais claros nas superfícies, entre outras ações para que não haja absorção de calor, como ocorre com o asfalto.

A inversão térmica

A quantidade de poluentes lançados na atmosfera provoca um fenômeno chamado inversão térmica, que cria condições desfavoráveis para a dispersão dos poluentes. Esse fenômeno pode ocorrer durante o ano todo, porém é mais comum no inverno. Em condições normais, à medida que aumenta a altitude, a atmosfera vai esfriando. Dessa maneira, o ar quente – que é menos denso – pode se elevar e carregar os poluentes para longe da superfície. Frequentemente, no inverno, por causa da maneira como os raios do sol incidem sobre a Terra ou em razão dos movimentos das massas de ar, forma-se uma camada de ar quente entre duas camadas de ar frio. Em ambientes industrializados ou em grandes centros urbanos, como uma camada de ar quente sobrepõe-se a uma camada mais fria, os poluentes ficam aprisionados próximo à superfície. Essa inversão térmica leva à retenção dos poluentes nas camadas mais baixas, próximo ao solo, podendo ocasionar problemas de saúde à população.
A camada de ozônio O ozônio, um gás presente na estratosfera terrestre, tem a propriedade de filtrar os raios ultravioleta do Sol, que, em excesso, inviabilizariam a vida no planeta. A camada de ozônio sofre os efeitos decorrentes da emissão dos clorofluorcarbonos (CFCs), utilizados em sistemas de refrigeração e em alguns aerossóis. Reações químicas dos CFCs destroem as partículas de ozônio, diminuindo, assim, a filtragem dos raios ultravioleta. Os CFCs permanecem na atmosfera por um longo período, podendo levar cem anos ou mais para serem destruídos. Em 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, um tratado internacional que tinha como principal meta a diminuição das emissões de CFCs e a busca por alternativas ao uso desses gases. Estudos recentes indicam que o buraco na camada de ozônio está diminuindo de tamanho. É um exemplo de como ainda é possível reverter certos efeitos da destruição do ambiente pela presença humana.

A chuva ácida

Quando chove, certos gases poluentes lançados na atmosfera por fábricas, automóveis e usinas termelétricas dissolvem-se nas gotas de chuva, tornando-as ácidas. A chuva ácida é uma combinação química entre a água e os poluentes da atmosfera que se deslocam pelos movimentos das massas de ar. Alguns elementos, como os óxidos de nitrogênio, o dióxido de carbono e o dióxido de enxofre são liberados na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis. Quando esses elementos são misturados às partículas de água em suspensão que formam as nuvens, resultam em ácido nítrico e ácido sulfúrico, que se precipitam em forma de chuva, neve ou neblina, caracterizando as chuvas ácidas. Quando chega à superfície terrestre, a água da chuva dissolve e libera metais pesados e alumínio, danificando a vida vegetal e animal, corroendo construções, monumentos, fios elétricos e metais, além de interferir nas cadeias alimentares.

OS EVENTOS NATURAIS: MONITORAMENTO E PREVENÇÃO

Os eventos naturais sempre estiveram presentes ao longo da história humana. Entretanto, com as inovações tecnológicas realizadas a partir da década de 1950, ficou cada vez mais fácil prever quando ocorrerão. Fenômenos como tufões, furacões, erupções vulcânicas, tsunâmis, entre outros, não são mais uma ameaça inevitável à vida humana, uma vez que há a possibilidade de monitoramento desses eventos. Você já estudou que, a cada ano, observa-se um aumento do aquecimento global, o que interfere nas incidências de chuvas, nos deslizamentos de terras e nas inundações. Esse processo afeta vários países e pode causar tragédias para a população. Em 2021, as chuvas extremas e as enchentes provocadas por elas assolaram o Canadá, os Estados Unidos, a Alemanha e a China. Em cada um desses locais, o volume de precipitação foi histórico. Os maiores índices de risco ambiental estão situados nos países menos desenvolvidos, que ainda estão investindo em sistemas de monitoramento e prevenção de eventos naturais. Os desafios socioeconômicos existentes nessas regiões impõem dificuldades para direcionar recursos tecnológicos que diminuam os impactos causados por esses eventos.

O EXTRATIVISMO E O MEIO AMBIENTE

O extrativismo pode ser considerado umas das atividades humanas mais antigas. Antes de conhecerem a agricultura e a pecuária, os seres humanos coletavam alimentos e outros recursos diretamente da natureza. Quando precisavam de alimentos, por exemplo, retiravam sementes, frutos e raízes encontrados no lugar em que viviam. Além disso, os seres humanos caçavam, pescavam e, com isso, extraíam também peles e couros de animais para a confecção de vestimentas. Atualmente, o extrativismo é uma atividade de extrema importância. Os povos originários praticam o extrativismo de forma sustentável, com base em conhecimentos ancestrais. Eles dependem dos recursos da floresta para manterem seus modos de vida e contribuem para a sua preservação também. Por sua vez, muitas empresas praticam o extrativismo de maneira predatória, muitas vezes de forma ilegal. Assim, impactam o meio físico, com o corte de vegetação natural, a retirada de camadas de solo, a contaminação e o assoreamento dos cursos-d'água, a redução da biodiversidade etc.

OS USOS ECONÔMICOS DAS ESPÉCIES VEGETAIS

A exploração econômica das florestas pode atender a diversas finalidades. No entanto, nem sempre essa exploração é realizada de forma sustentável, o que provoca alterações nas dinâmicas climáticas, no solo e no hábitat de diversas espécies, comprometendo sua sobrevivência. Nas Florestas Temperadas, por exemplo, a madeira é explorada para abastecer, sobretudo, as indústrias de papel e de móveis. Empresas que atuam nesses setores costumam plantar espécies como o pínus e o eucalipto, que crescem em um curto período. No entanto, essas espécies não são nativas do Brasil e, por isso, podem prejudicar a biodiversidade local. Outro exemplo é a atuação de diversas empresas nacionais e estrangeiras na Floresta Amazônica, muitas vezes feita de forma ilegal, em terras devolutas e indígenas. As espécies vegetais são utilizadas para a fabricação de produtos farmacêuticos e cosméticos. Nesse processo, é comum as empresas utilizarem patentes, que interditam os usos econômicos e culturais que os povos tradicionais fazem das plantas medicinais. Em contrapartida, é possível obter usos econômicos das espécies vegetais, conciliando as características naturais das florestas com as demandas da população local. Um exemplo são os cultivos agroflorestais, que integram plantas de uso econômico à floresta, de modo a promover a recuperação do solo; e os cultivos agroecológicos, que não utilizam agrotóxicos, transgênicos e fertilizantes industriais. As reservas extrativistas também são essenciais para a retirada sustentável de produtos da floresta. Nelas as populações tradicionais conseguem manter seus modos de vida e auxiliam na proteção da biodiversidade ao retirar borracha, açaí, castanha e outros produtos da floresta de maneira sustentável.

A produção industrial

A indústria é uma atividade responsável pela transformação de matérias-primas em diferentes produtos para o consumo humano ou para outras atividades industriais. 
Em nosso dia a dia, utilizamos diversos artigos produzidos em fábricas. Quando ocorre a transformação de matérias-primas em uma fábrica, temos uma atividade industrial. Mas nem toda transformação de matéria-prima é uma atividade industrial. 
Muitas pessoas transformam farinha de trigo em pão ou bolo, abóbora em doce, tecido em roupa, e realizam muitas outras atividades de transformação dentro de sua própria casa ou em pequenas oficinas, de forma artesanal. Desde sua origem, os seres humanos transformam os produtos da natureza em utensílios, peças de vestuário ou ferramentas para auxiliá-los na realização de atividades diárias. Antes da construção das primeiras fábricas, a transformação da matéria-prima era feita de modo artesanal, ou seja, de modo individual, ou organizado em pequenos grupos, usando apenas ferramentas. No modo de produção artesanal, cada pessoa realiza todas – ou quase todas – as etapas da produção de um bem qualquer; às vezes, uma ou outra tarefa é dividida com ajudantes. Por exemplo, na produção artesanal de uma bolsa de couro, o artesão trata, corta, costura e pinta o couro. Já a produção industrial em fábricas caracteriza-se pela especialização das atividades – cada operação é realizada por um trabalhador. Ao realizar uma única tarefa, o trabalhador torna-se mais ágil no que faz, já que não precisa passar de uma tarefa para outra. Com o uso de máquinas e a especialização do trabalhador, a produção industrial pode ser feita em grande escala.

A indústria moderna 

O século XVIII trouxe o modelo industrial moderno, com a introdução das máquinas e da energia mecânica como elementos principais. As fontes de energia (carvão, petróleo e eletricidade) foram incorporadas, gradativamente, de forma a substituir a energia humana e a animal, o que ampliou consideravelmente a produção industrial. A indústria moderna reúne, em um mesmo espaço físico, os trabalhadores, as máquinas e as matérias-primas que serão transformadas para atender ao mercado consumidor. A cadeia produtiva industrial, que engloba desde a etapa de extração da matéria-prima até a constituição de um produto, que, possivelmente, será comercializado ao consumidor final, é bastante diversificada.

Tipos de indústria

Existem diferentes tipos de indústria. Eles são definidos conforme o tipo de atividade, o consumo de energia e o destino da produção.

As indústrias com intenso consumo energético 

Há indústrias que consomem muita energia para processar os recursos naturais e transformá-los em matéria-prima para outras indústrias. Por essa razão, essas indústrias frequentemente se localizam próximo a fontes energéticas, como reservas de carvão mineral ou mesmo usinas hidrelétricas. Uma das que mais consomem energia é a que processa a bauxita, um recurso natural que é transformado em alumínio.
Entre as consequências da presença da indústria nas cidades está a mudança da temperatura no espaço urbano. Como vimos nos capítulos anteriores, ocorrem diferenças de temperatura na cidade em relação ao campo, e a atividade industrial é uma das causas disso, já que ela gera calor, que é liberado na atmosfera.
Tradicionalmente, os grandes depósitos minerais atraem indústrias como as siderúrgicas e as metalúrgicas. Isso explica a presença de indústrias na região do Reno-Ruhr, na Alemanha; na Sibéria ocidental e nos Montes Urais, na Rússia; e no Reino Unido.

As indústrias e o destino da produção

As indústrias podem ser classificadas de acordo com o destino da sua produção. Dependendo da finalidade à qual se destinam os bens produzidos, podemos agrupar as indústrias em dois tipos: Elas podem ser classificadas da maneira a seguir.
• Indústria de base: fabricam materiais que servirão de base para a produção de outras indústrias. Em suas instalações, matérias-primas em estado bruto são transformadas em produtos, por exemplo, dos minerais são produzidas barras e chapas metálicas. 
Utilizam grande quantidade de energia e matérias-primas com o objetivo de transformá-las em produtos que serão utilizados em outras indústrias. São exemplos as siderúrgicas, metalúrgicas e fábricas de celulose. 
As indústrias metalúrgicas, que produzem vários tipos de metal, entre eles o alumínio, o cobre e o ferro; as siderúrgicas, que atuam especificamente com ferro e aço; as petroquímicas, responsáveis pela transformação dos derivados do gás natural e do petróleo. 
• Indústria de bens intermediários: produzem máquinas e equipamentos necessários para a produção de outros bens. Essas indústrias utilizam os bens produzidos pelas indústrias de base. São exemplos as indústrias mecânicas, naval e de autopeças. 
Trata-se de um setor industrial muito diversificado, já que faz parte da categoria que fabrica máquinas, equipamentos elétricos, projetos aeroespaciais e automotivos, de engenharia e construção.
• Indústria de bens de consumo: produzem bens consumidos diretamente pela população. É o setor responsável pela fabricação de produtos que atendem ao consumidor final. Alimentos, vestuário, remédios e calçados, por exemplo, correspondem aos bens de consumo não duráveis. Produtos como automóveis, eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos são considerados bens de consumo duráveis. 

As indústrias de alta tecnologia 

As indústrias que fabricam produtos como aviões, computadores, jogos eletrônicos e tecidos sintéticos para a confecção de roupas são classificadas como indústrias de alta tecnologia. Recebem esse nome porque os bens que produzem necessitam de conhecimentos e tecnologias avançados para a sua produção.
Essas indústrias estão associadas à produção de ciência e tecnologia (C&T), já que os bens tecnológicos se transformam
muito rapidamente. As indústrias de alta tecnologia também vendem para outras empresas processos e técnicas de produção, isto é, orientações sobre um modo melhor ou mais fácil de produzir algo.

Os polos tecnológicos

Além da modernização tecnológica, as indústrias de alta tecnologia empregam pessoal altamente capacitado, como cientistas e técnicos especializados.
Os pesquisadores são fundamentais para as indústrias de alta tecnologia: eles são os “cérebros” que criam as novidades. As universidades e os institutos de pesquisa formam os pesquisadores e, por isso, as indústrias de alta tecnologia costumam se localizar junto a essas instituições. Muitas vezes, os testes para aperfeiçoamento dos produtos são realizados nas instalações desses institutos e universidades.
Esse modelo de instalação de indústrias de alta tecnologia é conhecido como polo tecnológico. Nele, as indústrias surgem em torno de centros de excelência, nos quais cientistas altamente qualificados desenvolvem suas pesquisas em busca de novos produtos e materiais.
É comum os governos financiarem, além das empresas de alta tecnologia, a instalação dos polos tecnológicos e se tornarem seus principais clientes. Inovações tecnológicas são caras e dependem de muito investimento. Por isso, elas não ocorrem da mesma forma em todos os países nem em todos os ramos industriais. Os Estados Unidos e o Japão, por exemplo, investem muito em ciência e tecnologia, o que justifica a concentração de indústrias de alta tecnologia nesses países.

O surgimento das fábricas e seu desenvolvimento

O primeiro país do mundo a industrializar-se foi a Inglaterra, em 1769, com a invenção da máquina de fiar hidráulica, isto é, que funciona com a força do movimento da água. A fiação foi a primeira atividade a ser mecanizada. Até então, o trabalho de fiação era feito manualmente ou com máquinas que eram movimentadas pela energia muscular dos trabalhadores ou dos animais.
Na época em que as máquinas eram movimentadas pela energia muscular, a produção de fios estava dispersa por vários lugares, pois as pessoas podiam ter uma máquina de fiar em casa e entregar sua produção às oficinas e tecelagens. Com a invenção das máquinas hidráulicas, contudo, a produção não podia mais ficar espalhada, pois era preciso concentrá- -la em lugares próximos a cursos de água. Desse modo, os trabalhadores também tiveram de se concentrar em um mesmo espaço: nas fábricas. O início da produção em fábricas não mudou apenas o modo e o lugar de trabalhar, muitos outros fatores passaram por transformações. À medida que a produção de tecidos aumentava, era necessário aumentar também a produção de matéria-prima, no caso, a lã. Para isso, a criação de ovelhas foi intensificada. Desse modo, mais lã poderia ser transformada em fios, que, por sua vez, seriam transformados em tecidos. A ampliação da criação de ovelhas, no entanto, exigia mais pastagens, o que levou ao aumento das áreas de pasto.
Além das fábricas, o desenvolvimento dos meios de transporte foi fundamental para que os produtos chegassem cada vez mais longe. Aos poucos, as fábricas também começaram a se instalar em outros países e a promover grandes mudanças nos modos de produção do mundo todo. Com o passar do tempo, foram desenvolvidas máquinas que funcionavam com outras técnicas: primeiro, com o vapor obtido por meio da queima do carvão; depois, com petróleo; mais tarde, com energia elétrica. Essas transformações, aliadas à expansão das indústrias, levaram à formação de uma ampla rede de comércio e serviços e provocaram mudanças no espaço geográfico. Quando os motores a explosão não existiam, as fábricas tinham de localizar- -se próximo às jazidas de carvão, em áreas próximas a portos ou perto de ferrovias. Com a invenção dos motores a explosão e, depois, da energia elétrica, tornou-se possível instalar fábricas em muitos outros lugares do planeta, pois ficou mais fácil transportar a energia a longas distâncias. Atualmente, uma indústria têxtil, por exemplo, pode estar localizada em uma região cujas condições naturais não favorecem o cultivo de algodão. No entanto, é imprescindível que tenha acesso à energia e a um bom sistema de transporte e disponibilidade de mão de obra. Além disso, a indústria têxtil não depende só da produção de fibras naturais, como o algodão, pois parte dos tecidos é feita com uma porcentagem de fios sintéticos, como o náilon, que é produzido a partir do petróleo.
Os processos de produção nas fábricas também passaram por mudanças ao longo do tempo. Desde as últimas décadas do século XX, por exemplo, em muitos setores das fábricas os trabalhadores foram substituídos por robôs movidos a energia elétrica. Isso aconteceu sobretudo onde as condições de trabalho são perigosas para a saúde, como nos setores de solda e de pintura, ou onde as operações são muito repetitivas. No entanto, com a diminuição do número de trabalhadores nas fábricas, cresceu o desemprego em várias regiões industriais do planeta.
Mudanças relacionadas à industrialização Independentemente do que uma fábrica produz, ela precisa de uma estrutura básica para funcionar: produção e distribuição de energia, saneamento básico (oferta de água encanada e coleta de esgoto e de lixo), sistemas de transporte e telecomunicações, entre outros. Esses elementos não estão disponíveis em todos os lugares nem na mesma quantidade e qualidade: eles se concentram principalmente nas cidades ou em torno delas. Nas cidades e em suas redondezas, o mercado consumidor é maior, há mais trabalhadores qualificados, bancos, comércio, serviços de alimentação, etc. Outro fator que influi na escolha do lugar de instalação de uma fábrica é a facilidade para obter matérias-primas e escoar os produtos acabados, ou seja, levá-los do ponto de produção até os pontos de distribuição.
A instalação de uma fábrica pode desencadear uma série de transformações. As obras de infraestrutura e construção da fábrica abrem postos temporários de trabalho para pedreiros, pintores, marceneiros, encanadores, eletricistas, técnicos, engenheiros, entre outros profissionais. Com o início da produção, são contratados trabalhadores do próprio município e de lugares mais distantes, que podem se mudar para próximo dela, ou ainda pessoas de municípios vizinhos. Com isso, o número de habitantes desse lugar tende a aumentar, o que movimenta a economia local. Essa movimentação pode gerar um efeito positivo na economia do município e elevar as vendas dos comerciantes.
Desse modo, o dono da farmácia pode reformar seu ponto, as padarias e os supermercados podem vender mais, surgem novas lojas, e com isso mais gente consegue emprego. E como muitos desses novos empregos exigem melhor formação do trabalhador, surgem novas escolas. Outro fator de crescimento é a atração de várias empresas prestadoras de serviços: manutenção de máquinas, fornecimento de refeições, segurança, assistência técnica em informática, corretora de seguros e novas agências bancárias, por exemplo. Esse crescimento exigiria a expansão dos serviços públicos: água, energia elétrica, hospitais, escolas, etc. – ou seja, novas obras, e o ciclo recomeçaria. 
Algumas casas do centro, onde as pessoas moravam, aos poucos se transformariam em pontos comerciais: lanchonetes, farmácias, papelarias, lojas de roupas, etc. Outras casas seriam demolidas e, em seu lugar, surgiriam edifícios residenciais e comerciais, estacionamentos, postos de gasolina, etc. No entanto, assim como a instalação de indústrias promove uma grande transformação no espaço geográfico e na vida das pessoas, o fechamento de uma fábrica também provoca grandes mudanças.

A distribuição industrial no espaço geográfico 

O processo industrial é complexo e tem início com a extração da matéria-prima, que pode ser vegetal, animal ou mineral. Mesmo compondo o setor extrativo, quando essa atividade é realizada por meio de equipamentos tecnológicos e maquinários, considera-se pertencente ao setor secundário da economia, chamado de indústria extrativa. 
Esses aglomerados de fábricas surgem com o objetivo de reduzir custos de produção. À medida que as indústrias de variados setores se instalam próximas umas das outras, em áreas com rede de transportes e infraestrutura adequadas, ampliam-se os lucros e a competitividade comercial. 
Outros fatores também são fundamentais para a instalação industrial em determinadas localidades, como a oferta de mão de obra, os incentivos fiscais (redução de impostos) e financeiros e a proximidade com o mercado consumidor. 
A concentração industrial estimula o crescimento e a diversificação econômica local. Atividades ligadas ao comércio e à prestação de serviços tendem a crescer, atraindo novos trabalhadores. Em paralelo, a infraestrutura urbana precisa ser ampliada para que possa atender a essa nova demanda populacional.

O comércio e os serviços ao longo da história

Tanto o comércio quanto os serviços são fundamentais para que os produtos agrícolas e industriais cheguem às pessoas que os consomem. Tudo que é produzido na agricultura, na pecuária e nas indústrias circula nas atividades de comércio e serviços. O comércio envolve a compra e a venda dos mais variados tipos de mercadorias, como alimentos, roupas, eletrodomésticos, etc., produzidos pelas atividades agropecuárias e industriais, ou que foram extraídos diretamente da natureza, como os minérios. Já os serviços englobam atividades relacionadas a transportes, comunicação, informática, educação, saúde, turismo, engenharia e muitas outras que usamos em nosso dia a dia. Nesse caso, em vez de pagar por uma mercadoria, as pessoas pagam pelos serviços que são prestados. Ao longo da história, os serviços tiveram diversificação e crescimento mais lento que o comércio. O crescimento e a diversificação dos serviços e do comércio acompanharam, principalmente, o processo de urbanização, porque é nas cidades que essas atividades estão mais concentradas. Atualmente esses dois ramos de atividades estão estruturados de forma muito diversificada pelos países e regiões.

Além disso, o comércio e os serviços são os maiores geradores de emprego e renda na economia mundial. Observe, no gráfico a seguir, o exemplo brasileiro. É importante perceber, no entanto, que as atividades agrícolas, industriais e de comércio e serviços estão integradas. As atividades agrícolas promovem crescimento nos setores industrial, comercial e de serviços porque compram e utilizam muitas máquinas, equipamentos de irrigação, sementes selecionadas, etc. Dispõem ainda de ampla variedade de serviços, como transportes, comunicações e contabilidade.

O comércio pode ser feito no atacado e no varejo. Em geral, grandes lojas e supermercados, por exemplo, compram de indústrias e de produtores agrícolas no atacado, isto é, em grandes ou médias quantidades, e vendem para os consumidores finais em menor quantidade, no varejo. Os serviços também envolvem atividades de diversas escalas. Por exemplo, no setor de transportes, existe tanto o motociclista que faz entrega de documentos de uma empresa a outra dentro de uma cidade, como carros e caminhões que levam produtos aos consumidores localizados no interior de um município ou grandes navios que transportam contêineres entre os continentes, viajando milhares de quilômetros. A infraestrutura voltada para o comércio e os serviços é mais densa onde há maior concentração de consumidores. Nesses lugares, essas atividades são mais diversificadas e sofisticadas, o que explica a concentração de shopping centers, hospitais e faculdades, entre outros, em determinadas áreas das cidades.

Para facilitar o fluxo de mercadorias e informações, o desenvolvimento do comércio exige a implantação de várias obras de infraestrutura de transportes – avenidas, rodovias, ferrovias, portos, armazéns, etc. – e de telecomunicações, ou seja, a implantação de várias atividades ligadas ao setor de serviços. Por isso, o comércio e os serviços foram, ao longo da história, grandes impulsionadores das transformações do espaço geográfico em escala local, regional, nacional e mundial.

Do comércio local ao mundial

O comércio é uma atividade muito antiga na história da humanidade, que se expandiu com o desenvolvimento da agricultura e o surgimento das primeiras cidades. O aperfeiçoamento das técnicas de cultivo de alimentos e de criação de animais permitiu a produção de excedentes, o que tornava possível alimentar um número maior de pessoas. Permitiu também a permanência de grupos humanos em um mesmo local, pois não era mais necessário sair em busca do que comer. Assim, como nem todos precisavam mais se preocupar com a produção de alimentos, as pessoas passaram a diversificar os tipos de atividades desenvolvidas, dedicando-se à manufatura, ao comércio e aos serviços de administração pública, entre outras atividades urbanas. Nas primeiras sociedades sedentárias, era comum trocar um produto por outro ou por um serviço. Quem cultivava trigo, por exemplo, podia trocá-lo por leite ou pelo conserto de uma ferramenta. Com o crescimento das cidades e a diversificação do comércio e dos serviços, o dinheiro foi criado para intermediar as trocas.

Ao longo do tempo, as atividades comerciais foram se dando também entre diferentes lugares. Desde a Antiguidade, existiam muitas rotas comerciais envolvendo grandes percursos por Europa, África e Ásia, apesar da precariedade dos transportes.

Na época das primeiras cidades, a domesticação de animais colaborou bastante para a expansão do comércio ao permitir o transporte de maior volume de mercadorias. O boi, o cavalo, o camelo e outros animais passaram a ser usados como meios de transporte, o que permitiu o surgimento das primeiras caravanas de mercadores, que se deslocavam a grandes distâncias. Nesse período histórico, a expansão do comércio promoveu, paralelamente, a expansão de serviços de transportes e a construção de portos com suas diversas atividades de apoio. Por volta de 2 000 a.C., a navegação com barcos a vela deu grande impulso ao comércio, mas o grande avanço foi a invenção da moeda, cerca de 650 a.C., em Lídia, região que se localiza no atual território da Turquia. Nas décadas seguintes, ela espalhou-se rapidamente para o restante da Europa e da Ásia. Foi com as civilizações grega e romana que o comércio atingiu seu ápice durante a Antiguidade. No final desse período, o mar Mediterrâneo, que se transformou em um emaranhado de rotas comerciais controladas por Roma, transformou-se na mais importante região comercial do mundo.

Entre os séculos V e XV, o comércio perdeu importância e capacidade de expansão na Europa, e se realizava predominantemente em escala local, em feiras. Nelas, os camponeses comercializavam o pouco que sobrava depois de retirados os produtos que alimentavam a família e os que tinham que ser entregues como pagamento ao dono das terras onde trabalhavam.

Entretanto, nesse mesmo período, desenvolviam-se na África e na Ásia importantes rotas de comércio, através de inúmeras caravanas. Na África, elas atravessavam o deserto do Saara para realizar comércio de mercadorias entre os povos do norte do continente, banhado pelo Mediterrâneo, e os do sul do deserto. Cereais, ouro, marfim, sal e especiarias (cravo, canela, pimenta e outros) eram transportados aos portos do Mediterrâneo, organizando importantes rotas comerciais. Além desses produtos, pessoas escravizadas também eram transportadas e comercializadas.

A partir do século XV, as cidades europeias voltaram a ter importância como centros de poder, e as rotas comerciais foram se ampliando gradativamente, envolvendo também o aumento do volume de comércio com a África e vastas extensões da Ásia. Entretanto, a grande expansão do comércio e dos serviços em escala mundial ocorreu a partir do final do século XV, quando vários países europeus, entre os quais se destacavam Portugal e Espanha, passaram a realizar diversas expedições – as chamadas Grandes Navegações – e criaram novas rotas de comércio que atingiram todos os continentes, o que deu origem ao período conhecido como capitalismo comercial.

Essa expansão do comércio propiciou um grande acúmulo de riquezas em ouro e prata – as moedas da época – nas mãos dos comerciantes europeus. Finalmente, no século XX, com o grande avanço nas técnicas de produção agrícola e industrial e nos transportes, o comércio e os serviços se expandiram em escala mundial envolvendo maior quantidade e variedade de produtos, atividades e países.




Produção de energia no Brasil

Movimentar máquinas, cargas e pessoas por longas distâncias demanda muita energia. No Brasil, usam-se combustíveis derivados de fontes não r...