O agronegócio corresponde ao conjunto de atividades voltadas para a produção agropecuária e envolve desde a produção até a comercialização de máquinas agrícolas, insumos e produtos, extrapolando o setor primário da economia.
No Brasil, o agronegócio tem forte relação com a produção das commodities agrícolas, mercadorias que possuem grande importância no mercado internacional, sendo, inclusive, comercializadas na bolsa de valores, como soja, café, algodão e milho.
A soja é um dos principais produtos brasileiros de exportação e está presente em todas as regiões do país, com predominância no Mato Grosso, no Rio Grande do Sul, no Paraná, em Goiás e no Mato Grosso do Sul.
A produção de milho possui grande relevância na produção nacional
de grãos. O destino da produção é, sobretudo, o mercado interno, tanto
para alimentação humana como animal. Por ser cultivado em alternância
com a soja, o estado do Mato Grosso também lidera a produção nacional
de milho em grãos, seguido por Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.
A cana-de-açúcar, cultivada no país desde o período colonial, tem
grande expressão no estado de São Paulo, que responde a mais de 50%
do total produzido no país. Destacam-se ainda os estados das regiões
Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.
Importante item de exportação do país desde o fim do século XIX, o
café é produzido principalmente no Espírito Santo, em Minas Gerais, na
Bahia, em São Paulo e no Paraná.
Soja
Entre as culturas temporárias, a soja destaca-se no Brasil contemporâneo,
sendo cultivada em grandes propriedades. Atualmente, o Brasil é o segundo maior
produtor de soja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Usada como matéria-prima para os mais diferentes setores da indústria, como cosméticos, farmacêutica, adubos, plásticos, fábricas de óleo, de bebidas, de alimentos e de farelo.
Parte importante dos complexos agroindustriais integra-se à cadeia produtiva
da soja, o principal produto agrícola exportado pelo Brasil. Essa cultura vem atraindo grandes investimentos industriais no setor de processamento do produto.
Recentemente, empresários chineses passaram a investir na produção e processamento de soja no Brasil para abastecer seu país de origem, o maior consumidor
de soja do mundo.
Cultivada tradicionalmente nos estados do sul do país desde a década de 1970,
a soja avançou sobre o Cerrado do Brasil central, transformando a paisagem dos
estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Ela também está presente
no oeste da Bahia e no Mapito, nome dado à região que compreende parte do
Maranhão, do Piauí e do Tocantins.
Cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar é uma cultura temporária.
Ela está muito bem adaptada às condições climáticas em diferentes estados brasileiros, já que é
plantada desde o período colonial.
A cana-de-açúcar fornece matéria-prima
para as usinas processadoras que produzem açúcar
e álcool. Com a mecanização da colheita da cana, muitos
trabalhadores que trabalhavam no corte perderam
o emprego.
Porém, há um movimento para capacitar essa
mão de obra para trabalhar com as novas tecnologias, como operador e eletricista de máquinas
colheitadeiras.
Laranja
Como uma árvore de laranja produz
por muitos anos, ela é considerada uma
cultura permanente. Mas uma plantação
exige cuidados para evitar sua contaminação por bactérias que causam doenças e
danificam a árvore, que pode ter de ser
eliminada. Parte das laranjas é destinada à
produção de sucos industrializados, integrando uma cadeia agro industrial.
Café
O café também é uma cultura permanente – um pé de café pode
produzir por cerca de 25 anos. O café chegou ao Brasil trazido da
Guiana Francesa em meados do século XVIII. A planta adaptou-se
bem às condições climáticas do país, espalhando-se pelo litoral, até
consolidar-se na Baixada Fluminense e no Vale do Paraíba, onde
esteve ligada ao desenvolvimento dessas áreas. O café foi o principal
produto de exportação do país durante o século XIX e início do século XX. Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial.
O café solúvel é um exemplo da industrialização do café antes
de chegar ao consumidor.