O primeiro país a adotar o socialismo como forma de governo e de organização da sociedade foi a união soviética, com a Revolução de 1917. Nas décadas de 20 e 30 fortaleceram-se os Partidos Comunistas de vários países, mas suas tentativas revolucionárias, como na Hungria em 1926, fracassaram. Só após a Segunda Guerra Mundial é que a maioria dos países do leste europeu se tornou comunista.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os comunistas se destacaram nos movimentos de resistência contra a ocupação nazista. À medida que o exército soviético avançava, libertando a Europa da ocupação alemã, governos comunistas iam sendo instalados nos países dessa região. Em alguns países, o socialismo se implantou nos anos seguintes ao fim da guerra. Em 1948 já tinham governo socialista a Albânia, a Bulgária, a Tchecoslováquia, a Hungria, a Polônia, a Romênia e a Iugoslávia.
Além dos conflitos mundiais e regionais, a história do século XX foi marcada pelo avanço do socialismo em várias partes do mundo, como na China, Cuba e Moçambique e pelo colapso do mesmo na ex-União Soviética e no Leste Europeu.
Expansão soviética
Apesar das perdas humanas e materiais, a URSS sai da guerra como grande potência econômica e militar. Aumenta a centralização política, a pretexto de uma rápida recuperação econômica e do perigo de uma nova guerra, desta vez contra as potências ocidentais, tendo os Estados Unidos à frente. A economia é restaurada através da planificação centralizada, com prioridade para a indústria pesada. Em 1950 a produção industrial e agrícola atinge os níveis anteriores à guerra. As regiões industriais no oeste do país são reconstruídas e tem início a exploração da Sibéria. Intensifica-se a mecanização agrícola e as áreas de cultivo são ampliadas. Entra em execução um plano de massificação do ensino básico e técnico e tem início o rearmamento. O V Plano Qüinqüenal, entre 1951 e 1955, é voltado para a realização de obras energéticas e de irrigação e transporte fluvial. São executados projetos de armas modernas, centradas em artefatos nucleares e foguetes, e começa a pesquisa espacial.
Governo Stálin: o fim do ideário socialista.
Na disputa pela sucessão no governo russo, após a morte de Lênin, Stálin obteve vitória e passou a controlar a União Soviética. Durante seu governo ele tomou medidas que centralizaram diversos papéis nas mãos do Estado. Com esse inchaço de atribuições do governo, os ideais socialistas foram se perdendo com o passar do tempo. Além disso, Stálin foi responsável por exercer forte repressão sobre seus inimigos políticos.
Primeiramente, Stálin aboliu a NEP e criou os planos qüinqüenais. Neles eram estabelecidas as metas da economia russa em um prazo de cinco anos. De forma geral, Stálin priorizou o desenvolvimento industrial dando maior ênfase na expansão das indústrias de base (mineração, máquinas e energia). Com o alcance de números positivos, os planos qüinqüenais posteriores buscaram desenvolver os demais aspectos da indústria nacional.
No campo, a socialização das terras foi parcialmente adotada. Dividindo atribuições, as terras cultiváveis foram subdivididas em sovkhozes (fazendas do Estado) e kolkhozes (fazendas cooperativas). Muitos camponeses tiveram suas terras apropriadas pelo governo de Stálin, o que gerou alguns conflitos no meio rural. Aqueles que se negaram a entregar suas terras eram mortos ou deportados para a Sibéria e a Ásia Central.
Sob o aspecto político, Stálin exerceu forte controle sobre as atividades do Partido Comunista. Os setores intelectuais e políticos da época só tinham espaço na medida em que concordavam com as ideologias stalinistas. Dessa forma, o stalinismo se firmou com trações claramente ditatoriais que contrariavam as ideias libertárias e igualitárias do socialismo.
Cortina de ferro
Cortina de Ferro foi uma expressão usada para designar a divisão da Europa em duas partes, a Europa Oriental e a Europa Ocidental como áreas de influência político-econômica distintas, no pós- Segunda Guerra Mundial conhecido como Guerra Fria. Durante este período, a Europa Oriental esteve sob o controle político e/ou influência da União Soviética, enquanto que a Europa Ocidental esteve sob o controle político e/ou influência dos Estados Unidos.
Baseada em seu poderio militar, na presença de tropas soviéticas na Europa oriental e no extremo oriente e no renascimento dos partidos comunistas e socialistas em muitos países, a União Soviética passa a desenvolver uma política hegemônica para fazer frente à ascensão dos Estados Unidos no ocidente e na Ásia. Realiza a centralização política da Europa oriental por meio de tratados de paz, reparações de guerra, ocupações militares e apoio à formação de governos comunistas.
Pacto de Varsóvia – Firmado na capital polonesa, em 1955, para ajuda mútua em caso de agressões armadas aos países do bloco soviético na Europa, é o principal instrumento da hegemonia militar da União Soviética.
Iugoslávia – Realiza eleições para a Assembléia nacional e proclama uma república popular federativa em 1945, após a vitória da frente popular de libertação, dirigida pelos comunistas. O novo governo, dirigido por Josip Broz Tito, nacionaliza bancos, indústria e comércio, introduz a seguridade social e faz a reforma agrária. Mas rompe com a União Soviética em 1948, recusando-se a obedecer à centralização política sob Stalin. Em 1957 reata as relações com a União Soviética sem abandonar sua posição independente e de aproveitamento da disputa hegemônica entre os blocos soviético e norte-americano.
Alemanha Oriental – Em 1945 é fundado o Partido Socialista Unificado, com a fusão dos partidos Comunista e Social-Democrata da zona de ocupação soviética. O partido cria em 1948 o Conselho Geral do Povo Alemão, como reação à pressão anglo-americana para a integração da parte oeste à Europa ocidental. Berlim, cidade dividida em zonas de ocupação das potências vitoriosas na Segunda Guerra, tem seu acesso por terra ao Ocidente bloqueado pelos soviéticos. Os Estados Unidos mantêm a zona sob sua ocupação com uma ponte-aérea até fevereiro de 1949. Em outubro é proclamada a República Democrática Alemã (RDA). Planos econômicos mais flexíveis e uma agressiva política comercial em direção aos países do Comecon e aos novos Estados independentes transformam a RDA no país mais desenvolvido do leste. A partir dos anos 70, amplia contatos e relações com a capitalista República Federal da Alemanha.
Construção do Muro de Berlim – Ainda dividida em zonas e cercada por território da República Democrática Alemã, a antiga capital do Reich vive nos anos seguintes ao fim do bloqueio uma competição entre os estilos de vida comunista, no leste, e capitalista, no oeste. Em 1958 Moscou sugere o fim da presença das forças de ocupação, o que é interpretado no Ocidente como manobra para incorporar a cidade à RDA. Em 13 de agosto de 1961, para interromper o fluxo de alemães orientais que buscam uma vida melhor no Ocidente, tropas da URSS e da RDA fecham 68 dos 80 pontos de passagem entre a zona soviética e o resto da cidade. Em uma noite está erguido o Muro.
Hungria – O Partido dos Pequenos Proprietários vence as eleições parlamentares de 1945. Mas em 1948, a fusão dos partidos Socialista e Comunista permite sua vitória eleitoral. O novo governo confisca os bens da Igreja e dos industriais, assim como dos comerciantes e latifundiários que apoiaram a guerra. Realiza a reforma agrária e incentiva um forte movimento cooperativista.
A desestalinização, em 1956, conduz a levantes populares e à derrubada do governo, em outubro. O novo governo, de tendência nacionalista, proclama a neutralidade da Hungria e sua retirada do Pacto de Varsóvia. Tropas soviéticas invadem o país em novembro e instalam o governo de Janos Kadar. Sob sua liderança, o regime inicia um lento processo de refomas que afasta a Hungria do bloco soviético.
Bulgária – Decreta o fim da monarquia por meio de um plebiscito organizado pelos comunistas em 1946. Forma-se um novo governo de maioria comunista, que logo depois se transforma numa ditadura nos moldes soviéticos, com a eliminação das demais forças políticas. Bancos, indústria e comércio são nacionalizados e é realizada a reforma agrária. É implantada uma política de industrialização rápida.
Albânia – Em 1945 é instaurado o governo da Frente Popular que comandou a resistência contra os nazistas. Os comunistas do Partido do Trabalho assumem a direção, legitimados por sua participação na guerra, e instauram uma ditadura sob a liderança de Enver Hoxha. Realizam a reforma agrária e tentam sem êxito executar um plano de industrialização. O país rompe com a União Soviética em 1961, por divergir da política de coexistência pacífica com o Ocidente lançada por Moscou, e mantém a fidelidade à imagem de Stalin. Retira-se do Pacto de Varsóvia em 1968, em protesto contra a invasão da Tchecoslováquia por tropas soviéticas.
Polônia – O Comitê de Lublin, apoiado pela URSS, proclama um governo provisório em 1945. O bloco partidário liderado pelos comunistas vence as eleições de 1947, abrindo caminho para a implantação de uma ditadura em 1948. O governo nacionaliza bancos, fábricas e grandes propriedades rurais, mas preserva a propriedade dos pequenos agricultores. Uma insurreição operária eclode em Poznan, em 1956, acelerando o processo de desestalinização. Novos movimentos de oposição ocorrem nos anos 60, resultando na insurreição operária de Gdansk em 1970.
Tchecoslováquia – O Partido Comunista vence as eleições de 1946 e forma um governo de unidade nacional. Mas surgem divergências em torno da aceitação do Plano Marshall, em 1947, e os socialistas recusam a fusão com o Partido Comunista, abrindo uma crise de governo. Em 1948 os comunistas, depois de nova vitória eleitoral, instauram uma ditadura com apoio da União Soviética.
A desestalinização pós-1956 conduz a reformas tímidas na economia e na política, estimulando movimentos populares. Estes desembocam, em janeiro de 1968, na substituição do governo e na adoção de reformas democratizantes sob a liderança de Alexander Dubcek, que prega a criação de um "socialismo de rosto humano". O movimento é sufocado em agosto de 1968 pela invasão das tropas soviéticas.
Romênia – A Frente Nacional Democrática, formada por comunistas, socialistas e pela Frente dos Camponeses, vence as eleições de 1946. O rei abdica e é proclamada a República em 1947. Em 1948 é fundado o Partido Operário Romeno (comunista), que passa a controlar o Estado. Realiza a reforma agrária e executa um plano de industrialização. A partir de 1956, afasta-se do controle soviético. Mantém neutralidade em relação ao conflito sino-soviético, adota posições nacionalistas frente à URSS e condena a invasão da Tchecoslováquia em 1968.
A Revolução Chinesa
Com cerca de 400 milhões de habitantes a china no final do século 19 era um país submetidos aos interesses das principais potências imperialistas. Essa sujeição era tão intensa que, nas praças públicas das cidades chinesas, os ocidentais davam-se o direito de fincar cartazes onde se lia. “É proibida a entrada de cães e de chineses no jardim.”
Para exercer sua dominação, as nações imperialistas contavam com o apoio de uma propaganda massiva e a conivência dos imperadores chineses da dinastia Manchu, que dominavam o país desde o século XVII.
Esse contexto marcado por privilégios e humilhações levou inúmeros chineses a organizares atos de rebeldia. Em 1900, por exemplo, os Boxers, membros de uma sociedade secreta que praticava o boxe sagrado, iniciaram uma revolta nacional contra os estrangeiros, mas acabaram massacrados pelos exércitos das potências ocidentais que haviam se unido contra eles. Os Boxers foram vencidos. A semente, porém, estava lançada.
Aos poucos, as camadas populares foram se engajando na luta pela democracia. Finalmente, em 1911, o antigo império chinês desabou. A revolta que pôs fim à monarquia chinesa foi liderada por Sun Yat-sem, nomeado então presidente da República recém-proclamada. Sun Yat-sem, junto com seus seguidores, fundou o Kuomintag, Partido Nacional do Povo.
A República chinesa, no entanto, não conseguiu fazer frente às potências estrangeiras e nem aos chefes militares locais, chamados “os senhores da guerra”. Eles possuíam enorme poder nas províncias e controlavam, juntamente com outros grandes proprietários de terra, cerca de 88% das terras produtivas.
Em 1921, com a disposição de organizar os operários, os artesãos e os 30 milhões de collies existentes no país, foi criado o Partido Comunista Chinês (PCC). Seus principais fundadores foram o intelectual Chen-Tu-xiu, o educador Peng-Pai e o ativista político Mao Tse-tung. A princípio, esse partido aliou-se ao Partido Nacional do Povo. Essa aliança, porém, durou pouco.
Em 1927, o general Chiang Kai-shec assumiu o comando das tropas do Partido Nacional do Povo, disposto a submeter os chefes militares locais e impor-se ao país todo. Durante as lutas que então se travavam. Chiang Kai-shec voltou-se também contra os comunistas, ordenando que os massacrassem. A partir daí, a união entre os nacionalistas e os comunistas cedeu lugar a uma guerra entre eles.
Um dos episódios marcantes dessa guerra foi a Longa Marcha, uma caminhada de 10 mil quilômetros que o principal líder comunista, Mao Tse-tung, empreendeu com mais de 100 mil pessoas em direção ao noroeste do país com o objetivo de escapar ao cerco inimigo. Durante a caminhada, muitas pessoas morreram, outras ficaram pelo caminho organizando os camponeses, que haviam se transformado na principal base de apoio dos comunistas. Apenas 9 mil chegaram ao destino final, a província de Shensi, onde se ergueu o quartel-general das tropas maoístas.
A prolongada guerra entre nacionalistas e comunistas foi interrompida apenas duas vezes. A primeira, em 1937, quando se uniram para lutar contra o Japão que havia invadido a Manchúria, no norte do país. A segunda, durante a Segunda Guerra Mundial, para enfrentar as forças nazifascistas.
Com o final da Segunda Guerra, os japoneses foram expulsos do território chinês e as tropas de Chiang Kai-shec, com o apoio bélico dos Estados Unidos, lançaram uma ofensiva contra os “vermelhos” de Mao Tse-tung, reiniciando, então, o conflito armado.
Mesmo sem a ajuda da maior potência comunista, a União Soviética, dirigida na época por Stálin, as forças de Mao conseguiram a vitória. Em 1º de outubro de 1949, conquistando o poder e proclamaram a República Popular da China. Chiang Kai shec e o que restava de seu governo, refugiaram-se na ilha de Formosa (Taiwan), onde instalaram a China Nacionalista.
A China na virada do século
A China, o país mais populoso do mundo (cerca de 1,3 bilhão de habitantes), tem crescido de forma espetacular – cerca de 10% ao ano (1990-1999). Esse crescimento deveu-se sobretudo ao processo de reformas empreendido pelo governo chinês a partir de 1978. Esse processo inclui: as Quatro Grandes Modernizações (da indústria, da agricultura, da ciência e tecnologia e das Forças Armadas); a criação de Zonas Econômicas Especiais (ZEE), que receberam investimentos estrangeiros volumosos; a transferência de parte da produção agrícola para a iniciativa privada. Tal modelo, que combina o controle governamental sobre setores estratégicos – como energia e comunicações – com o domínio da iniciativa privada sobre vários outros, é chamado de economia socialista de mercado.
Oferecendo mão-de-obra barata e infraestrutura para instalação de empresas, o governo chinês tem conseguido atrair capitais estrangeiros volumosos, que, além de estimular o crescimento da economia, favorecem a venda de seus produtos para o mundo todo. Daí, por exemplo, a avalanche de produtos que entraram no Brasil na última década.
Dois fatos recentes deram novo impulso à economia chinesa: a devolução para a china de Hong Kong (ex-Grã-Bretanha) e de Macau (ex-Portugal), Hong Kong, um dos portos mais movimentados da Ásia, devolvida em 1997, é um grande centro financeiro; Macau, devolvida em 1999, vive sobretudo do turismo.
O dinamismo da economia chinesa, a tendência ao padrão de vida dos chineses continuar se elevando e os baixos preços dos transportes, moradia, alimentação, vestuário, educação, assistência médica, cultura e serviços fazem da China atual uma potência econômica de primeira grandeza.
No campo político, porém, a China mantém o regime de partido único (PCC), e o governo tem praticado atos arbitrários e ditatoriais, o que tem gerado protestos populares. Um dos episódios que mais chocaram a opinião mundial foi o massacre da Praça da Paz Celestial, em 1989. Quando cerca de 1 milhão de pessoas aglutinaram-se para exigir a abertura política do regime. O exército chinês respondeu matando centenas de manifestantes.
A Revolução Cubana
Cuba conseguiu libertar-se da Espanha em 1898, com um exército comandado por José Martí e composto em sua maioria por ex-escravos que, apesar de portarem facões, vencerem soldados armados de fuzis e baionetas.
Apesar de politicamente independente, o país passou a ser quase totalmente dominado pelos norte-americanos. Estes compravam a maior parte do açúcar cubano, o principal produto de exportação da ilha, e se aproveitavam disso para impor sua tutela. Essa dominação foi oficializada em 1901, através da imposição da Emenda Platt, por meio da qual os norte-americanos se reservavam o direito de instalar bases militares no país e de intervir militarmente toda vez que considerassem seus interesses ameaçados.
Quase toda a riqueza de Cuba estava nas mãos de poucas famílias nativas e de empresas norte-americanas instaladas no país. Enquanto isso, milhões de cubanos alimentavam-se mal, moravam em barracos e viviam de empregos temporários. Os camponeses, por exemplo, tinham trabalho garantido apenas entre dezembro e maio; e a imensa maioria não sabia ler.
Foi nesse cenário marcado por intensa desigualdade social que um grupo de revolucionários, liderado pelo jovem advogado cubano Fidel Castro, iniciou uma luta sem tréguas contra o ditador Fulgêncio Batista (1934-1958). Depois de uma tentativa fracassada de chegar ao poder, os revolucionários embrenharam-se na Sierra Maestra e, apoiados pelos camponeses para a guerra de guerrilhas.
Em janeiro de 1959, quase dois anos depois de iniciada a guerrilha, Fidel e seus companheiros, entre os quais estava o médico argentino Ernesto “Che” Guevara, conseguiram conquistar o poder, obrigando Batista a fugir do país.
As primeiras medidas do novo governo foram:
• a reforma agrária com distribuição de terras a 200mil famílias;
• redução em 50% nos aluguéis, de 25% nos livros escolares e 30% nas tarifas de eletricidade;
• nacionalização de usinas, indústrias e refinarias.
Os norte-americanos consideraram-se prejudicados por esta última medida. Como represália, deixaram de comprar o açúcar cubano. O governo de Fidel firmou, então, acordos comerciais com os países do bloco comunista, passou a vender o açúcar para eles.
Os EUA reagiram rompendo relações diplomáticas com Cuba em janeiro de 1961. Três meses depois, 1500 homens treinados pela Agência Central de Inteligência (CIA) invadiram a baía dos porcos, no litoral sul de Cuba, com o apoio aéreo dos Estados Unidos. A invasão da baía dos Porcos fracassou e centenas de norte-americanos foram presos.
Em 1962, ocorreu a “Crise dos Mísseis”, quando o então presidente norte-americanos John Kennedy bloqueou a ilha por mar, ameaçando invadi-la sob a alegação de que os soviéticos tinham ali instalado mísseis nucleares. O conflito foi resolvido por meio de um acordo entre EUA e URSS que determinava a retirada dos mísseis soviéticos, em troca do compromisso de os norte-americanos não invadirem a ilha.
Neste mesmo ano, Cuba foi expulsa da OEA (Organização dos Estados Americanos) sob a alegação de que estava exportando os ideais socialistas para todo o continente. Com isso, os EUA visavam isolar o governo de Fidel Castro. Entretanto, nas décadas seguintes os países latino-americanos foram reatando pouco a pouco suas relações com Cuba