quinta-feira, 25 de julho de 2024

Indústria 4.0

Para alguns pesquisadores, as transformações relacionadas à inserção de novas tecnologias nos setores produtivos representam o início de uma nova revolução, a Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0 - Introdução de novas tecnologias: IoT, IA, nuvem, Big Data, sistemas ciber-físicos. A Indústria 4.0 irá provocar grandes mudanças no mundo do trabalho e elas não ficarão restritas apenas às indústrias. A previsão é que nos próximos anos surjam até 30 novas profissões nos diferentes setores da economia. 

As etapas de produção e distribuição da Indústria 4.0 são controladas digitalmente, englobando tecnologias de automação e troca de dados. É possível, por exemplo, controlar os estoques, aumentar ou diminuir o ritmo de produção, entre outras ações, além de aumentar a produtividade e reduzir os custos. No entanto, para implementar a Indústria 4.0, é necessária a adoção de um conjunto de tecnologias. Os países mais desenvolvidos já avançaram nesse sentido e os países emergentes estão fazendo essa transição de forma gradual.

No Brasil, a maior parte das indústrias ainda guarda características dos modelos produtivos da Segunda e da Terceira Revolução Industrial. Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que o custo de implantação dessas tecnologias foi apontado como a principal barreira para sua adoção. Além disso, o Brasil ainda precisa promover ampliações na infraestrutura digital e capacitação profissional.

Em 2018, o governo brasileiro lançou a Agenda Brasileira para a Indústria 4.0, com o objetivo de garantir a competitividade da indústria do país no cenário internacional, além de aumentar a eficiência e reduzir os custos de manutenção de equipamentos e de energia. Entre as ações do governo, destaca-se a criação de linhas de crédito para as empresas que pretendem adotar ou desenvolver novas tecnologias.

A pegada ecológica

A produção e o consumo de alimentos, bens e serviços e a realização de obras de infraestrutura são exemplos de atividades que demandam uso direto ou indireto dos recursos naturais biológicos renováveis. Para avaliar a pressão do consumo das populações humanas sobre esses recursos, foi criada a Pegada Ecológica.
A revisão dos nossos hábitos de consumo é cada vez mais urgente. Os problemas ambientais enfrentados atualmente indicam que já sofremos as consequências desse modo de vida baseado no consumo desenfreado.
Como forma de quantificar o consumo humano e relacioná-lo aos recursos naturais da Terra, os pesquisadores canadenses William Rees e Mathis Wackernagel criaram, em 1990, o termo pegada ecológica. De modo resumido, esse conceito indica quantos hectares produtivos na superfície terrestre seriam necessários para recompor os recursos gastos por um indivíduo, considerando seu padrão de consumo.

Os componentes da Pegada Ecológica

O termo Pegada Ecológica foi criado na década de 1990 por William Rees e Mathis Wackernagel, ecologistas canadenses. O cálculo da Pegada Ecológica é feito por categorias de consumo (as principais são: alimentação, habitação, energia, bens de consumo e transportes) convertidas em uma ou mais áreas de terreno. Isto é, para comparar a demanda humana com a biocapacidade – capacidade dos ecossistemas em produzir recursos úteis e absorver os resíduos gerados pelos seres humanos –, são somadas as extensões das áreas necessárias ao fornecimento dos recursos naturais biológicos renováveis consumidos pelas pessoas, das áreas ocupadas por infraestrutura e das áreas necessárias para a absorção de resíduos (CO2). Conheça a seguir os componentes da Pegada Ecológica.

Florestas - Áreas florestais necessárias para o fornecimento de produtos madeireiros, celulose e lenha.
Áreas construídas - Áreas ocupadas por infraestrutura humana, inclusive transportes, habitação, estruturas industriais e reservatórios para a geração de
energia hidrelétrica.
Dióxido de carbono - Áreas florestais capazes de absorver as emissões de CO2 derivadas da queima de combustíveis fósseis, com exceção da parcela absorvida pelos oceanos.
Pastagens - Áreas usadas para a criação de gado de corte e leiteiro, para a produção de couro e produtos de lã.
Áreas de cultivo - Áreas usadas para produzir alimentos.


Minorias no mundo globalizado

Minorias são grupos de pessoas que se diferenciam do restante da população do país onde vivem por se encontrarem em situação de desvantagem, opressão, discriminação ou exclusão de direitos. Isso os torna o público-alvo de organizações que promovem a garantia dos direitos humanos, como a Anistia Internacional ou os Direitos Humanos sem Fronteiras.

Esses grupos de pessoas podem ser considerados minorias por motivo de origem social, cultural, de gênero, de sexualidade, étnica ou religiosa. No trabalho com esse tema, você conhecerá um pouco melhor a questão das minorias étnicas.

O que são minorias étnicas

Grupos étnicos em geral se diferenciam uns dos outros por um conjunto de características herdadas de seus antepassados e transmitidas de geração em geração ao longo do tempo, como costumes socioculturais, língua e religião. As minorias étnicas são grupos que resistem, unidos, às opressões dos grupos étnicos majoritários.
Em muitos casos, as minorias étnicas não têm o território reconhecido internacionalmente e são consideradas grupos invasores em determinado país.
Outra questão que se destaca entre as minorias étnicas é a influência da cultura de massa dos grupos majoritários em sua cultura original. Nas últimas décadas, essa influência vem ocorrendo, sobretudo, pelo uso da internet entre a população mais jovem, ou seja, adolescentes das minorias têm adotado novos hábitos e costumes.

Imigrantes também se tornam minorias

Atualmente, imigrantes de diferentes etnias têm sido vítimas de exclusão ou restrição de direitos. Além de terem fugido de seus países de origem devido a situações de guerra, pobreza extrema ou perseguição religiosa, muitas vezes são discriminados nos países que os acolhem. Essas condições podem afetar a saúde física e mental dessas pessoas.
Em todos os continentes são encontrados grupos de imigrantes que se tornaram minorias e têm um longo passado de conflitos e opressões. Um exemplo é o povo cigano, que é nômade e migra constantemente há mais de mil anos, sobretudo entre a Europa e a Ásia.
Em alguns países europeus, por exemplo, é proibida a permanência de ciganos em seu território. Outros permitem que se estabeleçam, mas limitam seus direitos sociais básicos, como o acesso a serviços públicos de saúde e educação. Além disso, a população majoritária costuma agir com preconceito e discriminação em relação a esse povo.

Povos nativos tornaram-se minorias na Austrália, na Nova Zelândia e no Brasil

Outra situação comum relacionada às minorias é o caso de povos que, originalmente, eram majoritários, mas após o contato com colonizadores europeus, entre os séculos XVI e XVIII, passaram a ser minoria em seu próprio território.

Os povos aborígenes ocupavam a Austrália antes da chegada dos ingleses, no final do século XVIII. Com a chegada dos colonizadores, os aborígenes foram submetidos à escravidão e suas características socioculturais foram quase totalmente extintas. Somente há pouco mais de uma década o governo australiano reconheceu os aborígenes como os primeiros povos a habitar o país. Com isso, abriu espaço para a garantia de direitos básicos desses grupos, com a demarcação de suas terras e a manutenção de seus costumes e tradições.

A origem dos povos maoris, habitantes da Nova Zelândia, ainda não é totalmente conhecida pelos pesquisadores. Acredita-se que eles já habitavam o país séculos antes da chegada dos colonizadores ingleses, o que ocorreu em meados do século XVII. Batalhas travadas com os colonizadores e doenças transmitidas por eles foram responsáveis pela grande diminuição da população original. Os maoris tiveram seus direitos reconhecidos em 1840, em um acordo no qual a Inglaterra assumiu que esses povos são os verdadeiros proprietários das terras neozelandesas. Atualmente há, na Nova Zelândia, um forte movimento de reconhecimento e resgate da cultura dos maoris, que busca diminuir preconceitos e a forte exclusão social sofrida por esse povo.

Até o início do século XVI, os povos indígenas ocupavam livremente o território onde hoje é o Brasil. Os conflitos e as doenças trazidos pelos colonizadores europeus dizimaram grande parte desses povos. Além disso, os indígenas têm uma longa história de tentativas de escravização e de exploração das riquezas de suas terras pelos colonizadores europeus. O Brasil tornou ‑se um país independente em 1822, mas somente com a Constituição de 1934 os povos indígenas passaram a ter direito à posse das terras que ocupavam. A atual Constituição de 1988 assegura outros direitos a eles, como o respeito a seu modo de organização social, ao uso de sua língua e à prática de suas tradições.

Imigrantes na Europa

A diminuição da PEA nos países europeus gera uma demanda por mão de obra estrangeira. Isso estimula o fluxo de imigrantes oriundos de outros continentes para esses países.

Nas últimas décadas, grandes fluxos migratórios de países subdesenvolvidos da África, da Ásia (sobretudo das ex-colônias) e da América Latina têm se direcionado principalmente para os países europeus mais industrializados, como França, Bélgica, Alemanha, Itália e Reino Unido. De acordo com dados da Comissão Europeia, em 2020 existiam aproximadamente 60 milhões de imigrantes internacionais vivendo em países da União Europeia.

Desde a década de 1990, também é grande o fluxo migratório para as nações mais desenvolvidas da Europa de trabalhadores vindos dos antigos países socialistas, como Sérvia e Montenegro, da Hungria e dos países da ex-União Soviética. Destaca-se também o caso de milhões de deslocados ucranianos que acabaram migrando para países europeus mais a oeste devido ao confronto bélico entre a Ucrânia e a Rússia em 2022.
Até o final da década de 1980, esses países absorveram, sem muitas restrições, as correntes migratórias provenientes dos países europeus mais pobres e do mundo subdesenvolvido.
Desde essa época, várias transformações econômicas provocaram progressivo aumento de demissões. Tais transformações, ligadas ao processo de globalização, incluem medidas como a abertura dos mercados e a reestruturação das empresas, sobretudo pela introdução em massa da automação industrial.
Durante a década de 2010, países como França, Itália e Espanha apresentaram taxa de desemprego média em torno de 14%, número considerado alto para os padrões europeus. Com isso, cresceram as reações contrárias à imigração, pois tanto partidos políticos como sindicatos de trabalhadores e outras entidades civis associaram a falta de emprego ao grande número de trabalhadores estrangeiros. Intensificaram-se, então, os movimentos de grupos xenófobos, que se apoiam em doutrinas racistas, repudiam explícita e violentamente a presença de estrangeiros e exigem do governo que sejam repatriados.
A pressão política dos grupos xenófobos tem levado muitos governos a adotar medidas que restringem a entrada de imigrantes. Contudo, esse controle acaba estimulando o crescimento da imigração clandestina e o tráfico de trabalhadores.
Ao entrar ilegalmente em um país, os imigrantes enfrentam muitas dificuldades para encontrar trabalho, o que, por vezes, contribui para situações de exclusão, pois sua situação não é regularizada no país.


Conflitos no Cáucaso

Azerbaijão, Geórgia e Armênia formam a região conhecida como Cáucaso, localizada entre os mares Cáspio e Negro.
No Cáucaso vivem, aproximadamente, 100 grupos étnicos, com cultura e línguas próprias.
Além dos países independentes – Geórgia, Armênia e Azerbaijão –, há repúblicas e regiões autônomas pertencentes à Rússia. A diversidade étnica e a importância econômica do Cáucaso, que é rico em minérios e petróleo, são fatores que ajudam a explicar a ocorrência de conflitos na região.
A região de Karabakh é disputada por Armênia e Azerbaijão desde o início do século XX. Em 1994, após um período de guerra, um acordo foi assinado entre as partes. Porém, os conflitos recomeçaram em 2020 e a situação na região ainda é bastante instável. A Armênia, cuja maioria da população é cristã, é apoiada pela Rússia. O Azerbaijão, por sua vez, tem maioria da população muçulmana e é apoiado pela Turquia.
Na Geórgia, os maiores conflitos e movimentos separatistas ocorrem na Ossétia do Sul e na Abcásia. Em 1990, logo que a Geórgia declarou sua independência da União Soviética, a Ossétia do Sul e a Abcásia também declararam independência da Geórgia, que não aceitou a decisão. A tensão aumentou quando a Rússia passou a defender a autonomia da Ossétia do Sul.

A  Chechênia

O fim da URSS não significou o fim das tensões na região: após a queda do socialismo, ocorreram diversos conflitos  entre a Rússia e os países vizinhos. A região do Cáucaso está localizada entre os mares Negro e Cáspio e é palco de um dos conflitos mais relevantes que envolvem a Rússia e a província da Chechênia, de maioria muçulmana.

O movimento separatista checheno iniciou-se em 1859, quando o território foi anexado pelo Império Russo. Em 1991, após o enfraquecimento da União Soviética e o começo da independência das ex-repúblicas soviéticas, intensificou-se a luta armada por meio de organizações terroristas.

O conflito mais recente entre Rússia e Chechênia ocorreu em 1994, quando o exército russo invadiu a província e entrou em conflito armado com os separatistas chechenos, resultando em um saldo de aproximadamente 100 mil mortos.

Derrotados, os rebeldes separatistas intensificaram as ações terroristas contra o governo russo. Em 2002, por exemplo, invadiram um teatro em Moscou e fizeram mais de 700 reféns; após reação do Exército russo, cerca de 50 rebeldes e 150 reféns foram mortos.
O governo russo não tem interesse em aceitar a independência da Chechênia. Se isso ocorrer, abrirá um precedente para que outras regiões do sul do país reivindiquem a separação, entre elas Daguestão, Inguchétia, Abecásia e Ossétia do Sul. Não somente o fator econômico pesa, mas também o político. Na região, há reservas de petróleo e de gás natural e, por ela, passam oleodutos vindos do Azerbaijão.
A exemplo da Chechênia, o Daguestão e a Inguchétia também
reivindicam a independência da Rússia e aspiram formar repúblicas islâmicas. A Rússia mantém forte controle militar nessas áreas, a fim de conter a ação dos rebeldes separatistas.

Conflitos na Crimeia

Atualmente, uma das questões geopolíticas mais relevantes que envolvem a Rússia é o conflito com a Ucrânia pela posse da Península da Crimeia. A região já pertenceu à Rússia e foi anexada pela Ucrânia, em 1954, como presente do então líder soviético Nikita Khrushchov, que era de origem ucraniana.
Diferentemente do resto da Ucrânia, a maioria da população da Crimeia é de origem russa. A história desse conflito começou em novembro de 2013, quando o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, desistiu de assinar um acordo de livre-comércio com a União Europeia, dando prioridade a acordos com a Rússia. Isso gerou protestos populares, repressão militar violenta do governo e o afastamento do presidente (no ano seguinte) pelo Parlamento do país. Ao convocar novas eleições, as tensões separatistas do leste do país, de maioria russa, tornaram-se mais acirradas.
Na Crimeia, o Parlamento local foi tomado por um comando pró-Rússia, que nomeou um novo premiê e aprovou a independência e posterior anexação à Rússia. O governo foi considerado ilegítimo pela Ucrânia, que pediu às forças internacionais que não o reconhecessem. Com as tensões, o Parlamento russo aprovou o envio de tropas à Crimeia.
Os Estados Unidos e outros países ocidentais posicionaram-se a favor da Ucrânia, impondo sanções e exigindo que a Rússia retirasse imediatamente seu contingente militar da região.
Mesmo com oposição da ONU, foi realizado um referendo popular na Crimeia, que, com 96% dos votos, decidiu pela separação da Ucrânia e anexação à Rússia. Atualmente, a Rússia administra a península, e a Ucrânia continua a afirmar seu direito sobre a Crimeia.
A questão central desse conflito é o desejo da Rússia de retomar sua influência na Europa, evitando o avanço do Ocidente até zonas próximas de suas fronteiras. Isso porque, com o fim da Guerra Fria e a desintegração da União Soviética, a Rússia perdeu grande parte de seu poder de influência mundial. A Crimeia é uma região de grande importância estratégica: tem acesso ao Mar Negro (único porto de águas quentes da Rússia, que leva ao Mediterrâneo) e um dos solos mais férteis do mundo.
Mais recentemente, em fevereiro de 2022, iniciou-se um conflito entre Rússia e Ucrânia que já causou danos aos dois países, com inúmeras mortes de ambos os lados.

A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

A reestruturação das relações de produção e de circulação da economia no sistema financeiro impactaram fortemente o mundo do trabalho. A passagem do regime de produção fordista para o de acumulação flexível, a partir da década de 1970, promoveu a maximização de receitas e lucros de bancos, associados a ganhos cada vez maiores das empresas responsáveis pela produção de bens de consumo duráveis e não duráveis.

Nesse cenário, houve a intensificação dos regimes de trabalhos terceirizados e precarizados, uma alternativa do capital para a diminuição dos custos de produção com a mão de obra. Esses regimes de trabalho são caracterizados pelo pagamento por horas trabalhadas, a ausência de vínculos trabalhistas e a redução dos salários. Também há flexibilização ou mesmo desestruturação dos direitos trabalhistas, como férias, 13° salário e licença médica.
Apesar da história de luta dos trabalhadores pela conquista de seus direitos, o trabalho informal sempre foi uma realidade, em maior ou menor escala, dependendo da região e do período histórico.
O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e a ampliação do acesso à internet, aliados às mudanças na economia mundial e ao desemprego, contribuíram para o surgimento de uma nova face da precarização do trabalho, a uberização. O termo faz referência ao nome de uma das maiores empresas do mundo de aplicativos de transporte privado de passageiros e entrega de refeições e mercadorias.

No entanto, a precarização e a terceirização do trabalho não ocorrem de forma homogênea, tendo em vista que atinge mais intensamente os países em desenvolvimento, que apresentam legislações trabalhistas mais flexíveis e mão de obra mais barata justamente para atrair empresas multinacionais para seus territórios.
A principal linha da produção industrial das megacorporações europeias e estadunidenses, o Sudeste Asiático, concentra as maiores taxas de precariedade das condições de trabalho, pois uma parcela considerável da população trabalhadora exerce sua função recebendo baixos salários e dedicando extensas jornadas em locais muitas vezes desprovidos de infraestrutura de higiene e segurança. A América Latina também tem sofrido com a precarização do trabalho. De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre 2020 e 2021, houve um aumento de 80% no número de trabalhadores informais na região.
Por não possuírem vínculos empregatícios, os trabalhadores autônomos não têm acesso a direitos trabalhistas básicos, como salário-mínimo, férias e repouso semanal remunerados, seguro-desemprego, jornada de trabalho de oito horas por dia, aposentadoria, entre outros.
Em algumas situações, o trabalhador deve usar recursos próprios para arcar com custos relacionados ao serviço prestado: manutenção dos veículos e combustível, compra ou aluguel do carro, moto ou bicicleta, mensalidade do plano de celular para receber as chamadas nos aplicativos etc.
Durante a pandemia de covid-19, a vulnerabilidade dos trabalhadores autônomos foi agravada. Enquanto parcelas da população estavam em isolamento social, pois suas condições de trabalho permitiam, os trabalhadores dos aplicativos continuaram nas ruas para garantir seu sustento, expostos à contaminação pelo vírus com pouco ou sem nenhum respaldo para cuidar da saúde.
A partir de 2020, a pandemia causada pelo coronavírus e a crise econômica e sanitária instensificaram as mudanças do mundo do trabalho. Nesse período, houve um aumento das taxas de desemprego e da precarização do trabalho, tendo em vista que muitas atividades sofreram limitação, como medida de segurança para conter a propagação do vírus. Com isso, muitos trabalhadores sofreram a perda ou a diminuição de sua renda durante a pandemia.
Além disso, ocorreram mudanças nas rotinas de trabalho, que passaram a ocorrer de forma remota ou híbrida em muitas profissões. Esses trabalhos exigem o acesso à internet e às tecnologias digitais, o que ainda não é uma realidade para muitos grupos sociais. Diante desse cenário, pode-se afirmar que as desigualdades no mercado de trabalho se intensificaram durante a pandemia.

OS CONFLITOS E OS NÔMADES GLOBAIS

Os conflitos armados são catastróficos para os países envolvidos e costumam afetar também os países vizinhos. Dentre esses problemas, podemos citar a violência, a fome, a inflação, a destruição de residências e infraestruturas diversas e a disseminação de doenças.

Todos esses problemas fazem com que muitas pessoas se arrisquem tentando fugir desse contexto e busquem melhores condições de vida em outros lugares. Os imigrantes tiveram um papel muito importante no processo de ocupação do território europeu e de sua formação econômica e social. Alguns governos europeus procuram tornar as restrições aos imigrantes menos rígidas em razão da oferta de mão de obra cada vez mais reduzida e da baixa natalidade das populações de seus países. 
Os imigrantes tendem a buscar na Europa destinos com idiomas próximos de seus países de origem. Além disso, os países mais ricos também costumam atrair mais imigrantes que buscam uma vida melhor. Apesar disso, parte dos imigrantes que se fixam na Europa é submetida à baixa remuneração, tem pouco acesso à rede de proteção social e de serviços públicos e enfrenta situações de exclusão habitacional, com condições de moradia e infraestrutura de serviços públicos inferiores à média das cidades onde se encontram.
Apesar de os países europeus precisarem da mão de obra oferecida por muitos imigrantes, têm crescido na Europa movimentos de grupos extremistas que propagam um discurso anti-imigração.
Embora muitos cidadãos europeus apoiem a garantia de direitos aos migrantes, parte da população europeia teme que pessoas vindas de outros países ameacem seus postos de trabalho.
Em países centrais da Europa, esse temor aos estrangeiros fundamenta discursos alarmistas e preconceituosos, que desconsideram a localização periférica de outros países europeus, onde o fenômeno migratório é ainda mais intenso.
Em geral, os países que recebem mais migrantes localizam-se no entorno da região em crise e têm menos recursos para abrigar essa população. 

Produção de energia no Brasil

Movimentar máquinas, cargas e pessoas por longas distâncias demanda muita energia. No Brasil, usam-se combustíveis derivados de fontes não r...