A diminuição da PEA nos países europeus gera uma demanda por mão de obra estrangeira. Isso estimula o fluxo de imigrantes oriundos de outros continentes para esses países.
Nas últimas décadas, grandes fluxos migratórios de países subdesenvolvidos da África, da Ásia (sobretudo das ex-colônias) e da América Latina têm se direcionado principalmente para os países europeus mais industrializados, como França, Bélgica, Alemanha, Itália e Reino Unido. De acordo com dados da Comissão Europeia, em 2020 existiam aproximadamente 60 milhões de imigrantes internacionais vivendo em países da União Europeia.
Desde a década de 1990, também é grande o fluxo migratório para as nações mais desenvolvidas da Europa de trabalhadores vindos dos antigos países socialistas, como Sérvia e Montenegro, da Hungria e dos países da ex-União Soviética. Destaca-se também o caso de milhões de deslocados ucranianos que acabaram migrando para países europeus mais a oeste devido ao confronto bélico entre a Ucrânia e a Rússia em 2022.
Até o final da década de 1980, esses países absorveram, sem muitas restrições, as correntes migratórias provenientes dos países europeus mais pobres e do mundo subdesenvolvido.
Desde essa época, várias transformações econômicas provocaram progressivo aumento de demissões. Tais transformações, ligadas ao processo de globalização, incluem medidas como a abertura dos mercados e a reestruturação das empresas, sobretudo pela introdução em massa da automação industrial.
Durante a década de 2010, países como França, Itália e Espanha apresentaram taxa de desemprego média em torno de 14%, número considerado alto para os padrões europeus. Com isso, cresceram as reações contrárias à imigração, pois tanto partidos políticos como sindicatos de trabalhadores e outras entidades civis associaram a falta de emprego ao grande número de trabalhadores estrangeiros. Intensificaram-se, então, os movimentos de grupos xenófobos, que se apoiam em doutrinas racistas, repudiam explícita e violentamente a presença de estrangeiros e exigem do governo que sejam repatriados.
A pressão política dos grupos xenófobos tem levado muitos governos a adotar medidas que restringem a entrada de imigrantes. Contudo, esse controle acaba estimulando o crescimento da imigração clandestina e o tráfico de trabalhadores.
Ao entrar ilegalmente em um país, os imigrantes enfrentam muitas dificuldades para encontrar trabalho, o que, por vezes, contribui para situações de exclusão, pois sua situação não é regularizada no país.
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