Para alguns pesquisadores, as transformações relacionadas à inserção de novas tecnologias nos setores produtivos representam o início de uma nova revolução, a Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0 - Introdução de novas tecnologias: IoT, IA, nuvem, Big Data, sistemas ciber-físicos. A Indústria 4.0 irá provocar grandes mudanças no mundo do trabalho e elas não ficarão restritas apenas às indústrias. A previsão é que nos próximos anos surjam até 30 novas profissões nos diferentes setores da economia.
As etapas de produção e distribuição da Indústria 4.0 são controladas digitalmente, englobando tecnologias de automação e troca de dados. É possível, por exemplo, controlar os estoques, aumentar ou diminuir o ritmo de produção, entre outras ações, além de aumentar a produtividade e reduzir os custos. No entanto, para implementar a Indústria 4.0, é necessária a adoção de um conjunto de tecnologias. Os países mais desenvolvidos já avançaram nesse sentido e os países emergentes estão fazendo essa transição de forma gradual.
No Brasil, a maior parte das indústrias ainda guarda características dos modelos produtivos da Segunda e da Terceira Revolução Industrial. Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que o custo de implantação dessas tecnologias foi apontado como a principal barreira para sua adoção. Além disso, o Brasil ainda precisa promover ampliações na infraestrutura digital e capacitação profissional.
Em 2018, o governo brasileiro lançou a Agenda Brasileira para a Indústria 4.0, com o objetivo de garantir a competitividade da indústria do país no cenário internacional, além de aumentar a eficiência e reduzir os custos de manutenção de equipamentos e de energia. Entre as ações do governo, destaca-se a criação de linhas de crédito para as empresas que pretendem adotar ou desenvolver novas tecnologias.
A INDÚSTRIA NA QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A chamada Quarta Revolução Industrial envolve o setor de tecnologia da informação (TI) e
mudanças nas formas de produzir e monitorar os processos produtivos. Trata-se de uma articulação entre sistemas de softwares e aplicativos controlados remotamente e fábricas inteligentes
robotizadas para a produção em larga escala com precisão, a partir dos quais os sistemas de
automação e computação podem se comunicar entre si e com seres humanos em tempo real.
Essa revolução compreende também pesquisas e aplicações com base em nanotecnologia, design,
neurociência, biotecnologia, armazenamento, veículos aéreos não tripulados (Vants), impressoras
3D e o advento do 5G.
Os desejos de consumo são atendidos de forma quase instantânea, pois as tecnologias e os
sistemas financeiro e informacional, unidos, reduzem o tempo de espera e permitem ofertar ao
consumidor o produto que ele deseja. Nesse processo, há um aumento da circulação do capital
global e a maximização do lucro de empresas dedicadas ao uso de tecnologias mais avançadas.
Outras características que marcam as transformações da Quarta Revolução Industrial são a
descentralização do petróleo como principal fonte energética, a busca por fontes renováveis para
subsidiar as formas de produção com maior eficiência e a criação de novos mercados nos setores
de ciência de ponta, tecnologia e inovação.
Há também investimentos na exploração do grafeno,
do cobalto e do lítio e nas trocas cada vez mais imateriais com base em um dinheiro transformado
em relação de crédito e débito. Os centros dessa revolução são megacorporações da China, do
Japão, da Coreia do Sul, de países da Europa Ocidental e dos Estados Unidos, que cada vez mais
investem e controlam o mercado de tecnologias aplicadas.
O Brasil, apesar de apresentar pesquisas e desenvolvimento de tecnologias em universidades
e empresas, apresenta contradições, como a falta de investimentos, o que acarreta problemas
como falta de mão de obra e fuga de cérebros.
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