O desgaste do governo do democrata Lyndon Johnson facilitou a vitória do republicano Richard Nixon, em 1968, e sua reeleição em 1972. Na política externa, Nixon e seu secretário de Estado, Henry Kissinger, retomaram a reaproximação com o bloco socialista (Détente), sem abrir mão das tradicionais ofensivas.
O processo de aproximação dos Estados Unidos com a China forçou a União Soviética a encarar a antiga aliada asiática como nova rival. O interesse na concretização das relações sino-americanas somado à ampliação das pressões da opinião pública (particularmente da juventude influenciada pelas manifestações de (Maio de 1968) contra a participação americana no conflito asiático, forçaram Nixon a negociar a saída dos Estados Unidos da Guerra do Vietnã.
De certa forma, o sucesso na corrida espacial, com a chegada do primeiro homem à Lua em julho de 1969, abafou os problemas internos da nação. Isso permitiu ao presidente intensificar a participação americana no Sudeste Asiático, estendida para o Camboja. No seu governo foram reatadas as relações diplomáticas com a China Popular e assinado vários acordos com a União Soviética, durante visitas pessoais de Nixon a ambos os países.
No Chile, o governo do socialista Salvador Allende, eleito democraticamente, terminou sob violento golpe militar comandado pelo general Augusto Pinochet, em 1973. O apoio formal norte-americano garantiu a emergência de mais esta ditadura militar na América Latina.
Mas a repulsa internacional contra a intervenção no Vietnã, principalmente pelo uso de armas mortíferas, como o napalm, contra populações civis indefesas, aumentou as pressões sobre a Casa Branca. O secretário de Estado, Henry Kissinger, estabeleceu então os primeiros acordos de paz em dezembro de 1972.
O segundo mandato de Nixon foi interrompido em 1974 por causa do Escândalo Watergate. O caso Watergate foi uma tentativa do partido Republicano (de Nixon) de espionar a sede do Partido Democrata, instalada no edifício Watergate, em Washington, durante a campanha para sua reeleição, em 1972. O escândalo durou dois anos, mas após uma série de graves denúncias contra o presidente, balizada pela incansável busca por provas comandada por repórteres do jornal Washington Post, Nixon renunciou, evitando o processo de impeachment.
O vergonhoso episódio, revelando os abusos do poder e a corrupção, abalou a crença da população americana média na infalibilidade de seus administradores e do próprio sistema.
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