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Período Lyndon Johnson (1963-1968)


Lyndon Johnson completou o mandato como vice de Kennedy e foi reeleito para o período de 1964-1968. Adotou uma forte ofensiva contra o socialismo, afastando-se da União Soviética e envolvendo ainda mais os Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Durante seu governo, foram enviados mais de 500 mil soldados para o Vietnã, o que provocou reações e protestos internos contra a intervenção norte-americana no conflito asiático. Em 1968 eclodiram protestos contra o envolvimento do país no Vietnã. O americano médio, que até então apoiara incondicionalmente a política exterior, foi atingido em cheio pelo recrutamento obrigatório cada vez mais intenso.
De outro lado, buscando preservar sua hegemonia no continente latino americano, em constante ebulição sociopolítica, realizou a intervenção militar na República de Sant Domingo, evitando o surgimento de um novo Estado socialista na América.
Na política interna, o destaque foi a ampliação do movimento negro contra o segregacionismo. Apesar do desenvolvimento de alguns programas sociais, a questão racial agravou-se.
Na década de 1960, o movimento negro se dividiu em dois grupos. O primeiro, sob o comando do pastor Martin Luther King, integrava a ala pacifista: defendia a "desobediência civil" e a não violência como estratégias para conquistar a integração racial. A outra ala, mais radical – como o grupo conhecido como Panteras Negras –, era partidária da violência e do confronto com os brancos. 
Luther King adotara a doutrina do indiano Mahatma Gandhi, que defendia a desobediência civil como meios de conquistas sociais. Com o boicote, no sul do país, aos meios de transporte exclusivo dos brancos, movimentos políticos de intelectuais e de sindicatos, atentado e marchas pelos direitos civis, pouco a pouco parte da maioria branca passou a dar apoio a causa negra e algumas decisões favoráveis foram obtidas nos tribunais.
Nem a defesa da integração pacífica nem o Nobel da Paz recebido em 1964 evitaram o assassinato de Martin Luther King, em 1968. O ambiente de protestos contra a Guerra do Vietnã e contra a própria Guerra Fria, os choques entre brancos e negros e os assassinatos de Martin Luther King e do candidato à presidência Robert Kennedy em 1968 sinalizaram tensões na sociedade americana, substituindo o apoio incondicional nacional dos anos 50.
Cresceram os movimentos pacifistas, alternativos e revolucionários, quer estimulando a deserção, quer exigindo uma sociedade mais justa ou pregando o fim do capitalismo e do imperialismo norte-americano.


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