O desenvolvimento acelerado das tecnologias no campo da comunicação, da inteligência artificial e das engenharias de software tem feito com que muitos países planejem e construam cidades inteligentes.
Podem ser chamadas de Smart Cities (expressão em inglês) as localidades com projetos ou iniciativas de reformulação de suas áreas urbanas que empregam inovação tecnológica para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes, ou seja, para ser considerada uma Cidade Inteligente, o projeto da localidade deve unir os avanços científicos disponíveis às necessidades urbanas em geral, fazendo com que as soluções para determinados tipos de problema sejam eficientes.
Para isso, nas Cidades Inteligentes utiliza-se a Internet das Coisas (conhecida pela sigla IoT, do inglês Internet of Things) para desenvolver e executar ações no cotidiano urbano. Isso quer dizer que, nessas cidades, objetos pessoais e equipamentos urbanos – como aparelhos celulares, semáforos, sensores de abastecimento e distribuição de água, entre outros – conectam-se uns com outros e trocam informações de maneira automatizada e em tempo real, sem que uma pessoa precise operá-los.
Um exemplo são os sensores em semáforos, que se autorregulam ao detectarem congestionamentos, por exemplo, liberando o fluxo dos veículos ou dando prioridade ao transporte público de passageiros. Outro exemplo são cidades que investiram em sistemas digitais de segurança, que monitoram e controlam o fluxo de pessoas em lugares públicos, ou, ainda, alagamentos ou deslizamentos de terra em áreas de risco.
As cidades inteligentes apresentam características para além de tecnologias digitais em boa parte do seu funcionamento, como acesso à educação de qualidade em todos os níveis de ensino, acesso a sistemas de saúde, boa conectividade de dados e utilização de diferentes modais de transporte.
A redução dos níveis de estresse, o aumento da quantidade de empregos formais e a redução do custo de vida são indicadores de boa qualidade de vida para a população. Em contrapartida, a implantação dessas cidades demanda alto custo e necessidade de mão de obra qualificada, o que faz com que se concentrem, sobretudo, em países desenvolvidos.
As cidades que comandam a economia mundial do século XXI dedicam-se às atividades do setor terciário e são as que centralizam a produção inteligente, reunidas em start-ups, escritórios organizados em coworking, verdadeiros centros estruturados para produzir inovações no setor informacional.
Melbourne, Dubai, Shenzhen, Hong Kong, entre outras, são exemplos de cidades voltadas à produção de sistemas de alta tecnologia, sobretudo aqueles relacionados à indústria da informação, da comunicação digital e de desenvolvimento de softwares e entretenimento (games).
Além do Vale do Silício, na Califórnia, os complexos industriais tecnológicos e informacionais difundiram-se para outras cidades estadunidenses e europeias desde 2010, formando o Beco do Silício (em Nova York), as Pradarias do Silício (Nebraska, Texas, Boston) e as Docas do Silício, em Dublin, Irlanda.
A cidade de Curitiba, capital do Paraná, é considerada um bom exemplo de Cidade Inteligente do país. Ela foi pioneira em implantar um sistema inteligente de transporte coletivo urbano e de monitoramento do tráfego que proporcionou maior mobilidade à população.
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