quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

A DITADURA ARGENTINA

A crise econômica interna na Argentina em 1975 e a ação de grupos guerrilheiros serviram como pretexto para um golpe militar nesse país. Em 24 de março de 1976, uma junta militar depôs a então presidente Isabelita Perón e dissolveu o Congresso, dando início a uma violenta ditadura.

As manifestações populares e as greves foram proibidas, e adotou-se uma rígida censura aos meios de comunicação. A repressão foi violenta, com torturas, assassinatos e desaparecimentos de pessoas que se opunham ao regime. Os corpos das vítimas eram destruídos ou levados a lugares em que não pudessem ser encontrados. Sem vestígios, essas pessoas foram consideradas desaparecidas pelas autoridades. Estima-se que cerca de 30 mil cidadãos tenham sido vitimados durante o período ditatorial na Argentina.

Uma das mais marcantes reações contra o regime veio das Mães da Praça de Maio, mulheres que se encontravam semanalmente em frente à sede do governo para exigir explicações sobre o paradeiro de seus filhos desaparecidos. Ainda hoje essas mulheres se encontram nesse local para protestar.

A ditadura argentina só chegou ao fim em 1983. Uma crise militar, econômica e política e a militância de grupos contrários à ditadura, além da pressão internacional, levaram à convocação de eleição presidencial e ao retorno da democracia.

Um dos fatores que levaram à crise militar foi a guerra contra o Reino Unido provocada pelo governo argentino para recuperar o domínio das ilhas Malvinas (chamadas pelos ingleses de Falkland), localizadas ao sul da Argentina. A propaganda oficial fazia crer que os argentinos venceriam a disputa, mas, após dois meses, o resultado foi uma humilhante derrota, pois o Exército argentino estava despreparado e mal equipado.

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