Pular para o conteúdo principal

Antecedentes da conquista da Paraíba

A História da Paraíba tem sido contada a partir de sua fundação em 1585, mas na verdade vem desde 1501 quando da primeira expedição para reconhecimento de suas costas, que ancorou na baia de Acejutibiró. E que tinha nela embarcado como piloto ou cosmógrafo o famoso Américo Vespúcio que estando em Sevilha atendeu ao pedido do rei de Portugal Dom Manoel para descobrir novas terras, e conforme o seu relato ao rei de Portugal, a frota esteve surta no ancoradouro de desembarque durante sete dias, e que o primeiro dia se prendeu em tomar posse da terra e de fazer provisão para o navio, e que no segundo dia avistaram em cima de uma cume um grupo de pessoas que estavam nuas e eram do mesmo porte e cor das pessoas que tinha visto quando da viagem que fizera ao norte da equinocial embarcado sob a chefia de Hojeda as costa da Venezuela, e que os observavam sem ousar em descer, apesar do esforço para que fizessem contato apesar de não inspirarem confiança lhes foi deixado alguns presentes os quais foram por eles recolhidos, e na manhã do dia seguinte foi observado que eles faziam sinal de fumaça, o que levou acreditar que eles estariam chamando. E por conta disto alguns marinheiros pediram ao capitão para fosse concedido uma licença para irem até a eles. Para verificar que tipo de gente eram eles e se possuíam alguma riqueza, e após muita insistência o capitão permitiu que eu fosse a terra e para isto mandou aprontar alguns presentes e deu ordem para que não demorassem mais do que cinco dias para regressarem. E no decorrer dos dias eles sempre apareciam na praia sem querer falar com os tripulantes do navio, porém no sétimo dia eles apareceram junto com um grupo de mulheres em um clima de amizade, e por conta disto o capitão deu ordem para que alguns homens desembarcassem e eles se aproximassem .
No entanto quando os homens se aproximaram ao encontro, uma das mulheres desceu do monte até a praia à frente das outras que a seguia, e logo o rodearam foi quando uma das mulheres com um grande pedaço de pau na mão ao chegar perto de um dos marinheiro desferiu uma pancada em sua cabeça que o fez cair morte por terra, enquanto as outras mulheres o arrastaram para o cume do monte e os homens se precipitavam para a praia armados com seus arcos e passaram a atirar suas setas contra a tripulação do barco que na confusão reinante acabou por disparar alguns tiros de bombarda contra os atacantes que frente aos estrondos acabaram fugindo para o monte Onde as mulheres já estavam despedaçando o marinheiro para ser asado em uma grande fogueira, enquanto os homens faziam sinal dando a entender que tinham matado e devorado os outros marinheiros. Imediatamente alguns homens da tripulação queriam saltar em terra e vingar a morte tão cruel e aquele ato bestial e desumano, porém o capitão não lhes deu consentimento e ordenou que o navio partisse para correr a costa.
O primitivo nome da baia da Tradição era Acejutibiró, originário de Acajutebiró que quer dizer caju azedo ou cajual da sodomia, e segundo alguns pesquisadores a mudança de nome se deve a matança efetuada pelos índios, e no mais antigo mapa do Brasil confeccionado a pedido de Alberto Cantino agente do Duque de Ferrara na corte de Lisboa em 1502 por um cartógrafo português a Paraíba figura no mapa como um monte intitulado San Vicenso, e a Tristão da Cunha e atribuido a descoberta do rio Paraíba por volta do ano de 1506, quando tomou o nome de São Domingo e que muitos anos depois tomou o nome indígena de Paraíba. E ao encerrar-se o ciclo dos descobrimentos com o memorável feito de Fernão de Magalhães, era chegado o tempo de povoar o novo mundo que Pedro Álvares Cabra l descobrira para Portugal, onde até então os navios perlongavam as costas assinalando a posse e dilatando as fronteiras dentro do Tratado de Tordesilhas, mas a tarefa de transplantar para as selvas os fundamentos de uma civilização nascente excedia ao poderio de qualquer nação da Europa, deste modo a colonização do Brasil estava a exigir o supremo sacrifício de uma nação já saturada de tantas conquistas e por isto mesmo exausta, apesar do imperialismo que ditava ao mundo, pois quanto mais Portugal dilatava o seu império no oriente, mais se via empobrecido, pois as riquezas que desse tão vasto domínio promanava por mais paradoxal que pareça, se esvaia em guerras e o Brasil com a única riqueza que tinha para oferecer, que era a madeira de tintura, por si só, não bastava para a construção de um império, pois outras vantagens que permitissem implantar o homem na terra com um mínimo de bem estar, não havia no imenso território brasileiro onde a demanda dos ermos bravios era um desafio ao progresso e aliado a isto estava a inaptidão de Portugal para o comércio, pois esta falta de vocação manifestada pelos portugueses para a atividade mercantil decorria da expulsão dos judeus pelo Rei Dom Manoel em 1496, onde o interesse econômico de Portugal estava na Ásia, e por conta disto o Brasil ficou restrito ao estabelecimento de algumas feitorias de caráter puramente defensiva.
Pois desde o Tratado de Tordesilhas em 1494 celebrado entre Portugal e Espanha com isto a França mostrou-se inconformada por não ser admitida na partilha das terras que viessem a ser descobertas no aquém mar. Em represália passou a estimular o corso e a pirataria sob a proteção da bandeira francesa no deliberado intuito de apoderar-se de um pedaço do novo mundo com o beneplácito de Francisco I rei da França, de início foi a França Antártica no Rio de Janeiro com Villegaignon, seguindo-se depois o trafego com gentio por todo nordeste e pôr fim a ocupação do Maranhão no reinado de Luiz XIII. E o medo de perder a colônia, foi que levou Portugal a volver as vistas para o Brasil em busca de uma solução definitiva para o problema da colonização e para isto no ano de 1534 foi posto em pratica o plano donatorial sob a forma de um regime neofeudal, único capaz de salvar a colônia se não fossem os contratempos que levaram a ruína os pequenos monarcas que se aventuraram a transplantar para a terra indomável os promissores núcleos de civilização nas doze capitanias hereditárias em que se dividiu o Brasil e delas somente a de Pernambuco vingou em virtude ao descortino do seu donatário Duarte Coelho que possuía um espirito enérgico e um caráter nobre, posto a prova em tantos serviços prestados ao reino, e que ao chegar em Igaraçu em 1535 encontrou os franceses ali estalados e da guerra que abriu contra eles resultou a morte do governador alienígenas com o qual estavam aliados os nativos da terra, e com a vitória alcançada sobre os franceses e o desbaratamento dos indígenas, Duarte Coelho construiu a vila de Igaraçu no sitio dos Marcos e logo a seguir fundou a vila de Olinda para onde transferiu a sede do governo e todo território da capitania Duarte Coelho queria que fosse chamado de Nova Lusitânia, todavia o mesmo ficou conhecido por Pernambuco do tupi Paranã-buca que quer dizer mar furado; Pêro de Gois acabou abandonando a capitania de São Tomé com tudo que havia investido, depois de haver perdido um olho em combate com os índios; Vasco Fernandes Coutinho donatário do Espirito Santo além de excomungado pelo Bispo Pedro Fernandes Coutinho acabou seus dias muitos pobre; o donatário da capitania de Porto Seguro Pêro de Campo Tourinho fidalgo minhoto terminou o seu infortúnio reduzido à condição de réu do santo oficio ao ser recambiado preso para Lisboa; Jorge Figueiredo Corrêa donatário dos Ilhéus vendo a sua capitania assolada pelos Aimorés e seus canaviais destruídos e os engenhos incendiados e seus colonos mortos imediatamente desistiu do seu domínio feudal; Francisco Pereira Coutinho donatário da Bahia bravo soldado das companhas da Ásia neto do Conde de Marialva depois de perder todo o cabedal que trouxera da Índia culminou o seu martírio em Itaparica devorado pelos Tupinambás num repasto de antropófagos; outro que acabou devorado pelos Caetés depois de um naufrágio juntamente com o Bispo Pedro Fernandes Sardinha; foi Antônio Cardoso de Barros donatário da capitania do Piauí e Ceará da qual não chegara a tomar posse; João de Barros e Aires da Cunha e Fernão Alvares de Andrade arruinaram-se na tentativa de conquistar o Rio Grande do Norte, Para e Maranhão, sendo que Aires da Cunha perdeu a vida num naufrágio nas costas do Maranhão; e a capitania de Itamaracá que tinha trinta léguas de frente que ia da foz do rio Santa Cruz à baia da Tradição, que era uma terra que completava a capitania doada a Pêro Lopes de Souza dono por igual ou de maior número de léguas em Santana e Santa Amaro.
No ano de 1532 Pero Lopes de Souza se confrontou e venceu em Itamaracá numa violeta batalha os franceses do Senhor de La Motte e permaneceu na feitoria existente na ilha por um certo tempo e ao partir para o reino deixou como administrador da feitoria Francisco Braga que era grande conhecedor das terras e amigo dos Potiguares e ao chegar ao reino Pêro Lopes de Souza recebeu em doação a capitania de Itamaracá, e no momento em que se aparelhava para retornar ao Brasil, foi mandado à índia como capitão mor de uma armada e ao regressar dessa missão em 1539 sucumbiu com a nau capitaneia perto de Madagascar, Francisco Braga que exercia o posto de preposto na administração do feudo sem poder fazer nada em virtude de não dispor de grandes recursos, e com a morte do donatário da capitania o ritmo do progresso em Itamaracá que já era lento ficou cada dia pior, e devido aos incidentes com a vizinha Igaraçu onde as desavenças entre os mandões das capitanias faziam com que os moradores perseguidos em uma possessão procurasse abrigo na outra, Com isto fez com que Duarte Coelho homem feudal cioso de sua autoridade se queixasse com o rei, de que os criminosos de sua capitania encontravam homizio nas outras capitanias, e por conta disto mandou dar uma cutilada no rosto de Francisco Braga para que ficasse marcado para sempre. Amargurado por não poder tomar qualquer tipo de vingança para tamanha ofensa, Francisco Braga optou em abandonar a capitania levando consigo tudo quanto nela possuía junto com alguns companheiros quando rumou para à Índia de Castela, com isto Dona Isabel de Gamboa viúva do donatário Pêro Lopes de Souza para não perder a capitania, confiou o governo dela ao seu preposto João Gonçalves, velho companheiro de Pêro Lopes de Souza e que participou do ataque aos franceses em 1532 que investido das novas funções embarcou para o Brasil devidamente provisionado e que devido as furiosas tempestades que enfrentou teve o seu navio arrastado para à ilha de São Domingos nas Antilhas de onde João Gonçalves pode retomar o caminho marítimo para Itamaracá onde encontrou a capitania em lastimável estado de abandono, porém devido as suas qualidades pessoais, sobretudo pela confiança que os índios depositava sobre a sua pessoa ele conseguiu construir na ilha a vila de Conceição e dar início a construção de alguns engenhos nas margens do rio Tracunhaém com grande facilidade em virtude da violenta seca que abateu nos sertões de Copaoba em 1545. E que forçou aos índios a procurarem alimentos na capitania e por conta disto João Gonçalves foi beneficiado pela mão de obra indígena para execução de seus planos. Porém esta fase dourada da capitania de Itamaracá teve pouca duração, pois passado a seca em 1548 João Gonçalves morreu e os índios por sua vez se revoltaram contra o vexames do cativeiro que tanto os inquietavam e por isto puseram um cerco a vila de Igaraçu, o que obrigou aos colonos de Itamaracá a se recolherem à ilha para se colocarem a salvo do perigo, com isto Duarte Coelho ao se ver assediado pelos Caetés que assolavam e incendiavam os engenhos e as casas dos colonos, partiu para o ataque e os primeiros tiros efetuados pelos de Duarte Coelho bastou para quebrar o ímpeto dos atacantes que em fuga desesperada acabaram levantando o cerco que mantinham e rumaram para as suas aldeias nos sertões da Paraíba, com isto a paz voltou a reinar ente os portugueses e os Potiguares da Paraíba, tanto que Frutuoso Barbosa rico mercador pernambucano ia carregar de pau-brasil os seus navios, bem acima da barra do rio Paraíba no lugar que ficou denominado como Porto da Casaria e depois chamado de Porto do Capim em cujas imediações foi criada a cidade de Nossa Senhora das Neves perto da várzea do Miriri onde estava a posse de Jorge Camelo que era denominada como Água do Camelo, e no exercício dessa atividade era o mercador ajudado pelos índios que cortavam e transportavam a madeira para o local de embarque.
Em 1549 o plano donatorial acentuava a sua falência que se iniciava desde a criação do governo geral do Brasil, com Tomé de Souza cuja jurisdição se exercia sobre todas as capitanias, que implicava no termino do feudo donatorial e que de imediato terminou com privilegio hereditário quando algumas capitanias foram passadas para a coroa sob o argumento de que não progredira na tentativa de ocupação por seus donatários, apesar de debilitada por falta de material humano para povoar o solo a capitania de Itamaracá permaneceu estagnada na ilha, escapando de ser revertida para a coroa que se mostrava inerte e incapaz para atender uma ação mais decisiva pela posse da terra, o que retardou por muitos anos a conquista da Paraíba, e no momento em que o gérmen da discórdia inoculada pelos franceses entrou em furiosa ação ao estigmarem os índios contra os portugueses em uma guerra sanguinolenta, após serem expulsos do Rio de Janeiro por Mem de Sá em 1565 e que após passarem por Cabo Frio e daí para o Rio Real e chegaram as costas entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte onde se estabeleceram quando se introduziram no meio dos nativos cuja língua dominavam demonstrando apenas querer as suas amizades em proveito das novas relações de comércio.
Os franceses com seus temperamentos mais alegre e seus métodos de ação bem divergentes do empregado pelos colonizadores portugueses que tomavam as suas terras e os escravizavam. Logo captaram a confiança e a simpatia dos indígenas e firmaram uma aliança com os Potiguares para exercerem o comércio clandestino de pau brasil, pois a Paraíba era o lugar onde abundava a melhor madeira de tintura, com isto a cada ano ancorava na foz do rio Paraíba e na baia da Tradição uma média de vinte a trinta navios franceses que traziam ferramentas e outras oferendas para serem trocadas com os índios por pau brasil, algodão, óleos vegetais e bichos da terra, com isto os mercadores de Dieppe e da Normandia exerciam livremente o tráfico do pau brasil nas selvas de Copaoba, enquanto isto os soberanos franceses não se preocupavam em elaborar um plano para ocupação definitiva em que se consolidassem na Paraíba pois apenas cuidavam de obstar o avanço dos portugueses contentando-se com o tráfico do pau brasil do saque dos navios portugueses. E no decorrer do tempo apesar da dominação portuguesa o povoamento do norte do país não havia dado um passo avante, pois os colonos que vinham para o Brasil, bem poucos traziam as suas famílias e a solução estava no cruzamento racial de que proveu o mameluco, gente que queria ser povo, e a história registra as primeiras manifestações do espirito nacionalista e a lenta avançada estava agora em risco de retroceder com as constantes ameaças de assalto por parte dos potiguaras. A Paraíba, terra quase desconhecida que pertencia à capitania de Itamaracá que definhava na ilha como um caso ostensivo de malogro, com isto a guerra entre potiguaras e portugueses não demoraria a estourar, devido ao fato que um rico mercador de Pernambuco Diogo Dias que tinha obtido uma data de terra às margens do rio Tracunhaém para montar um engenho, e nesta época aconteceu de um mameluco aventureiro que saindo de Olinda passou por Tracunhaém e penetrou os sertões da Paraíba rumo à serra da Copoaba onde os potiguaras tinham as suas aldeias e aproveitando de sua metade de índio, acabou sendo admitido e passou a viver entre os potiguaras e aceito na taba do cacique Inigaçu e com isto acabou conquistando a filha do cacique como esposa, até que um dia aproveitando que o cacique fora a caça, ele acabou fugindo com a companheira para Olinda. Inigaçu ao tomar conhecimento do fato ocorrido de imediato despachou dois de seus filhos para Olinda para que falasse com Antônio de Salema que era o governador geral do Brasil e que estava em correição na capitania de Pernambuco, Antônio de Salema ao tomar conhecimento dos fatos de imediato mandou notificar o ao pai do mameluco para que entregasse a índia, o que foi prontamente atendido, com o caso resolvido.
Os filhos do cacique Inigaçu retornaram com uma provisão para que não fossem molestados pelo caminho, assim se passou até junto ao engenho de Diogo Dias em Tracunhaém onde pediram para que fossem dado pousada para eles, no entretanto ao dar pouso aos filhos de Inigaçu ele acabou por esconder a moça dos irmãos. Apesar dos mesmos apresentarem a provisão de Antônio de Salema que recomendava ao acatamento dos mesmos, com a moça raptada por Diogo Dias os seus irmãos prosseguiram viagem para a sua aldeia onde relataram o fato ao seu pai, que de imediato enviou um emissário até ao senhor de engenho Diogo Dias o qual retornou sem a moça, porém cheio de dissimulações e totalmente enganado por Diogo Dias e por seu amigo o Capitão mor de Itamaracá a quem o emissário havia recorrido.
Nesta época chegou à baia da Tradição alguns franceses em suas naus, e diante dos acontecimentos passaram a estingar os índios de Copoaba pela necessidade de ser executada uma desforra contra os portugueses. Iniguaçu que já se mostrava resignado com o ultraje recebido, porém ao ser açulado pelos franceses que o incitava à luta, reuniu milhares de índios e decidido a quebrar a paz reinante se deslocou de Copoaba para Tracunhaém onde chegou pela madrugada e puseram cerco ao engenho de Diogo Dias e ao amanhecer quando os trabalhos no engenho começaram, Inagaçu junto a uma coluna arremeteu em escaramuças contra o engenho enquanto o grosso da indiada se conservava oculto nos matos e ao ser dado o alarme e posta em funcionamento a defesa da fazenda, a coluna atacante foi aos poucos recuando como se bastasse em retirada, com isto Diogo Dias saiu com sua gente no propósito de perseguir os atacantes em retiradas. No entanto quando se encontrava em campo aberto, acabou sendo atacado por todos os lados pelos índios. E que devido a fúria dos atacantes que acabaram aturdindo à Diogo Dias que pode se recolher em um lugar seguro, com isto se deu uma matança total da gente de Diogo Dias.
Numa grande carnificina, onde morreram mais de seiscentas pessoas e entre elas constava o senhor de engenho Diogo Dias e sua família da qual só se salvou os seus filhos Boaventura Dias que se encontrava em Olinda e o menor Pedro Dias que estudava em Portugal. E no ano seguinte Boaventura Dias associou-se com Miguel de Barros para construir o engenho, quando levou um grande número de pessoa de Pernambuco, acontece que o gentio com a vitória conquistada se mostravam muito soberano, e por esta razão empreenderam um novo ataque quando atiçados pelos franceses, do qual os sitiantes resistiram bravamente ao se refugiarem numa casa forte, todavia devido ao forte ataque no final da batalha acabaram cedendo e Miguel de Barros junto a sua família veio encontrar a morte no campo de batalha, e Boaventura Dias que se encontrava ausente no momento em que os índios efetuaram o cerco, conseguiu se salvar e por conta do acontecimento em 1577 numa petição feito ao Capitão mor de Itamaracá ele pediu licença para vender as suas terras a João Cavalcanti de Araripe. Tão logo ecoou em Portugal o massacre efetuado pelo cacique Inigaçu em Tracunhaém, de imediato o Rei Dom Sebastiao determinou que fosse fundada as custa do governo de Portugal a capitania da Paraíba, que assim se desmembrava da capitania de Itamaracá e neste sentido o Governador Geral do Brasil l Luís de Brito recebeu ordem para mandar ocupar as margens do rio Paraíba e plantasse ali os fundamentos de uma cidade para poder atender as necessidades que impunha-se em vencer os obstáculos que impediam a marcha da conquista para o norte e eliminar pelas armas o estabelecimentos do comércio fraudulentos praticado pelos franceses que alimentavam o foco de perturbação que aniquilava Itamaracá e punha em sobressalto os moradores de Pernambuco.
Nesta época todas as capitanias não povoadas por seus donatários, foram revertidas para a coroa, a época era de rasgar as cartas e forais pois o regime donatorial já estava gorado desde a instalação do governo geral.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Zabala - Os ‘materiais curriculares’

  Os ‘materiais curriculares’ e outros recursos didáticos O PAPEL DOS MATERIAIS CURRICULARES Os materiais curriculares, corno variável metodologicamente são menosprezados, apesar de este menosprezo não ser coerente, dada a importância real que têm estes materiais. Uma olhada, mesmo superficial, permite que nos demos conta de que os materiais curriculares chegam a configurar, e muitas vezes a ditar, a atividade dos professores. A existência ou não de determinados meios, o tipo e as características formais, ou o grau de flexibilidade das propostas que veiculam são determinantes nas decisões que se tomam na aula sobre o resto das variáveis metodológicas. A organização grupai será cie um tipo ou de outro conforme a existência ou não de suficientes instrumentos de laboratório ou de informática; as relações interativas em classe serão mais ou menos cooperativas conforme as caraterísticas dos recursos; a organização dos conteúdos dependerá da existência de materiais com estruturações disc

A Revolução Francesa

O Antigo Regime – ordem social que garantia os privilégios do clero e da nobreza – foi sendo abalado e destruído lentamente por uma série de fatores, como as revoluções burguesas na Inglaterra, o Iluminismo, a Revolução Industrial e a Independência dos Estados Unidos da América. Mas o fator que aboliu de vez o Antigo Regime foi a Revolução Francesa (1789-1799), uma profunda transformação sócio-política ocorrida no final do século XVIII que continua repercutindo ainda hoje em todo o Ocidente. O principal lema da Revolução Francesa era “liberdade, igualdade e fraternidade”. Por sua enorme influência, a Revolução Francesa tem sido usada como marco do fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea. Embora não tenha sido a primeira revolução burguesa ocorrida na Europa, foi, com certeza, a mais importante. 1. Situação social, política e econômica da França pré-revolucionária a) Sociedade A França pré-revolucionária era um país essencialmente agrícola. O clero e a nobreza possuíam en

SIMBOLISMO EM PORTUGAL E NO BRASIL

  O Simbolismo, assim como o Realismo-Naturalismo e o Parnasianismo, é um movimento literário do final do século XIX. No Simbolismo , ao contrário do Realismo , não há uma preocupação com a representação fiel da realidade, a arte preocupa-se com a sugestão. O Simbolismo é justamente isso, sugestão e intuição. É também a reação ao Realismo/Naturalismo/Parnasianismo, é o resgate da subjetividade, dos valores espirituais e afetivos. Percebe-se no Simbolismo uma aproximação com os ideais românticos, entretanto, com uma profundidade maior, os simbolistas preocupavam-se em retratar em seus textos o inconsciente, o irracional, com sensações e atitudes que a lógica não conseguia explicar. Veja as comparações: Parnasianismo 1. Preocupação formal que se revela na busca da palavra exata, caindo muitas vezes no preciosismo; o parnasiano, confiante no poder da linguagem, procura descrever objetivamente a realidade. 2. Comparação da poesia com as artes plásticas, sobretudo com a escultura. 3. Ativid