Tracunhaém foi citada como distrito de Nazaré em ata do Conselho do Governo, datada de 18 de julho de 1834. Em 20 de dezembro de 1963 a Lei Estadual 4951 criou o município de Tracunhaém, desmembrado do de Nazaré da Mata.
Existe um relato histórico ocorrido na época que Tracunhaém era apenas uma fazenda com algumas famílias. Em mais ou menos 1570 uma chacina conhecida como "Tragédia de Tracunhaém" trouxe bastante repercussão na época, agravando muito as hostilidades dos portugueses com os potiguaras.
Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento de uma índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de Tracunhaém, em Pernambuco. Após receber a comitiva constituída pela índia e seus irmãos, vindos de viagem, após resgatar a índia raptada, para pernoite em sua casa, um senhor de engenho, Diogo Dias, provavelmente escondeu-a, de modo que quando amanheceu o dia a moça havia desaparecido e seus irmãos voltaram para sua tribo sem a índia. Seu pai ainda apelou para as autoridades, enviando emissários a Pernambuco sem o menor sucesso.
Os franceses que se encontravam na Paraíba estimularam os potiguaras à luta. Pouco tempo depois, todos os chefes potiguaras se reuniram, movimentaram guerreiros da Paraíba e do Rio Grande do Norte e atacaram o engenho de Diogo Dias. Foram centenas de índios que, ardilosamente, se acercaram do engenho e realizaram uma verdadeira chacina a morte de todos que encontraram pela frente: proprietários, colonos e escravos, seguindo-se o incêndio do engenho.
Mediante tal fato e os angustiosos apelos de habitantes de Pernambuco, o rei de Portugal criou a Capitania Real da Paraíba, desmembrando-a da capitania de Itamaracá.
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