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ORIGENS DA PARAÍBA

Etimologicamente falando o nome PARAÍBA é originado de tupi: PARA(rio) IBA(mau), cuja significação foi atribuída pelo historiador holandês Elias Herckman como: rio mau, o cronista Loureto Couto o denominou de rio caudaloso e Coriolano de Medeiros de BRAÇO QUE VEM DO MAR.
O rio Paraíba denominado de São Domingos por André Gonçalves, era há muito tempo conhecido dos franceses que por ele faziam os carregamentos de madeira da terra. Já se encontrava nessa época na Paraíba uma porção de mamelucos, que cortava em várias direções e quase sempre iam implantando o terror sobretudo entre os negros nativos que encontravam. Através do rio Paraíba armaram-se batalhas, trafegaram naus francesas e portuguesas carregando toros de pau brasil cuja madeira era de primeira qualidade e muito abundante na Paraíba. O território era dos mais povoados no tempo do descobrimento do Brasil. Duas nações tupis, os Tabajaras e os Potiguares, ocupavam as margens do Rio Paraíba até 20 léguas do litoral. Havia os Cariris, povo tapuia dominando o Planalto da Borborema e todo interior.
Devido às condições favoráveis do meio, livre dos danos das secas, os tupis, compostos apenas de duas nações, equivaliam numericamente, aos cariris, divididos em muitas tribos. Estava a Paraíba entregue aos índios e aos franceses que invadiam, explorando toda a região e fazendo importante comércio de pau-brasil. Não somente a exploravam, mas, ainda saqueavam os proprietários. Cada ano ancoravam vinte a trinta navios na foz do Rio Paraíba na Baia de Acejutibiró (Traição), hoje Baia da Traição, os índios ajudavam os franceses a tirar o pau-brasil, em troca de ferramentas, presentes e enfeites, de que muito gostavam. Os piratas enchiam as naus de madeira cor de brasa, algodão, óleos vegetais e animais nativos e vendiam no comércio europeu.
O contrabando de pau-brasil tornou-se palco de luta, guerra e morte. Setenta e quatro anos depois do descobrimento do Brasil, era tão forte o núcleo francês-potiguara que em 1574, levaram a efeito uma macabra incursão ao Engenho Tracunhaém no território de Pernambuco, com tal surpresas perversidade que tudo reduziam a cinzas, atearam fogo nos canaviais, mataram os animais de serviço e exterminaram mais de 500 pessoas moradores do engenho, inclusive o proprietário Diogo Dias, foi sacrificado com toda a família.
A Paraíba não foi logo constituída em capitania. O seu território em 1534 pertencia à capitania de Itamaracá. Ia da foz do Rio Santa Cruz, hoje Igaraçu, até a Baía da Traição. Cobria assim, todo o território do atual Estado da Paraíba. Essa capitania foi doada a Pero Lopes de Sousa, com sua morte os franceses e potiguares tinham multiplicado sua ação de domínio, inclusive com audacioso avanço ao Engenho Tracunhaém, o rei de Portugal D. Sebastião assombrado com os acontecimentos e para assegurar a tranquilidade dos habitantes de Itamaracá e Olinda, resolveu criar a Capitania Real da Paraíba, em 1574, compreendendo parte das terras da capitania de Itamaracá. Chamou-se capitania da Coroa porque foi conquistada com dinheiro e soldados do Estado independente e administrada por Governadores nomeados pelo Rei.
A conquista da Paraíba vinha constituindo um problema sério para os portugueses, as primeiras tentativas foram frustradas e a terra continuou entregue ao próprio destino. O rei de Portugal sabedor da grande mortandade efetuada pelos mamelucos e índios, resolve tomar as devidas providencias receosos de que os franceses não viessem tomar conta da Paraíba e ordena ao governador geral do Brasil Luís de Brito e Almeida efetuar a conquista e povoamento.
Em 1574 realizou-se a primeira tentativa de conquista. O governador Luís de Brito ordena a Fernão da Silva, ouvidor Geral e Provedor-Mor da Fazenda ara que viesse ocupar a Paraíba. Organiza a expedição com elementos de que pode dispor, e toma posse da terra, mas não pode manter a conquista, pois indígenas e franceses se levantaram em tão grande número que ele teve de fugir sacrificando parte de sua expedição. 1575 segunda tentativa quando o governador Luís de Brito em face ao fracasso de Fernão da Silva, para a conquista da Paraíba, resolve ele mesmo faze-la. Devidamente aparelhado, dispondo de uma frota considerável e de tropas numerosas e bem organizadas, embarcou para Paraíba, porem fortes temporais dispersaram a frota, que regressou a Bahia sem ter atingido o ponto desejado. 1579 terceira tentativa João Tavares, Juiz de Órgãos e Escrivão da Câmara de Olinda lançou os fundamentos de uma povoação a margem do rio Paraíba, construiu um fortim de madeira na ilha da Camboa hoje chamada Restinga. Por falta de auxílio dos portugueses não pode continuar sua ação de conquista regressando a Pernambuco.
Em 1580 chega a Pernambuco Frutuoso Barbosa, rico proprietário e comerciante de pau-brasil, conseguira do governo a nomeação de Capitão-mor da Paraíba por espaço de dez anos, obrigando-se a realizar sua conquista. Organiza uma poderosa expedição e se dispões a combater os selvagens, porém um temporal destroçou a armada e retrocederam-na a Lisboa de onde depois de recomposta retornou a Pernambuco. Nesse mesmo ano, não esmorecendo com aquele infortúnio que lhe roubara a esposa, e cheio de coragem e talvez guiado pelo interesse Frutuoso volta a sua empresa, reforça suas tropas e segue por mar enquanto o Capitão Simão Rodrigues Cardoso vinha por terra com a legião de voluntários. Na foz do Paraíba, aprisionou Frutuoso cinco naus francesas carregadas de pau-brasil. Mas enquanto esperava ali pelas forças da terra, uma cilada do gentio vem atacar sua gente perdendo quarenta homens de sua força inclusive seu filho, fato que o deixou profundamente aflito e impressionado.
Frutuoso, depois de transferir a colônia da Camboa para Cabedelo, procurou fortificar-se ao norte, mas insuflado pelo inimigo se viu obrigado a retirar-se para Pernambuco e pedir socorro a Manuel Teles Barreto governador geral do Brasil. Coincidiu a sua chegada a Bahia com o aparecimento de uma poderosa esquadra comandada por Diogo Flores Valdez (General Espanhol) a busca de provisões, o governador consegue a ajuda do general auxiliado por Martim Leitão, Martins de Carvalho e Dom Felipe Moura, chegando em Pernambuco reuniram-se em Conselho e combinaram o plano de conquista. A Paraíba é cercada por terra e por mar. Na Barra do Rio Paraíba, Valdez aprisionou naus francesas ateando fogo as mercadorias, enquanto o restante da força por terra combatia os índios. Tratou Diogo Flores de escolher o local para construção de forte, ponto de apoio pra novas conquistas. Defronte a Cabedelo foi erguido o forte com o nome de São Felipe ou São Tiago (Forte Velho).
Logo depois Flores retirava-se com suas tropas nomeando diretor do Forte Francisco Castrejon e Frutuoso incumbido de governar a capitania. As desinteligências entre os dirigentes do forte impediram o progresso da recente colônia, que já não podia oferecer aos inimigos a necessária resistência. Passou o forte, a ser alvo de insistentes agressões dos selvagens açulados pelos franceses. Castrejon não resistindo as hostilidades dos selvagens e franceses abandona o forte vai para Pernambuco onde é preso e remetido para Espanha. Enquanto ele partia os índios tratavam-se de organizar resistência e uniram a tribos tabajaras e potiguares, porém um imprevisto deu-se o rompimento do chefe Tabajara com o chefe Potiguar, perseguido pelo inimigo Piragibe pede socorro a Pernambuco, e foi nesse momento de desarmonia que Martim Leitão, habilmente soube aproveitar-se mandando propor a paz a Piragibe, o emissário foi o Capitão João Tavares, o acordo foi celebrado numa colina, as margens do Rio Sanhauá, começaram a expulsar o invasor.
Era 05 de agosto de 1585 dia consagrado a Nossa Senhora das Neves, realizava-se nesta data a conquista definitiva da Paraíba. Estava o convênio celebrado feita assim a Aliança forte contra Potiguar e Tapuia, inimigos poderosos do litoral, contrários e hostis a conquista da civilização. Efetuada a conquista da Paraíba, Martim Leitão, tomou providencias para que desde logo se fundasse a colônia que mais tarde deveria se tornar uma cidade próspera.
A fundação recuou do litoral e situou-se numa colina, a margem do Sanhauá, afluente do Paraíba, a quarenta e cinco metros de altitude, no sentido leste-oeste. Foi vista por Frei Vicente Salvador como “uma planície de mais de meio légua, muito chão e toda cercada de água”. Estabelecidas as pazes entre portugueses e o cacique dos Tabajaras Piragibe, a 05 de agosto de 1585, João Tavares escolheu o local para a construção de um forte sob a direção do oficial alemão Cristóvão Lins como meio de defesa da cidade. No alto da colina foi construída a capela de Nossa Senhora das Neves que seria a padroeira da cidade e lhe daria o primeiro nome.
A data exata da origem é 04 de novembro de 1585, o mestre construtor das obras foi Manuel Fernandes designado para dirigir as novas edificações em projeto. A cidade recebeu o nome de Filipéia de Nossa Senhora das Neves em homenagem a Filipe II rei de Espanha e Portugal. Sob o domínio holandês denominou-se Frederica, em homenagem ao príncipe de Orange. Restabelecida a soberania portuguesa foi chamada Paraíba, finalmente em 1930 recebe o nome de João Pessoa por Decreto assinado por Dr. Álvaro de Carvalho pai do ilustre governador barbaramente assassinado no Recife. Vale ressaltar com profundo reconhecimento três figuras importantes que se sobressaíram na história da conquista e civilização da Paraíba. Merece comentários especiais o nome de Martim Leitão, combatente indomável dos franceses e potiguares, verdadeiro conquistador e fundador da Paraíba. Destacando-se também seu auxiliar João Tavares, primeiro capitão-mor, incansável administrador, fundou engenhos, desenvolveu a agricultura, instituiu prêmios de vinte mil reis a quem empreendesse construções, fundou a Santa Casa de Misericórdia, contribuiu bastante para o desenvolvimento da cidade. Em 1586 inicia-se a obra de catequese e civilização confiado aos jesuítas que vieram na expedição de Martim Leitão, eles construíram a capela de São Gonçalo e a aldeia Braço de Peixe.
A freguesia de Nossa Senhora das Neves foi criada nesse ano e o seu primeiro vigário foi o Pe. João Sarlém dos Santos. Outras ordens religiosas tais como carmelitas, beneditinos e franciscanos vieram a Paraíba com o objetivo de fundarem conventos. O primeiro convento foi o de Santo Antônio fundado pelo Pe. Custódio Melchior da Santa Catarina, o Convento do Carmo fundado por Francisco S. Boaventura, o mosteiro de São Bento por Frei Damião da Fonseca e o convento de São Francisco por Frei Antônio do Campo Maior.
O estilo é barroco romano, atualmente pertence ao Estado onde funciona o Museu de Arte Sacra, com um acervo de mais de dez mil peças. Esta ordem cronológica nos dá uma informação precisa dos primeiros governantes da Paraíba, que de uma ou de outra maneira, contribuíram para o progresso e desenvolvimento da nossa Paraíba 1585 a comitiva do interior da Paraíba não excedeu a serra de Copaoba, limite das excursões chefiadas por Martim Leitão e João Tavares, no combate contra franceses e potiguares. Após a expulsão dos holandeses da Paraíba é que, na realidade, começaram explorações do interior. A conquista do sertão foi bastante lenta, pois os governadores das capitanias se ocupavam com a colonização do litoral e por muitos anos as Entradas tiveram a serra de Capaoba como limite. Os holandeses também fizeram explorações pelo interior, indo Elias Herckman até a serra (hoje cidade de Areia). Entretanto nada lograram dessa entrada. A primeira entrada paraibana visando escravizar índios e explorar minas, foi a de Pedro Coelho de Sousa, cunhado de Frutuoso Barbosa, obtendo permissão do governo geral partiu com 65 soldados, entre os quais Martins Soares Moreno, o célebre herói de Iracema, o ponto de reunião dos exploradores foi o rio Jaguaribe, essa bandeira chegou até serra de Ibiapina, era intenção de Pedro Coelho ir até o Maranhão, porém seus soldados protestaram contra seu desejo. Impossibilitado de levar avante sua conquista por falta de recursos financeiros, regressa a Paraíba.
Outras Entradas se efetuaram após essa, como as de Feliciano Coelho, Duarte Gomes da Silveira e do Alcaide Manuel Rodrigues. Os bandeirantes paulistas que vinham do sul do país, penetraram até o Piauí. Afirma-se que os mesmos demoraram no interior da Paraíba, tendo Domingos Jorge Velho, fundado Piancó e estabelecido muitos currais de gado. Não há dúvida que foi a família Oliveira Ledo, da casa da Torre da Bahia quem levou a efeito a conquista do interior paraibano, partindo das margens do rio São Francisco atingiu o sertão da Paraíba chegando a Boqueirão, onde estabeleceu o primeiro núcleo colonial do Cariri. Era chefe da expedição Antônio de Oliveira Ledo, que foi substituído pelo seu sobrinho Teodósio de Oliveira Ledo mais célebre e ousado conquistador do sertão paraibano.
Do Boqueirão estendeu-se a conquista por todo alto sertão da Paraíba, tendo Teodósio recebido o título de capitão-mor de Piranhas e Piancó. A ele deve-se a fundação de Campina Grande que teve como origem o aldeamento dos ariús que tinha por principal chefe um indígena chamado Cavalcanti, que prestou relevantes serviços aos conquistadores. O rigor com que os bandeirantes tratavam os índios determinou a grande reação destes, havendo muitas lutas que receberam o nome de “Guerra dos Cariris”. Esta tribo aliou-se aos Açus do Rio Grande do Norte, aos Sucurus, Panatis, Coremas, os Pegas, Icós do Ceará, empenhando-se numa luta de morte contra o conquistador Oliveira Ledo.
A Paraíba auxiliou as capitanias atacadas, a guerra foi feroz, mas os indígenas foram vencidos. Em consequência dessa guerra Teodósio Oliveira Ledo leva a conquista além da Borborema, chegando até Pombal onde constituiu uma povoação. Os indígenas procuram-se se restabelecer no alto sertão, iniciou-se uma luta sem trégua, o governo geral mandou a Paraíba o Coronel Manoel Araújo, fazendeiro nas margens do São Francisco com auxílio dos colonos dirigidos por Teodósio, a guerra durou alguns anos, depois foi assinada a paz entre os Coremas e Manoel de Araújo, é considerado o verdadeiro colonizador de Piancó.

Américo Vespúcio

Atribui-se a Américo Vespúcio a descoberta da Paraíba em 1501. Por essa época o famoso navegante havia se desligado dos serviços da Espanha, passando a servir a Portugal, tempo em que iniciou uma série de escalas no novo domínio dos portugueses.
Américo Vespúcio depois de “completar a exploração das Antilhas e foz do Amazonas ou do Orinoco”, velejou com sua esquadra pela costa brasileira, ancorando naquele ano de 1501, em frente à Baía de Acejutibiró, depois chamada de baía da Traição, epíteto dado pelo próprio Vespúcio quando viu de bordo da nau capitânia o trucidamento de alguns dos seus marujos mandados a terra com o intuito de dialogar com os índios, que à distancia pareciam pacíficos. Conta Américo Vespúcio em uma das suas cartas que um dos marujos em terra atraído por belas mulheres índias, uma das quais munida de grosso pau atingiu traiçoeiramente a cabeça do marinheiro e que só então apareceram os selvícolas para concluir a matança.
Esta versão não é aceita por Horácio de Almeida. No entanto, o antropólogo holandês Franz Moonen assinala, a propósito, que não se sabe a origem do nome Baía da Traição, no litoral do Estado da Paraíba. Segundo alguns, foi porque os índios Potiguara, em 1501 teriam matado ali três marinheiros da esquadra de Américo Vespúcio, um dos quais devoraram traiçoeiramente à vista de todo mundo. Muito embora comprovado historicamente através da LETTERA - carta em que o navegador Américo Vespúcio conta a Dom Manuel, Rei de Portugal, tudo o que ali presenciou. Essa versão tem sido objeto de controvérsia entre nossos pesquisadores.
Segundo outros, porque os índios mataram traiçoeiramente alguns náufragos espanhóis e portugueses.

Os heróis da conquista

Martim leitão: “Fundador da cidade da Paraíba, na antiga colônia denominada de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, por alvará de 29 de dezembro de 1585. Como ouvidor geral, partir de Olinda para isso, à frente de grande número de índios, padres da Companhia de Jesus, família e praças. Chegou à Paraíba, a 29 de agosto daquele ano, escolheu uma colina, a 18 quilômetro da foz do rio Paraíba, para a fundação definitiva da cidade, a que deu, então, o nome de Filipéia, em honra a D. Felipe II”.
João Tavares: “Foi o primeiro governador da Paraíba, havendo tomado posse em 1585. Homem do povo, de grande valor na história da Paraíba, intrépido e valoroso soldado, cujo nobre ideal, ao último quartel do século do descobrimento do Brasil, era conversão dos aborígenes à civilização”.
Frutuoso Barbosa: “Nomeado capitão-mor da Paraíba, a 25 de janeiro de 1579, só tomou posse em 1582. Mercador lusitano muito e rico, inebriado pela opulência, ávido de grandezas e fortuna como João Tavares e Feliciano Coelho, concorreu, poderosamente para a conquista do Paraíba, feito este que só se realizou a 5 de agosto de 1585. Chegou a enfrentar Pernambuco em 1579, com a concessão que tivera, por um decênio, da Capitania da Paraíba, com obrigação de a conquistar aos gentios. Demorou-se na barra uns dez dias, acossado por um forte temporal, que o obrigou a arribar às índias, com avultados prejuízos. Voltou, depois, a Portugal, de onde, novamente partiu em 1582, autorizado por D. Filipe a prosseguir na conquista. Auxiliado pelo governo de Olinda. Chegou, onde ali encontrou, assenhorando-se, então do Posto. Animados pela facilidade da vitória, os homens de Frutuoso baixaram à terra sem as devidas precauções táticas, sendo, então, atacados pelos indígenas que deixaram mortos no campo quarenta e três homens, inclusive o filho do próprio Frutuoso Barbosa. Acabrunhado com esse adverso feito de armas, retirou-se Frutuoso Barbosa barra afora, logo depois”.
Duarte Gomes da Silveira: “Senhor de engenho e rico lavrador da Paraíba. Construiu dois engenhos: o de Nossa Senhora da Ajuda (Velho) e Santo Antônio (Novo), à margem esquerda do rio Paraíba. Generoso e patriota, oferecia a cada construtor da cidade da Paraíba, do seu próprio bolso, dez ou vinte mil réis: dez, para o construtor de cada prédio térreo; e vinte, para o construtor de sobrado. Por muitos anos, assim procedeu, apenas, visando ao desenvolvimento da cidade.
Elias Herckman informa que a igreja da Misericórdia tem servido de Matriz e que Duarte Gomes da Silveira a construiu às suas custas, assim como tem promovido a edificação da cidade, auxiliando com dinheiro a muitos moradores que desejavam construir casas, sem dispor de dinheiro para as despesas.
História - Derivada : Waldemar Duarte; 1991.
Capítulos de História da paraíba - coord. José Octávio de Arruda Melo; Grafset; 1987.
Anotações para a História da Paraíba - Reinaldo de Oliveira sobrinho; Ideia; 2006.

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