Assim como as estrelas e os demais planetas, a Terra tem um formato esférico. No entanto, ela não é uma esfera perfeita, pois apresenta um ligeiro achatamento nos polos e irregularidades em sua superfície.
Como vimos, segundo a teoria do big bang, inicialmente a Terra se formou a temperaturas extremamente elevadas. A parte externa da Terra foi se solidificando aos poucos, à medida que o planeta esfriava. Internamente, porém, ainda há materiais com elevadas temperaturas e pressões, em diferentes estados físicos.
Teoria da deriva continental
Com o passar do tempo geológico, muita coisa mudou, inclusive a disposição dos continentes. A denominada teoria da deriva continental foi proposta pelo cientista alemão Alfred Wegener, no início do século XIX. Ele percebeu a possibilidade de que a costa da América do Sul tivesse sido encaixada à costa do continente africano em um passado remoto.
De acordo com essa teoria, todos os continentes já formaram uma única e extensa massa de terras emersas, a Pangeia. Analise as representações.
Teoria da tectônica global
Quando Wegener propôs a teoria da deriva continental, no século XIX, as propriedades das camadas que compõem a estrutura da Terra ainda não eram totalmente conhecidas, de modo que não foi possível comprovar a razão de os continentes se movimentarem.
Isso só ocorreu com a teoria da tectônica global, proposta por diferentes cientistas já na segunda metade do século XX, quando o solo do oceano Atlântico foi mapeado.
A composição de imagens de satélite mostra a Terra vista do espaço sideral. Nela, foi traçada uma linha que representa uma cordilheira submarina chamada Dorsal Mesoatlântica, que se estende pelo solo do Atlântico de sul a norte. Ao norte está localizado um conjunto de ilhas que abriga um país denominado Islândia. Essas ilhas têm origem na Dorsal Mesoatlântica, o que significa que, à medida que o tempo passa e o solo oceânico se expande, o território do país também aumenta lentamente.
Com a informação de que há uma cordilheira submarina no solo do oceano Atlântico, foi possível considerar que de fato a América esteve, e ainda está, se afastando lentamente da Europa e da África. Assim, chegou-se a um consenso de que os blocos continentais e de solo oceânico estão fixos em grandes placas de rocha denominadas placas tectônicas. Quando se descobriram zonas de subducção, tudo ficou mais claro: enquanto o solo oceânico do Atlântico se expande, em outros locais da superfície terrestre as placas tectônicas mergulham de volta para o interior do planeta.
Movimentos das placas tectônicas
As placas tectônicas estão em constante movimentação, especialmente em função do movimento de convecção do magma no manto. Parte desse magma extravasa para a superfície por diferentes razões, por exemplo quando o magma encontra uma fissura na crosta. Em todo tipo de movimentação dessas placas são geradas atividades sísmicas – os terremotos – e erupções vulcânicas.
Um dos principais resultados dos movimentos das placas tectônicas é a formação de cadeias montanhosas. As montanhas podem se formar por diferentes processos: quando as placas tectônicas se afastam, por exemplo, o magma emerge e se resfria, solidificando-se e formando montanhas. No entanto, quando as placas tectônicas se encontram, uma submerge em uma zona de subducção, enquanto a outra se dobra. Esse processo também dá origem a cadeias de montanhas.
Quando a placa mergulha novamente no manto, suas rochas são aquecidas e elas voltam a fazer parte do magma. Quando as placas deslizam lateralmente, provocam, como as demais movimentações de placas tectônicas, grandes terremotos.
Você viu que, com a movimentação das placas tectônicas, são geradas atividades sísmicas e erupções vulcânicas. A população que vive longe das bordas das placas tectônicas dificilmente sente os efeitos dos terremotos que ali ocorrem. Analise o mapa das placas tectônicas e a direção na qual elas se deslocam.
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