sexta-feira, 19 de julho de 2024

Climas da Terra: ritmos e mudanças

Atmosfera, tempo e clima

A atmosfera – termo originado da junção de duas palavras gregas, atmós (vapor) e sphaira (esfera) – tem outras funções importantes, como a retenção do calor necessário para que tenhamos temperaturas adequadas à nossa sobrevivência e proteção contra raios solares nocivos à espécie humana.

O gás oxigênio – vital para a sobrevivência de muitas espécies, incluindo a humana – é um dos elementos existentes na atmosfera terrestre.

As camadas da atmosfera

A Terra apresenta camadas internas em sua estrutura litosférica. Cada uma dessas camadas tem características próprias e funções determinantes para a dinâmica do planeta. O mesmo ocorre com a atmosfera terrestre. Ela também pode ser dividida em camadas que revelam características particulares e funções variadas.

A atmosfera terrestre é o envoltório gasoso que recobre o planeta. Com uma espessura aproximada de 1 000 km, é divida em diferentes camadas: troposfera, estratosferamesosfera, termosfera e exosfera. O maior volume de gases concentra-se na troposfera: uma faixa entre 0 e 12 quilômetros acima da superfície terrestre. É na troposfera que ocorrem fenômenos meteorológicos, como chuvas, raios e furacões, entre outros.

Composição da atmosfera

Apesar de a Terra não ser o único planeta envolvido por uma atmosfera, ela revela características especiais que proporcionam a existência de diversas formas de vida.

O oxigênio, como vimos, é fundamental para o processo de respiração de quase todos os seres vivos na Terra. Ele está presente em uma proporção de 20,95% no ar. Já o gás que está em maior abundância na atmosfera terrestre é o nitrogênio (78,08%), que está associado, em especial, ao crescimento e ao desenvolvimento das plantas. Além disso, também são encontrados outros gases na atmosfera, porém em menores proporções, como argônio, gás carbônico e vapor de água, entre outros. Alguns gases são responsáveis pela retenção do calor na atmosfera, fator fundamental para a manutenção da vida na Terra.

Conhecidos como gases de efeito estufa, os principais são dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e vapor de água. É possível dizer que o clima é a sucessão de tempos meteorológicos mais habituais que ocorrem em um lugar e que acabam por caracterizar determinada época do ano como mais fria ou mais quente, mais seca ou mais chuvosa, com mais ventos ou mais brisa, e assim por diante.

O efeito estufa

O efeito estufa é um fenômeno natural que ocorre por meio da retenção de parte do calor emitido pelos raios solares (radiação solar) por gases presentes na atmosfera. Sem ele, a temperatura média no planeta seria em torno de 18 °C negativos. Em razão do efeito estufa, a temperatura média na superfície terrestre é de 15 °C, ou seja, 33 °C superior ao que seria, caso esse fenômeno não existisse.

Porém, com a intensificação na emissão de gases poluentes na camada atmosférica no século XX, a maior retenção da radiação solar vem ampliando a temperatura média do planeta em uma velocidade apontada por alguns estudiosos do clima como perigosa para a diversidade da vida na Terra.

Durante o processo de efeito estufa, parte da radiação solar é refletida pela atmosfera e retorna ao espaço, enquanto outra consegue ultrapassar a atmosfera e atingir a superfície do planeta. Da mesma forma que ocorre em uma estufa de plantas, o calor gerado é parcialmente armazenado e mantém uma temperatura média mais elevada do que seria sem esse fenômeno.

O CLIMA E O TEMPO ATMOSFÉRICO


Apesar de os termos “tempo” e “clima” serem muitas vezes utilizados como sinônimos por algumas pessoas, eles têm significados diferentes. O tempo atmosférico corresponde a uma situação momentânea e transitória da atmosfera, com mudanças diárias e até mesmo horárias. 

O tempo atmosférico é o estado momentâneo da atmosfera em determinado local da superfície terrestre.Por exemplo, um dia pode começar ensolarado e quente, mas, no seu decorrer, ficar frio e chuvoso.

Já o clima é baseado nos padrões de repetição do tempo atmosférico, revelados por muitos anos de observações e registros de diversos elementos, como volume de chuvas e temperatura. Trata-se, portanto, de um período mais longo que o do tempo atmosférico.

Para caracterizar o clima de uma região, analisam-se cartas meteorológicas, gráficos de temperaturas e índices de chuva da mesma área em diferentes momentos.

A previsão do tempo

Ao longo dos séculos, as sociedades notaram a existência de padrões de tempo atmosférico que se repetem, o que chamamos de clima. O meteorologista é o profissional que estuda a atmosfera e os fenômenos que nela ocorrem. Usando instrumentos como a biruta, o termômetro, o barômetro, entre outros, ele colhe e analisa dados da atmosfera para prever o tempo.

As informações meteorológicas também podem ser colhidas na superfície dos oceanos, com a ajuda de boias, e no ar, com o uso de sondas levadas por balões e por aviões de reconhecimento.

A partir da década de 1950, satélites artificiais passaram a ser lançados na órbita da Terra. Por causa desses satélites, hoje é possível obter imagens, dados climáticos, entre muitas outras informações meteorológicas.

Elementos do clima

O clima tem elementos atmosféricos possíveis de serem calculados e medidos. O estudo e a análise deles por longos períodos facilitam o entendimento da evolução do ritmo climático. Podemos citar como principais elementos do clima a temperatura, a umidade do ar e a pressão atmosférica.

Influenciados pela diversidade geográfica, eles se apresentam por meio dos ventos, das precipitações, das formações de nuvens e das ondas de calor ou frio, entre outros fatores.

Os tipos de nuvens

Uma das formas de prever o tempo é analisar o formato das nuvens. As nuvens são formadas quando o vapor-d’água entra em contato com as camadas frias do ar. Ao acontecer isso, ele se condensa, formando nuvens. Estas são compostas, principalmente, de uma enorme quantidade de gotículas de água ou cristais de gelo. Elas podem ter aparências diversas, dependendo da altitude e da camada da atmosfera em que se formam, da temperatura e dos ventos.

A temperatura e a radiação solar

O calor da energia solar que chega até a Terra altera o regime das precipitações (chuva, garoa, neblina, neve e granizo), a temperatura e a circulação das massas de ar na atmosfera.

Cada camada da atmosfera tem uma composição única de gases, o que interfere na absorção da radiação solar. Por isso, apenas uma porção da luz solar chega à superfície da Terra, enquanto parte dela volta para a atmosfera em forma de calor. No entanto, mesmo quando a radiação solar não incide no planeta, as temperaturas se mantêm relativamente estáveis por causa dos gases da atmosfera que retêm parte do calor.

Temperatura do ar

A temperatura do ar – expressa no Brasil por graus Celsius (°C) – revela o nível de calor atmosférico, gerado em especial pela radiação solar. Além deste, há outros fatores que influenciam a temperatura, como a existência de vegetação (ou a ausência dela), a altitude, o relevo e a latitude. Enquanto determinados locais apresentam grandes variações de temperatura em um mesmo dia, outros podem sofrer pouca variação. A diferença entre a temperatura máxima e a mínima em determinado local em um período de tempo é denominada amplitude térmica.

Umidade atmosférica

A umidade atmosférica é o volume de vapor de água presente no ar. Locais mais próximos ao mar, aos rios, aos lagos e a áreas com vegetação densa apresentam, em geral, maiores indicadores de umidade. 

Chamamos a quantidade de vapor-d’água retida no ar de umidade. Ela se origina na superfície terrestre pela evaporação e transpiração da água. A umidade do ar varia de um lugar para outro, sendo maior em localidades quentes e menor em localidades frias. Também diminui conforme a altitude aumenta.

A evaporação e evapotranspiração são fenômenos que influenciam diretamente essa umidade do ar. Eles são responsáveis pelas partículas de vapor de água em suspensão na atmosfera. Há uma capacidade máxima suportada de retenção desse vapor no ar, denominada ponto de saturação atmosférica. Quando esse limite é atingido ocorre a precipitação, ou seja, o vapor de água entra em condensação e a água retorna à superfície terrestre em estado líquido.

As precipitações atmosféricas

Precipitação é o retorno do vapor-d’água presente na atmosfera à superfície terrestre em estado sólido ou líquido. Existem diferentes tipos de precipitação atmosférica, como a chuva, a neve, o granizo, o orvalho e a geada.

A neve é um tipo de precipitação que ocorre quando as temperaturas estão abaixo de 0 °C. Por causa do frio intenso, o vapor de água das nuvens congela e cai em forma de flocos de gelo.

Já as chuvas de granizo acontecem com o congelamento das gotículas de água existentes nas nuvens do tipo cúmulo-nimbo. Quando uma camada de ar mais frio encontra uma nuvem, há o congelamento dessas gotículas, que se precipitam na forma de granizo.

De acordo com as condições ambientais locais, como relevo ou movimentação e direção do ar quente e frio, as chuvas podem ser classificadas em três tipos: de convecção, frontal, ou ciclônica, e orográfica.

A chuva de convecção, em geral, é rápida e de curta duração. Ocorre em razão da diferença de temperatura entre o ar próximo ao solo, que aquece, sobe rapidamente e se condensa, e o ar frio das camadas superiores, que desce. Por ser mais comum em dias quentes, a chuva de convecção é também conhecida como “chuva de verão”.

A chuva frontal ou ciclônica é causada pelo ar quente que invade o ar frio, e vice-versa. O ar quente é forçado para cima, provocando precipitações de longa duração sobre áreas extensas. Esse tipo de chuva é predominante em áreas temperadas, subtropicais e tropicais. 

A chuva orográfica é causada pelo ar úmido forçado para cima por uma barreira física, como as montanhas de uma linha costeira (por exemplo, a Serra do Mar). A chuva orográfica é provocada pelo relevo, que faz com que o ar se eleve para poder ultrapassá-lo. Ao ascender, o ar se resfria e o vapor-d’água se condensa, favorecendo a formação de nuvens e chuvas. As áreas onde acontece esse tipo de chuva são as vertentes de morros e as cadeias montanhosas.

A circulação atmosférica e os ventos

A atmosfera está em constante movimento. O ar movimenta-se do ponto onde a pressão atmosférica é mais alta para o ponto onde ela é mais baixa, sempre buscando um equilíbrio; assim, quanto maior for a diferença de pressão, maior será a velocidade do vento.

O movimento de rotação da Terra também influencia a dinâmica dos ventos, uma vez que, ao girar de oeste para leste, desvia as correntes de ar. Isso determina, de maneira geral, para que direções os ventos se movimentarão.

As áreas de maior pressão estão nos polos e no entorno das zonas temperadas. Já as áreas de menor pressão estão no entorno da linha do equador, nas zonas tropicais. Isso ocorre porque o ar frio é mais denso e pesado (as moléculas estão mais próximas umas das outras), enquanto o ar quente é mais leve e tende a se elevar (as moléculas estão mais distantes umas das outras).

As brisas são ventos fracos, como os que sopram do mar para a terra, durante o dia, e da terra para o mar, durante a noite. Isso ocorre por causa da diferença de temperatura e pressão das terras emersas e dos oceanos.

As massas de ar

As massas de ar são grandes porções de ar que se formam em áreas que permitem que o ar se acumule, repouse ou se mova lentamente. Elas conservam as características de temperatura, umidade e pressão atmosférica da região de onde se originam.

Desse modo, uma massa de ar que se forma sobre a região equatorial, por exemplo, apresenta características desse ambiente: temperatura alta e grande umidade.

Ao se deslocar, a massa de ar vai perdendo, aos poucos, suas características originais. Assim, uma massa de ar quente e úmida, formada próximo à linha do equador, perde calor e umidade à medida que se dirige para áreas mais frias e tende a deixar o tempo quente e chuvoso por onde passa.

As massas de ar influenciam diretamente as condições do tempo atmosférico das áreas por onde se deslocam.

Pressão atmosférica

A maior parte dos gases atmosféricos se encontra na troposfera? Isso ocorre por causa do efeito da gravidade, que atrai a maior parte das moléculas de ar em direção ao centro do planeta, acumulando-as nessa faixa da atmosfera. O peso que essas moléculas de ar realizam sobre a superfície terrestre é o que chamamos pressão atmosférica.

Quanto menor for a altitude do relevo terrestre, maior será a coluna de ar e maior será o peso sobre essa área. À medida que o relevo se torna mais elevado, a coluna de ar diminui, reduzindo a pressão e o peso sobre as moléculas, tornando a pressão atmosférica menor nesses locais.

As características das massas de ar

Massas de ar continentais: originam-se na porção continental do planeta. Têm como principal característica a baixa umidade.

Massas de ar marítimas: originam-se nos mares e oceanos. Diferentemente das massas de ar continentais, elas apresentam umidade elevada.

Massas de ar Tropicais: originam-se nas zonas tropicais do globo, ou seja, entre os trópicos. Podem ser do tipo Tropical continental, que tem como característica a temperatura elevada e a baixa umidade, ou Tropical marítima, que se caracteriza por temperaturas mais amenas e alta umidade.

Massas Ártica e Antártica: originam-se nas regiões do Ártico e da Antártida. Sua principal característica é a baixa temperatura. Ocorrem mais comumente durante o inverno.

Massas Polares: originam-se nos polos e podem ser classificadas em Polar continental, com baixa temperatura e baixa umidade, ou Polar marítima, com baixa temperatura e alta umidade.

Massas Equatoriais: originam-se nas áreas da linha do equador. Têm como principal característica a alta temperatura.

Os tornados e os furacões

Os tornados e os furacões são formas extremas de ventos circulares excepcionalmente fortes, que provocam chuvas torrenciais.

No caso do tornado, o vento e a chuva giram numa espiral ascendente, como uma coluna de ar em violenta rotação em contato com a superfície do solo. O tornado desloca-se, geralmente, a uma velocidade de 30 km/h a 60 km/h. Já a velocidade do vento pode ultrapassar 300 km/h na base da espiral e ter a duração de minutos. Esses ventos causam destruição apenas na área sobre a qual o tornado passa (diâmetro máximo de 1 km). As áreas vizinhas não são atingidas.

Os furacões geralmente se formam nos oceanos tropicais, como tempestades caracterizadas por ventos ciclônicos, que podem atingir mais de 300 km/h. Eles se deslocam formando uma espiral no meio da qual há um “olho”, cercado por ventos fortes e chuvas. Eles podem durar até uma semana. A intensidade de um furacão é medida com base em sua velocidade e em sua capacidade de causar danos.

OS FATORES CLIMÁTICOS

Como verificamos, alguns elementos climáticos, como temperatura, pressão, umidade e vento, apresentam variações que determinam as diferentes características dos climas da Terra. Essas variações são provocadas por fatores climáticos, como latitude, altitude, continentalidade e maritimidade.

Em geral, é possível associar as médias de temperatura de um local à sua posição no planeta – são as zonas climáticas. A distribuição da radiação solar varia conforme a latitude: na área entre os trópicos, os raios solares atingem verticalmente a Terra; já nos polos, eles chegam ao nosso planeta de forma bem mais inclinada, distribuindo-se por uma área maior. Assim, quanto mais elevada a latitude, menores são as temperaturas médias.

Nas áreas continentais, longe dos oceanos, o ambiente tende a apresentar maior amplitude térmica, ou seja, maior diferença de temperatura atmosférica no mesmo dia ou em outro período. Chamamos esse fenômeno de continentalidade. Ela ocorre porque áreas continentais perdem energia mais rapidamente que os oceanos, que conservam o calor por muito mais tempo e atuam como reguladores de temperatura.

De maneira inversa, as áreas costeiras sofrem o efeito da maritimidade, o que significa que apresentam maior umidade e menor variação de temperatura. Outro fator climático são as correntes marítimas. A água dos oceanos não está parada e tem temperaturas diferentes. 

As correntes marítimas correspondem ao movimento das massas de água oceânica, podendo ser quentes ou frias. As regiões litorâneas afetadas por correntes quentes registram temperaturas um pouco mais elevadas e índices pluviométricos altos, enquanto as áreas afetadas por correntes frias têm temperaturas e umidade do ar mais baixas, o que pode, até mesmo, ocasionar climas desérticos.

Tipos de climas

O planeta Terra possui grande variedade climática, cujos fatores apresentados no capítulo anterior explicam o porquê de tanta diversidade. Assim, é possível identificarmos características de temperatura, umidade do ar e precipitação, variando de uma localidade a outra do globo.

Com o objetivo de agrupar padrões climáticos, surgem as classificações do clima. Uma das mais utilizadas é a classificação de Köppen, desenvolvido pelo climatologista e botânico alemão Wladimir Köppen (1846-1940), apresentada no ano de 1900. Essa classificação tem como base os registros de temperatura e precipitação. Esses dois elementos climáticos afetam diretamente a formação das paisagens naturais, em especial a vegetação e o solo, diante disso, é possível afirmar que há uma relação direta entre as variações climáticas com as formações vegetais do planeta.

Principais climas da Terra

Sobre a superfície terrestre atuam diferentes tipos de clima, com particularidades próprias. O estudo dessas particularidades levou os climatologistas a identificar a existência de dez tipos principais de clima em nosso planeta.

Clima Equatorial

O clima Equatorial apresenta alta insolação durante todo o período do ano. Isso ocorre pela localização geográfica, que se estende por baixas latitudes, nas proximidades da linha do equador.
Com altas temperaturas (média de 25 °C), baixa amplitude térmica diária (variação de 2 °C a 3 °C) e elevado índice pluviométrico anual (variando entre 1 500 mm e 3 000 mm), a região dominada por esse tipo climático apresenta floresta densa e com alta biodiversidade.

Clima Tropical

Como o próprio nome sugere, o clima Tropical atua nas proximidades dos trópicos de Câncer e Capricórnio, exceto onde há um domínio de desertos quentes, regiões semiáridas e áreas montanhosas. Nas localidades continentais, atuam massas de ar quentes e secas. Já nas porções litorâneas e oceânicas, nota-se a atuação das massas quentes e úmidas.
Com temperaturas médias elevadas (cerca de 20 °C), porém menores que no clima Equatorial, e índice pluviométrico variando entre 1 000 mm nas áreas mais continentais e 2 000 mm nas regiões litorâneas, o clima Tropical apresenta um verão quente e chuvoso e um inverno frio e seco nas porções mais interioranas.
Na faixa costeira, onde atuam as massas de ar Equatorial Atlântica e Tropical Atlântica, as chuvas são mais frequentes no período do outono e do inverno.

Clima Subtropical

O clima Subtropical atua em uma faixa latitudinal situada entre o clima Tropical e o Temperado. A amplitude térmica anual é elevada. O verão é relativamente quente e os invernos são frios, conforme revela o climograma da cidade de Rosário do Sul (RS). As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano, variando entre 1 000 mm e 1 800 mm.

Clima Mediterrâneo

O clima Mediterrâneo atua no sul da Europa, no norte da África e no Oriente Médio, além do sudoeste da Austrália e dos Estados Unidos, e apresenta precipitação média anual de 500 mm. O inverno possui temperaturas mais amenas, suavizadas pelas chuvas, que ocorrem em cerca de 70% desse período. Já os verões são quentes e secos. A faixa costeira possui influência marítima, enquanto as áreas mais interioranas possuem características térmicas mais quentes, revelando os efeitos da continentalidade.
No verão, os raios solares atingem essas latitudes de forma praticamente vertical ao meio-dia. Esse fator, relacionado ao elevado tempo de insolação durante os dias, faz com que as temperaturas variem de 30 °C a 38 °C.

Clima Temperado

Característico de regiões de latitudes médias, entre os trópicos e os polos, o clima Temperado tem as quatro estações bem definidas. Este tipo climático apresenta temperatura média que varia entre 8 °C e 13 °C, e médias pluviométricas anuais de 2 000 mm nas áreas litorâneas e de 600 mm nas porções continentais.
Para melhor classificar este tipo de clima, costuma-se dividi-lo em Oceânico e Continental.
  • Clima Temperado Oceânico: clima ameno, com temperaturas que normalmente variam, no verão, entre 0 °C e pouco acima de 15 °C, com intervalos breves mais quentes. A distribuição de chuvas é homogênea ao longo de todo o ano. Este clima é propício para a prática agrícola de frutas, legumes e cereais, além da criação de animais, como ovelhas.
  • Clima Temperado Continental: com oscilações mais severas de temperatura, os verões são quentes e os invernos rigorosos, até mesmo com a presença de neve em muitos momentos. As chuvas são bem distribuídas durante os meses do ano.

Clima Semiárido

O clima Semiárido apresenta elevadas temperaturas médias (em torno de 28 °C) e baixo volume anual de chuvas (entre 250 mm e 800 mm). A paisagem seca, comum no imaginário popular, existe, porém não é a que predomina em períodos de chuvas, que, no semiárido brasileiro, se concentram entre os meses de janeiro e abril. As chuvas provocam o ressurgimento de rios e lagos temporários, que ajudam a encher reservatórios e modificam rapidamente as paisagens, proporcionando uma vegetação mais verde.

Clima Desértico

O clima Desértico não é caracterizado pelas altas temperaturas, mas pelo baixo ou inexistente volume de chuvas anual (inferior a 200 mm). Ocupando vastas áreas da superfície terrestre, este tipo climático ocorre tanto em latitudes baixas quanto em latitudes médias.
No primeiro caso são formados os desertos quentes, com temperaturas diurnas superando 40 °C e temperaturas noturnas chegando a 0 °C. Os principais desertos quentes são o Saara e o Kalahari, na África, o do México e o do Colorado, na América do Norte, o da Austrália, na Oceania, e o da Arábia, na Ásia.
Já os desertos frios, de médias latitudes, podem alcançar médias térmicas de 0 °C no inverno. Isso é resultado do fator latitudinal e dos efeitos da altitude, como ocorre no deserto de Gobi, localizado entre o sul da Mongólia e o norte da China, na porção central da Ásia.

Climas Frio e Polar

Dois tipos de clima com temperaturas médias abaixo de 0 °C em vários meses do ano são o Frio e o Polar. O clima Frio, também conhecido como Subártico, é exclusivo do hemisfério norte do planeta e faz limite com o clima Polar. Com alta amplitude térmica mensal no decorrer do ano, é caracterizado por invernos muito rigorosos e baixos valores pluviométricos.
O clima Polar, localizado na maior distância da linha do equador, esse clima pode se dividir em dois subgrupos: o de Tundra e o de Calota polar. O primeiro, com pelo menos um mês do ano apresentando temperaturas um pouco superiores a 0 °C, permite o surgimento de uma vegetação rasteira (a Tundra) no período de frio menos rigoroso. Já o subtipo Calota polar atinge grandes áreas em ambos os hemisférios, com temperaturas sempre inferiores a 0 °C.

Clima Frio de Montanha

Você já deve ter notado que a temperatura também varia conforme a altitude. Próximo à superfície, a cada 1 000 m, há uma redução da temperatura em cerca de 6,5 °C. Isso significa dizer que, mesmo em áreas de baixas latitudes, é possível encontrarmos aquelas com clima Frio e, eventualmente, Polar.
O clima Frio de Montanha responde pela cobertura permanente de neve no cume das altas montanhas. Porém, é importante entendermos que as montanhas podem apresentar um complexo mosaico climático, desde temperaturas elevadas na faixa de terra próxima ao nível médio do mar, passando pelas características de climas Temperado e Frio, até o clima Frio de Montanha. Com a variação climática, as culturas agrícolas também modificam conforme suas características de adaptação.

Fatores do clima

É possível perceber que a localização geográfica de um lugar em relação às zonas térmicas do planeta influencia diretamente as suas características climáticas.
Existem outros fatores importantes que também influenciam, de forma constante, essas características, como a altitude do lugar, o efeito da continentalidade e da maritimidade e a atuação das correntes marítimas.

Influência da altitude

A altitude de um lugar ou de uma região, ou seja, a posição em que se encontra em relação ao nível do mar, contribui significativamente para suas características climáticas. Entre elas, a temperatura é diretamente afetada, já que, em média, a cada 200 metros de altitude acima do nível do mar, a temperatura do ar diminui 1 ºC. É por isso que o clima nas serras ou nas altas montanhas apresenta temperaturas baixas no inverno e mais amenas no verão, mesmo naquelas localizadas na zona térmica tropical ou próximas à Linha do Equador.

Efeito da maritimidade e da continentalidade

Os lugares próximos ou que estão em meio às águas oceânicas recebem diretamente a influência dessa imensa massa líquida. O calor absorvido pelas águas no período do dia, em decorrência da radiação solar, é liberado vagarosamente no período da noite. Esse fenômeno cria um equilíbrio entre as temperaturas do dia e da noite e é chamado efeito da maritimidade. Por outro lado, nos lugares mais distantes do litoral, principalmente aqueles localizados no interior dos continentes, há grande desequilíbrio entre as temperaturas do dia e da noite. Isso porque nas áreas continentais o calor gerado pela radiação solar é absorvido durante o dia e liberado rapidamente para a atmosfera já no entardecer. Por isso, as temperaturas caem bastante no período da noite. É o efeito da continentalidade.

Correntes marítimas

Vimos, que as correntes marítimas são grandes massas de água que se movimentam dentro dos oceanos e mares, e têm características próprias de salinidade e temperatura. E é justamente a temperatura de uma corrente marítima que pode influenciar o clima de uma região, seja litorânea ou mais interiorana. Em geral, as correntes marítimas frias absorvem calor e umidade das massas de ar; já as correntes marítimas quentes fornecem calor e umidade para esses bolsões de ar atmosférico.

Variações do clima da Terra

O título principal dos filmes da série A Era do Gelo refere-se a um evento geológico que teve início milhões de anos atrás e terminou há aproximadamente 10 mil anos. Durante esse longo tempo, a Terra passou por intenso resfriamento do clima, com a formação de extensas calotas de gelo que recobriram boa parte do planeta.
A Era do Gelo ou Era Glacial, como também pode ser chamada, é a prova de que o clima, ainda que seja um fenômeno mais estável, também passa por alterações no decorrer do tempo.
Além do resfriamento ocorrido em âmbito global durante a última Era do Gelo, existem evidências de que, entre 13 mil e 5 mil anos atrás, certas regiões do planeta eram bem mais úmidas ou bem mais secas do que são hoje: na África, por exemplo, a área recoberta pelo Deserto do Saara era bem menor do que é atualmente, abrigando extensas florestas e savanas verdejantes; já a Amazônia, na América do Sul, passou por longo período de seca, e parte de sua vegetação era parecida com a da Caatinga nordestina.
Outras variações climáticas importantes também ocorreram em períodos recentes de nossa história: durante a Idade Média, mais precisamente entre os anos 1100 e 1400 depois de Cristo, houve importante elevação das temperaturas médias em todo o planeta, o que foi chamado pelos climatologistas de Período Quente Medieval. Mais tarde, entre os anos 1500 e 1800, ocorreu exatamente o contrário: a temperatura média diminuiu drasticamente, ocasionando invernos extremamente rigorosos por várias décadas, período que foi chamado de Pequena Idade do Gelo.

Variações do clima: fatores naturais

Os climatologistas entendem que todas as variações nas características do clima da Terra, ocorridas no passado, tiveram uma causa natural. Conheça os principais fatores aos quais se atribuem essas variações.
■ Vulcanismo: em diversos momentos na história da Terra houve intensa atividade vulcânica. Os vulcões lançaram grande quantidade de poeira e gases na atmosfera, o que dificultou a entrada da radiação solar e, consequentemente, diminuiu as temperaturas em todo o planeta durante muitos anos.
■ Alteração da atividade solar: sabe-se que a energia irradiada pelo Sol varia de tempos em tempos. Assim, os especialistas entendem que, quando há diminuição ou aumento da radiação solar, o clima da Terra é diretamente afetado.
 Chuva de meteoros: em diversas épocas, a passagem próximo à Terra de cometas ou de pedaços de asteroides ocasionou intensas chuvas de meteoros. Isso aumentou a quantidade de partículas pulverizadas na atmosfera, impedindo a entrada de radiação solar e a saída de calor, o que pode ter ocasionado mudanças na temperatura de nosso planeta.
■ Mudanças no eixo da Terra: sabe-se que, ao longo dos séculos, o eixo de rotação esteve mais inclinado do que atualmente, o que gerou invernos muito frios e verões extremamente quentes.
Fenômeno El Niño: ocorre em intervalos de três a cinco anos, aproximadamente, e aumenta de modo anormal as temperaturas do Oceano Pacífico, próximo à costa da América do Sul. Esse aumento da temperatura diminui a influência da corrente fria de Humboldt e dos ventos alísios na região, interferindo diretamente na circulação atmosférica global. O fenômeno contrário também existe, com períodos em que a temperatura das águas do Pacífico diminui, o que também interfere na circulação atmosférica. É o fenômeno La Niña. Ambos causam importantes alterações climáticas em várias regiões do planeta.

Mudanças climáticas

Nas últimas décadas, temas relacionados ao clima andam ganhando espaço na mídia, sendo o aquecimento global um dos principais assuntos. Muitos cientistas, políticos, ativistas ambientais e integrantes da comunidade civil alertam sobre as consequências para todo o sistema terrestre caso ações concretas e urgentes não sejam tomadas para conter o aquecimento global. Embora esse seja um fenômeno natural, há estudos que indicam a aceleração do aquecimento global por causas antropogênicas ou antrópicas. Ainda que as ações
humanas possam influenciar o clima, é importante saber que variações na temperatura da atmosfera do planeta são normais. Há evidências de que a Terra passou por vários períodos de glaciações, popularmente conhecidos por Eras do Gelo. De acordo com os pesquisadores, a última teve início há 100 mil anos e terminou há 12 mil anos. Estima-se que a temperatura média na Terra era cerca de 6 °C inferior em comparação com a do século XX.

El Niño e La Niña

Assim como os processos de glaciações, o El Niño e a La Niña são fenômenos que também alteram o comportamento climático de forma natural, no entanto com duração de tempo diferente. Periodicamente, nas águas do oceano Pacífico Equatorial, pescadores peruanos convivem com um fenômeno
que aumenta a temperatura oceânica, o que resulta em uma redução no volume de pescado. Por ocorrer em ciclos que variam entre dois e sete anos, normalmente no período que antecede o Natal, esse fenômeno ficou conhecido por El Niño, termo em espanhol que remete ao “Menino Jesus”, cujo nascimento costuma ser celebrado no dia 25 de dezembro.
O El Niño é considerado um fenômeno oceânico-atmosférico, pois há uma relação direta entre os subsistemas da hidrosfera e da atmosfera. O aquecimento das águas oceânicas provoca inúmeras alterações climáticas em escala global, modificando o regime de chuvas em regiões tropicais e nas latitudes médias.
O Brasil sofre significativamente com os efeitos do El Niño. Quando esse fenômeno acontece, o comportamento das massas de ar é alterado. A região Sul recebe fortes e abundantes chuvas, enquanto a faixa de clima semiárido do Nordeste sofre com estiagens mais prolongadas.
Quando o fenômeno se manifesta de maneira inversa, ou seja, com o esfriamento das águas do Pacífico Equatorial, recebe o nome em espanhol de La Niña (que significa “A Menina”), em contraposição ao El Niño. Observe nos mapas os efeitos desses fenômenos.

Alterações antrópicas do clima

Como vimos até aqui, alterações climáticas ocorrem naturalmente na atmosfera terrestre. Porém, algumas atividades humanas vêm provocando uma aceleração no processo de aquecimento global, alterando o equilíbrio dos subsistemas terrestres.
Desde o domínio do fogo, os seres humanos poluem a atmosfera. No entanto, as atividades primitivas de produção realizadas por nossos antepassados não resultaram em uma efetiva mudança climática em escala global. Só a partir da Revolução Industrial, com a invenção e o desenvolvimento das máquinas a vapor, nos séculos XVIII e XIX, a poluição do ar passou a ser considerada um problema maior. Com o avanço dos séculos, muitas localidades passaram a se tornar ambientes perigosos à saúde humana, pois, além da queima do carvão, os óleos combustíveis também passaram a ser utilizados, sobretudo em indústrias e veículos automotores.
Os contaminantes gerados pela queima de combustíveis fósseis e o uso de substâncias que atuam contra gases atmosféricos que auxiliam na proteção da vida na Terra provocam alterações no comportamento da atmosfera. Como resultado, temos o aumento de doenças pulmonares, aceleração do processo de efeito estufa – que estudaremos em detalhes mais adiante –, e a redução da proteção da camada de ozônio.

Camada de ozônio

A camada de ozônio é uma faixa da estratosfera que concentra grandes quantidades de gás ozônio (O3). Ela funciona como uma espécie de barreira natural protetora contra a passagem de alguns tipos de raios ultravioleta emitidos pelo Sol e que podem ser prejudiciais à vida. O principal “vilão” da camada de ozônio é o clorofluorcarbono (CFC), composto gasoso que pode ser encontrado em alguns aparelhos de ar condicionado e geladeiras antigas, além de latas de aerossol (inseticidas e desodorantes).

Intensificação do efeito estufa

O efeito estufa é um fenômeno natural que provoca a elevação da temperatura média da Terra ao longo de milhares de anos. Isso ocorre pelo acúmulo de gases na atmosfera com propriedades de retenção do calor emitido pela irradiação solar. A eles denominamos gases de efeito estufa (GEE).
Os mais conhecidos GEE são o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o vapor de água (H2O) e o óxido nitroso (N2O). Eles são produzidos naturalmente pelo sistema terrestre, porém a atuação humana, por meio da queima de combustíveis fósseis e queimadas florestais, gerou um acúmulo anormal de alguns desses gases na atmosfera. O principal deles é o CO2, que corresponde a 60% de todos os gases de efeito estufa. Quanto aos outros GEE, mesmo em menor proporção na atmosfera, são considerados mais danosos que o CO2. O metano é 20 vezes mais nocivo, e o hexafluoreto de enxofre (SF6), que é produzido em laboratório, revelou-se cerca de 23 mil vezes mais agressivo.

Chuva ácida

A chuva ácida também está relacionada aos efeitos globais de
emissão de gases poluentes na atmosfera. Tal fenômeno ocorre pela reação de alguns gases lançados na atmosfera, especialmente por chaminés de fábricas e motores de veículos a combustão, com outros componentes do ar. Nas altas camadas da troposfera esses gases se misturam com as gotículas de água que formam as nuvens, que são deslocadas por dezenas ou centenas de quilômetros pelos ventos até ocorrer a precipitação (chuva).
Com a modificação do pH (o índice de acidez), este tipo de chuva pode causar grandes danos ambientais (contaminação dos cursos de água, do solo, degradação da vegetação) e até destruição de monumentos públicos.

Tratados climáticos internacionais

Por quase toda a história humana, o planeta teve a capacidade de absorver e corrigir alguns desequilíbrios ambientais. Porém, a partir da Revolução Industrial, a emissão antrópica de gases na atmosfera vem ultrapassando os limites de assimilação natural do sistema terrestre.
Por essa razão, ações em escala global vêm sendo promovidas com o propósito de reduzir a aceleração do aquecimento do planeta, melhorar a qualidade de vida dos seres humanos e manter a biodiversidade na Terra.
Em 1979, em Genebra, na Suíça, ocorreu a Conferência Mundial do Clima (WCC-1, na sigla em inglês), a primeira reunião internacional para se debater o clima global. Porém, apenas em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro (RJ), surgiu a constituição de um grupo de nações com o objetivo de debater periodicamente temas relacionados às mudanças climáticas. O primeiro grande acordo que surgiu pelo resultado desses debates foi o Protocolo de Kyoto, em 1997. Assinado por 178 países, ele entrou em vigor em 2005 e definiu metas de redução de emissões de gases de efeito estufa das nações mais industrializadas do planeta.
O protocolo de Kyoto expirou em 2012, sendo firmado um novo acordo global em 2015 (Acordo de Paris), durante a 21a reunião da Conferência das Partes (COP 21). Nesse encontro, 196 países assinaram o acordo se comprometendo a realizar ações que impedissem que a elevação da temperatura média do planeta ultrapasse 1,5 °C até 2100.

Microclimas urbanos

Desde 2007, a maior parte da população global ocupa as cidades. Dos 7,8 bilhões de habitantes do planeta, em 2022, 56,2% viviam em áreas urbanas. Este quantitativo populacional atrelado ao modelo urbano de grande parte das cidades mundiais gera uma tendência ao microclima. A emissão de gases poluentes, a impermeabilização de parte do solo, a retirada da vegetação, a canalização de rios e os aterros de áreas alagadas são alguns exemplos de ações humanas nesses espaços de maior adensamento populacional.
As populações que ocupam os espaços urbanos podem conviver com dois fenômenos típicos:
  • Ilhas de calor: ocorrem em grandes centros urbanos onde há intensa modificação do uso do solo, com a presença de elementos artificiais (estradas, edifícios, etc.). A retenção de calor é maior nesses espaços, pois se configuram como áreas isoladas do entorno, com temperaturas mais elevadas.
  • Inversão térmica: fenômeno natural, mais comum nos meses de inverno, que tem consequências específicas para o meio urbano. A inversão térmica consiste na presença do ar mais denso (frio) nas camadas próximo à superfície, enquanto o ar menos denso (quente) fica acima, impedindo a ascensão do ar, o que gera uma concentração de gases poluentes nestas áreas. Como consequência, muitas pessoas desenvolvem doenças respiratórias e irritação nos olhos.

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