sexta-feira, 19 de julho de 2024

A origem da Terra

A teoria do big bang, que explica a origem do Universo, é a mais aceita atualmente. No entanto, existem muitos povos ao redor do mundo que têm sua própria cosmogonia, inserida em suas tradições culturais.

Mitos de criação

Os mitos de criação buscam descrever como surgiu o mundo. Quando o meio de propagação do mito é oral, a história é contada tantas vezes que vai sendo alterada com o passar do tempo, ganhando diversas versões.
Quando são histórias escritas, geralmente são adaptadas de tempos em tempos, pois a linguagem também sofre mudanças. De qualquer forma, os mitos são profundamente ligados à cultura do povo que deu origem a eles.
São muitos os mitos que buscam explicar os fenômenos por meio de uma linguagem simbólica, e interpretá-los nem sempre é uma tarefa simples.

A formação do planeta Terra

Segundo a principal linha científica atual, o surgimento do planeta Terra ocorreu há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, um período posterior à formação do Sistema Solar. Cientistas acreditam que a Terra era, inicialmente, fria e completamente rochosa. Na sequência, uma complexa combinação de fatores, que envolve o impacto de meteoritos e o calor interno do planeta, derreteu o material rochoso, tornando a Terra uma imensa bola incandescente, com temperaturas próximas a 1 500 graus Celsius (°C). Com o passar do tempo, o que era uma massa única planetária passou a se configurar em camadas.
Os cientistas possuem evidências diretas de cerca de 12 quilômetros de profundidade do interior da Terra, que é o limite alcançado com a perfuração de poços. As informações das camadas mais profundas são obtidas de forma indireta, ou seja, por meio das ondas sísmicas (vibrações) emitidas pelos terremotos e maremotos, e registradas por equipamentos denominados sismógrafos.

As camadas internas da Terra

Estudar o interior da Terra é um grande desafio para a humanidade. Entender o comportamento e a composição das camadas inferiores do planeta torna possível indicar a localização e a intensidade de determinados fenômenos, como os abalos sísmicos, além de contribuir para a elaboração das teorias sobre a formação e a evolução da Terra ao longo de bilhões de anos.
Por meio da coleta de dados, ao longo de décadas, sobre os padrões das ondas sísmicas, os cientistas elaboraram um modelo do interior do planeta dividido em três camadas principais: núcleo, manto e crosta.
Cada uma das camadas internas da Terra possui características específicas, demonstradas a seguir.
Núcleo: a uma profundidade que varia de 6 370 a 2 900 quilômetros, essa camada é composta basicamente dos minerais níquel e ferro. O núcleo ocupa cerca de 16% do volume da Terra e divide-se em duas partes: o núcleo interno e o núcleo externo. Estima-se que as temperaturas possam alcançar 6 900 °C no centro do planeta, caindo para 4 800 °C nas áreas mais periféricas do núcleo externo.
Manto: envolve o núcleo terrestre e atinge 83% do volume do planeta. Com profundidades que variam entre 2 900 e 30 quilômetros, o manto possui abundância de ferro e magnésio. Na parte mais externa dele estão a astenosfera e o manto superior. Na astenosfera encontra-se um material maleável que flui vagarosamente, denominado magma. Já o manto superior é sólido e, com as crostas continental e oceânica, forma a litosfera, que é dividida em diversos blocos que se movimentam lentamente sobre a astenosfera. Esses blocos são chamados de placas tectônicas.
Crosta terrestre: responsável por apenas 1% de toda a massa da Terra, é a mais externa das camadas do planeta e forma o fundo oceânico e os continentes. A espessura varia, sendo em média de 30 a 70 quilômetros na crosta continental e de 5 a 10 quilômetros na crosta oceânica.

Tempo geológico

Quando se pensa na idade da Terra e todas as transformações pelas quais o planeta passou, estamos nos referindo ao tempo geológico, isto é, a uma escala de tempo que inclui aproximadamente 4,6 bilhões de anos – que é a datação estimada da formação do Sistema Solar.
Essa longa escala de tempo é desmembrada em períodos menores, os éons. Os éons, por sua vez, são divididos em eras, que são fracionadas em períodos, épocas e idades. Cada uma dessas partes é marcada por eventos geológicos importantes; por isso, cada uma delas tem períodos diferentes.

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