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SKINNER

  

SKINNER, BURRHUS FREDERIC,  psicólogo norte-americano (Susquehanna, Pensilvânia, 1904 Cambridge, Massachussetts, 1990). Iniciou seus estudos de psicologia na universidade de Harvard, onde se dedicou à pesquisa do sistema nervoso de animais. Foi o pai, junto com Pavlov, dos estudos sobre o condicionamento animal. Graduou-se no Hamilton College, em Nova York, e após uma primeira opção por estudos de literatura, transferiu-se para Harvard, onde se doutorou em 1931 em psicologia.

SKINNER

    Em 1932, B. F. Skinner, da Universidade de Harvard relatou uma de suas observações, sobre o comportamento de pombos e ratos brancos. Para seus experimentos Skinner inventou um aparelho que depois de passar por modificações é hoje muito conhecido e utilizado nos laboratórios de psicologia, chamado como Caixa de Skinner.

Influenciado pelas ideias de Watson sobre o behaviorismo, pelos trabalhos de Pavlov sobre o comportamento condicionado e pelas pesquisas de Thorndike sobre o comportamento de animais como resultado de processos não cognitivos, desenvolveu uma nova corrente behaviorista, a análise científica do comportamento. Skinner passou a estudar o comportamento operante, desenvolvendo intensa atividade no estudo da psicologia da aprendizagem.

 Considerando que somente o comportamento pode ser estudado, a despeito das influencias da consciência. Skinner propôs que este seria explicado pelo reforçamento, um determinado reforço(estímulo), positivo ou negativo, causa, elimina ou apenas reduz a ocorrência de um comportamento ou resposta desejados. 

      Esses estudos levaram-no a criar os métodos de ensino programado que podem ser aplicados sem a intervenção direta do professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas.

   Em 1936, ingressou na Universidade de Minnesota, onde lecionou até 1945, transferindo-se então para a Universidade de Indiana. em 1948, tornou-se professor em Harvard, onde desenvolveu também intensa atividade de laboratório (1948-1957) e depois em Edgar Pierde (1958).

Obras principais: Comportamento dos organismos (1938), Walden II (1948). Ciência e comportamento humano (1953), Verbal Behavior (Comportamento verbal-1957), Cumulative Record (Registro cumulativo - 1959), O mito da liberdade (1971), About behaviorismo (1974).

   Considerado um dos maiores psicólogos da Segunda metade do século XX, seus trabalhos abordam em particular os assuntos do condicionamento e da aprendizagem, nos quais deu ênfase à importância do reforço. Pode ser considerado como criador do ensaio programado.

    Notável por seus estudos sobre condicionamento animal, é um dos introdutores do ensino programado ou instrução programada. Um dos grandes apresentadores da escola Behaviorista.

  Em 1948 escreveu seu romance Walden Two, onde descreve uma comunidade-exemplo que recorreu ao uso das técnicas comportamentais para realizar uma espécie de "projeto" da própria vida. Atingiu o clímax como professor e escritor, defendendo a aplicação das ciências exatas ao estudo do comportamento humano - o ensino programado; behaviorista, acreditava que o comportamento humano é uma reação do indivíduo ao ambiente.

    A TEORIA DE SKINNER

   Em escolas, o comportamento de alunos pode ser modelados pela apresentação de materiais em cuidadosa sequência e pelo oferecimento das recompensas ou reforços apropriados.

      A aprendizagem programada e máquinas de ensinar, são os meios mais apropriados para realizar aprendizagem escolar.

      O que é comum ao homem, a pombos, e a ratos é um mundo no qual prevalecem certas contingências de reforços.

    Devido à sua preocupação com controles científicos escritos, Skinner realizou a maioria de suas experiências com animais principalmente o rato branco e o pombo.

       Duas espécies de aprendizagem

    Para cada espécie de comportamento, Skinner identifica um tipo de aprendizagem ou condicionamento.

  Associado ao Comportamento Respondente está o Condicionamento Respondente, e Associado a Comportamento Operante está o Condicionamento Operante.

    Temos então o primeiro tipo de aprendizagem, que é chamado de "Condicionamento Respondente", e o segundo tipo de aprendizagem que Skinner chama de "Condicionamento Operante".

    Desenvolveu o que se tornou conhecido por "Caixa de Skinner" como aparelho adequado para estudo animal que funciona da seguinte maneira: Um rato é colocado dentro de uma caixa fechada que contém apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento. Quando o rato aperta a alavanca sob as condições estabelecidas pelo experimentador, uma bolinha de alimento cai na tigela de comida, recompensando assim o rato. Após o rato Ter dado essa resposta, o experimentador pode colocar o comportamento do rato sob o controle de uma variedade de condições de estímulo. Além disso, o comportamento pode ser gradualmente modificado ou modelado até aparecerem novas respostas que normalmente não fazem parte do repertório comportamental do rato. Êxito nesses esforços levou Skinner a acreditar que as leis de aprendizagem se aplicam a todos os organismos.

    Em escolas, o comportamento de alunos pode ser modelado pela apresentação de materiais em cuidadosa sequência e pelo oferecimento das recompensas ou reforços apropriados.

    A aprendizagem programada e máquinas de ensinar são os meios mais apropriados para realizar aprendizagem escolar. O que é comum ao homem, a pombos, e a ratos é um mundo no qual prevalecem certas contingências de reforços.

    Segundo Skinner para uma cultura ser forte precisa transmitir-se; precisa dar às crianças seu acúmulo de conhecimento, aptidões e práticas sociais e éticas.

 Máquina de ensinar

    A mais conhecida aplicação educacional do trabalho de Skinner é sem dúvida Instrução programada, e máquinas de ensinar. Existem várias espécies de máquinas de ensinar. Embora seu custo e sua complexibilidade variem consideravelmente, a maioria das máquinas executa funções semelhantes.

    Skinner acredita que as máquinas de ensinar apresentam várias vantagens sobre outros métodos. Estudantes podem comprar sua própria resposta em lugar de escolhê-la em um conjunto de alternativas. Exige-se que lembrem mais, e não apenas que reconheçam - que deem respostas e que também vejam quais são as respostas corretas. A máquina assegura que esses passos sejam dados em uma ordem cuidadosamente prescrita.

    Embora, é claro, que a máquina propriamente dita não ensine, ela coloca estudantes em contato com o professor ou a pessoa que escreve o programa. Em muitos aspectos, diz Skinner, é como um professor particular, no sentido de haver constante intercâmbio entre o programa e o estudante. A máquina de Skinner permite que o professor dedique suas energias a formas mais sutis de instrução, como discussão. A máquina mantém o estudante ativo e alerta.

        As crianças aprendem sem ser ensinadas diz Skinner porque estão naturalmente interessadas em algumas atividades e aprendem sozinhas. Por esta razão, alguns educadores preconizam o emprego do método de descoberta. Mas diz Skinner, descoberta não é solução para o problema de educação. Para ser forte uma cultura precisa transmitir-se; precisa dar as crianças seu acúmulo de conhecimento, aptidões e práticas sociais e éticas.

      A instituição de educação foi estabelecida para servir a esse propósito. Certamente estudantes devem ser encorajados a explorar, a fazer perguntas a trabalhar e estudar independentemente para serem criativos. Não se segue daí que essas coisas só possam ser obtidas através de um método de descoberta.


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