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A Segunda Guerra Mundial

 “Esta guerra de fato é uma continuação da anterior”

Winston Churchill

A Segunda Guerra Mundial pode ser entendida como resultante da necessidade que algumas potências capitalistas sentiram de redefinir a ordem mundial e redividir os mercados. A necessidade de uma nova partilha pode ser entendida como um reflexo dos acordos firmados pelos aliados no Tratado de Versalhes. Para a Alemanha, a Itália e o Japão, era necessário rever essa situação. As relações internacionais, durante a década de 1930, ficavam cada vez mais tensas, premeditando o grande conflito que estaria por vir.
Os acordos de paz impostos pelos vencedores da Primeira Guerra eram espoliativos e humilhantes, já contendo em si os germes de um novo conflito. O Tratado de Versalhes, por exemplo, considerou a Alemanha “culpada pela guerra” e exigiu dela pesadas indenizações.
No início da década de 30, quando uma gigantesca crise econômico-social alastrou-se pela Alemanha, grande parte dos alemães começou a repetir o que Hitler dizia: o Tratado de Versalhes é um dos maiores responsáveis pelos males que nos afligem. Dono do poder a partir de 1933, Hitler começou a militarizar a Alemanha, desafiando abertamente as imposições ditadas pela França e pela Inglaterra no Tratado de Versalhes.
A Itália de Mussolini também nutria fortes ressentimentos em relação à Inglaterra e à França pois, embora tivesse participado da guerra ao lado desses países, não obtivera as compensações territoriais que haviam lhe prometido.
Outra nação que não se conformava com a ordem internacional estabelecida pelos vencedores da Primeira Guerra era o Japão. O país se industrializara rapidamente e, assim como todas as grandes nações, ambicionava ampliar seus mercados e áreas e influência.

Primeiros passos do expansionismo

Dispostos a destruírem a ordem internacional vigente, Japão, Itália e Alemanha adotaram, na década de 30, uma política declaradamente imperialista, contra a qual a Liga das Nações mostrou-se impotente. Manobrada pela França e pela Inglaterra, a Liga expressava sobretudo os interesses desses dois países que, naquele momento, almejavam manter intacta a ordem internacional que os beneficiava. Por essa razão, a Liga das Nações adotou uma política dócil conhecida como política de apaziguamento, sendo tolerante com os avanços imperialistas do Japão, da Itália e da Alemanha.
Cobiçando as matérias-primas e os vastos mercados da Ásia, o Japão reiniciou sua investida imperialista em 1931, conquistando a Manchúria, região rica em minérios que pertencia à China. A Liga das Nações posicionou-se contra o Japão, mas na prática nada fez para socorrer a China. De sua parte, o Japão retirou-se da Liga que, com isso, teve seu prestígio abalado.
Em outubro de 1935, a Itália de Mussolini afirmou seu imperialismo invadindo a Etiópia, pais independente situado no nordeste da África. Diante disso, a Liga das Nações determinaram que seus membros restringissem o comércio com a Itália. Tal proibição, no entanto, não chegou a afetar a Itália, por que nações fortes como os Estados Unidos e a Alemanha – que não faziam parte da Liga – continuaram a vender-lhe matérias-primas essenciais, como petróleo e carvão. A conquista da Etiópia pela Itália em 1936, provou ao mundo que a Liga das Nações era incapaz de assegurar a paz mundial.

A escalada do Nazismo

Para justificar suas pretensões expansionistas, Hitler insistia em repetir que os alemães precisavam conquistar um “espaço vital”, expandindo seu território. De acordo com a doutrina do espaço vital, as forças nazistas afirmavam que era preciso integrar as comunidades alemãs dispersas na Europa (Áustria, Sudetos – região da então Tchecoslováquia – e Dantzig – um enclave alemão em território polonês) e conquistar a Polônia e a Ucrânia, consideradas régios “vitais” para o povo alemão. A Ucrânia, por exemplo, vasta e fértil região pertencente à União Soviética, produzia trigo, minérios e outras matérias-primas.
Concretizando essas intenções, em 7 de março de 1936, a Alemanha começou a mostrar suas garras ocupando a Renânia (região situada entre a França e a Alemanha) que por determinação do Tratado de Versalhes, deveria permanecer desmilitarizada.
Essa atitude da Alemanha colocava em risco a segurança dos franceses. Apesar disso, a França nada fez para impedi-la. A Inglaterra, por sua vez, também não se manifestou. Essas omissões alimentaram a escalada do imperialismo alemão. O próximo passo da Alemanha nazista foi juntar-se à Itália fascista e intervir na Guerra Civil Espanhola em favor das forças do general Franco. Essa guerra serviu para os nazifascistas testarem suas armas, equipamentos, tropas e estratégias.
Logo em seguida, Hitler aliou-se formalmente a Mussolini, dando origem ao Eixo Roma-Berlim. Posteriormente, com a entrada do Japão nessa aliança, formou-se o Eixo Roma-Berlim-Tóquio.
Hitler realizou a anschluss, ou seja, a anexação da Áustria à Alemanha, em março de 1938. Para isso, os alemães contaram com o total apoio dos nazistas austríacos. Em seguida, o Führer passou a exigir também os Sudetos, região da Tchecoslováquia onde viviam aproximadamente 3 milhões de alemães. A justificativa para tal exigência era que o governo tcheco “perseguia” a minoria germânica que vivia sob o seu domínio.
O governo tcheco, no entanto, decidiu resistir aos alemães. Para isso mobilizou suas tropas e pediu auxílio à França. Quando a guerra parecia inevitável, as potências européias concordaram em resolver a questão por meio de uma conferência. Assim, em setembro de 1938, Hitler, Mussolini Chamberlain (Inglaterra) e Deladier (França) reuniram-se na conferência de Munique e assinaram um acordo que obrigava a Tchecoslováquia a ceder os Sudetos para a Alemanha. Abandonada à sua própria sorte, a Tchecoslováquia viu-se invadida pelos alemães, que inicialmente ocuparam os Sudetos e, em março de 1939, tomaram o resto do país.
A União Soviética, que tinha sido desprezada pela França e pela Inglaterra, decidiu aproximar-se da Alemanha. Esta, por sua vez, viu vantagem nessa aproximação, pois em caso de guerra não precisaria ter de lutar em duas frentes. Assim, em agosto de 1939, a Alemanha de Hitler e a União Soviética de Stálin firmaram entre si um pacto de não-agressão, que estabelecia, secretamente, a partilha do território polonês entre as duas nações.
Com o sinal verde dado por Stálin, Hitler sentiu-se à vontade para agir. Em 1º de setembro de 1939, invadiu a Polônia e, por meio de um ataque rápido e violentíssimo, liquidou-a em pouco mais de três semanas. Dois dias depois da invasão, Inglaterra e França declaram guerra à Alemanha. Era o começo da Segunda Guerra Mundial, que só terminaria seis anos depois.

As fases da Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial, que se estendeu de 1939 a 1945, foi o maior conflito armado já ocorrido na história da humanidade. As operações de guerra envolveram povos de praticamente todas as regiões do mundo, embora os principais choques armados tenham sido travados na Europa, no norte da África e no Extremo Oriente.
Os principais blocos de países em conflito ficaram conhecidos como Potências do Eixo e Potências Aliadas. Desses dois blocos, podemos destacar os seguintes países:

- Potências do Eixo: Alemanha, Itália e Japão;
- Potências Aliadas: Inglaterra, França, União Soviética e Estados Unidos.

Os acordos de cooperação entre as potências que combateram na Segunda Guerra Mundial não foram estabelecidos de uma só vez. A participação dos países foi sendo definida de acordo com os interesses de cada governo e o desenvolvimento do conflito.
Podemos dividir as principais operações militares da Segunda Guerra Mundial em duas grandes fases:

· Primeira fase (1939-1942). Caracterizou-se por uma rápida expansão, assinalada por importantes conquistas das forças do Eixo.
No início, o conflito se restringiu à Europa. Depois da invasão da Polônia, os nazistas ocuparam a Noruega, a Bélgica, a Holanda e invadiram a França. Ingleses e franceses tentaram conter o avanço, mas não conseguiram.
Em 1940 o marechal francês Henri Pétain assinou um armistício com a Alemanha. Ele estabeleceu no sul da França um governo colaboracionista, que apoiava os nazistas e era aliado da Alemanha. A parte norte da França, inclusive Paris, ficou ocupada pelos exércitos alemães e era governado por eles. Muitos franceses, liderados pelo General De Gaulle, recusaram-se a aceitar a derrota.
Para continuar combatendo os nazistas na clandestinidade, organizaram um movimento que ficou conhecido como resistência francesa. Os membros desse movimento chamavam-se partisans e, agindo às escondidas, executavam atos de sabotagem e praticavam atentados contra os ocupantes inimigos, geralmente atacando de surpresa e causando grandes perdas.
Em agosto de 1940, a Força Aérea alemã (Luftwaffe) deu início à Batalha da Grã-Bretanha, bombardeando Londres e grandes cidades e centros industriais britânicos. A nova ofensiva nazista foi enfrentada pela Real Força Aérea Britânica (RAF), que conseguiu evitar a derrota dos ingleses. Depois de meses de ataques aéreos infrutíferos, Hitler foi obrigado a abandonar a denominada Operação Leão-Marinho, cujo objetivo era a invasão terrestre da Grã-Bretanha. A maior parte da Luftwaffe havia sido destruída pela RAF, impossibilitando o desembarque de tropas alemãs.
Os britânicos continuaram resistindo, protegidos pelo fato de estarem em uma ilha e, sobretudo, por seu poderio marítimo. Já os alemães precisavam consolidar seu domínio sobre a parte conquistada da Europa. Alem disso, os alemães precisavam também garantir a posse de suprimentos vitais, como petróleo e cereais, para enfrentar uma guerra prolongada contra os ingleses. Com esse objetivo, Hitler decidiu romper o pacto de não-agressão assinado com Stalin, em 1939, e invadir a União Soviética. Em junho de 1941, foi desencadeada a Operação Barbarossa, e um ataque maciço dos alemães pegou os soviéticos de surpresa.
No decorrer de 1941, dois acontecimentos influenciaram profundamente o curso e o desfecho da guerra: a invasão da União Soviética pela Alemanha, iniciada no mês de junho, e o ataque do Japão à base militar norte-americana de Pearl Harbour, no Havaí, no mês de dezembro.

· Segunda fase (1942-1945). Caracterizou-se pela contra-ofensiva bem sucedida dos Estados Unidos, Inglaterra, União Soviética e seus aliados.
Derrotados na Inglaterra, Hitler voltou-se para seu grande projeto: conquistar a União Soviética. Ele acreditava que com essa conquista a Alemanha se transformaria num império invencível.
Surpreendidos, os soviéticos adotaram a antiga tática da “terra arrasada”, que consistia em ceder espaços, destruindo antes tudo aquilo que pudesse ser útil ao adversário. Os alemães avançaram rapidamente pelo interior do território soviético e, em pouco tempo, cercaram as cidades de Leningrado (ao norte), Stalingrado (ao sul) e aproximaram-se de Moscou.
Cedendo espaço, os soviéticos tiveram tempo para organizar um eficiente contra-ataque. Em 1942, conseguiram conter o avanço nazista e impedir a queda de Moscou. Vendo-se impossibilitado de tomar a capital soviética, Hitler ordenou aos seus comandados que avançassem sobre Stalingrado, um importante centro industrial. Foi nessa cidade que se travou, em 1943, uma das batalhas mais importantes e violentas da Segunda Guerra, a Batalha de Stalingrado. Os soviéticos quebraram o mito da invencibilidade nazista, obrigando os alemães à sua primeira rendição. Depois dessa significativa vitória, o exército soviético avançou em direção ao Ocidente e, pouco a pouco, forçou as tropas de Hitler a recuarem até a capital da Alemanha.

Entrada dos Estados Unidos

Os norte-americanos, mais uma vez, tinham enormes investimentos com a Inglaterra e com a França, seus amigos aliados de guerra. Para garantir o recebimento, teriam que entrar diretamente no conflito. Os norte-americanos tinham pretensão hegemônica na região do Pacífico, também disputada pelos japoneses. No dia 7 de dezembro de 1941, de surpresa, os japoneses, interessados no domínio asiático, atacaram a esquadra americana ancorada em Pearl Harbour, na Ilha do Hawai. Assim, teve início a “Guerra do Pacifico”.
A agressão japonesa a Pearl Harbour levou os Estados Unidos a entrarem efetivamente na guerra. Até então, o país colaborara indiretamente com os aliados. Além de participarem diretamente do conflito desde 1941, os norte-americanos forneceram aos seus aliados enormes quantidades de equipamento bélico, tanques, navios e aviões de boa qualidade.
Em junho de 1942, os norte-americanos venceram os japoneses nas batalhas navais de Midway e Mar de Coral, conseguindo barrar a ofensiva nipônica no Pacífico. No final desse mesmo, enquanto os ingleses venciam os alemães e italianos, na batalha de El Alamein (Egito), tropas anglo-americanas desembarcaram no Marrocos e, em pouco tempo, dominaram o norte da África.

Os meses finais

Partindo do norte da África, as tropas aliadas desembarcaram na ilha da Sicília, em julho de 1943, lançando-se à invasão da Itália. Logo em seguida, Mussolini foi deposto e o novo governo italiano assinou a paz com os aliados em 8 de setembro de 1943. Mas a Itália continuou sendo palco de intensos combates, pois a maior parte de seu território permaneceu sob o controle dos nazistas.
Em abril de 1945, 25 mil combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) integraram as tropas aliadas que esmagaram a resistência nazista na Itália. Dias depois, Mussolini foi preso e fuzilado em praça pública.
Em 6 de junho de 1944 – o Dia D – os aliados desembarcaram na Normandia (norte da França). Em apenas 75 dias, conseguiram libertar Paris, logo depois a marcha sobre a Alemanha.
Na frente oriental, o exército soviético vinha avançando sem cessar desde 1943. Nessa escalada foi desalojando os nazistas na Bulgária, Romênia, Hungria, Tchecoslováquia e Polônia. Em fevereiro de 1945, já se encontrava a 150 km da capital alemã. Consta que Hitler tenha dado ordem a um cabo que o matasse com um tiro e enrolasse seu corpo em pneu, incinerando-o e tornando qualquer identificação impossível para os recursos científicos da época. Há quem diga que cometeu suicídio (difícil ter certeza histórica quanto a este ponto, porém seus restos mortais jamais foram encontrados) em 30 de abril, com a chegada das tropas soviéticas a Berlim, e o almirante Doenitz forma novo governo e pede o fim das hostilidades. A capital alemã é ocupada em 2 de maio. A Alemanha se rende incondicionalmente em 7 de maio, em Reims.
Os japoneses insistiam na luta, mesmo com a marinha e a aviação destruídas. Os aliados ainda sofriam perdas devido a ação dos pilotos suicidas, os kamikazes, que se atiravam com seus aviões os encouraçados. A guerra poderia prolongar-se.

Os Estados Unidos exigiram rendição incondicional do Japão, mas isso não ocorreu. O presidente Harry Truman resolveu lançar sobre cidades japonesas um tipo de arma até então desconhecido, a bomba atômica. A primeira, sobre Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, matou em poucos segundos 100 mil pessoas e feriu outro tanto; três dias depois, outra bomba causou mais 200 mil vítimas em Nagasaki. O terror nuclear liquidou a resistência japonesa. Em 2 de setembro de 1945, a bordo do encouraçado Missouri, os japoneses renderam-se perante o general Mac Arthur.
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL matou mais pessoas, destruiu mais propriedades, devastou mais vidas, e provavelmente teve mais consequências de longo prazo que qualquer outra guerra na história. O desenvolvimento da bomba atômica durante a guerra abriu a era nuclear.
O número exato das pessoas mortas por causa da SEGUNDA GUERRA MUNDIAL nunca será conhecido. Mortes de militares provavelmente passaram dos 17 milhões. Mortes de civis eram até maiores em resultado da fome, bombardeios, invasões, massacres, epidemias, e outras causas relacionadas à guerra.
Entre quatro e seis milhões de judeus foram vitimados pelos nazistas nos campos de concentração, fornos crematórios e trens da morte. Esse genocídio (crime contra um grupo humano nacional, étnico ou religioso) ficou conhecido com Holocausto.
Os campos de batalha esparramaram-se por quase toda parte do mundo. Tropas lutaram nas selvas cozinhando no vapor do Sudeste da Ásia, nos desertos de África do norte, e em ilhas no Oceano Pacífico. Foram empreendidas batalhas em campos congelados na União Soviética, debaixo da superfície do Oceano Atlântico, e nas ruas de muitas cidades europeias.
Com o fim da guerra, Alemanha, França e Itália e Japão estão destruídos; a Grã-Bretanha se encontra à beira da exaustão. Os grandes impérios coloniais desmoronam, os países da África e da Ásia passam por processos de descolonização. Estados Unidos e União Soviética emergem como as grandes potências do planeta. Em pouco tempo, a tensão entre as potências se acirra. A polarização das disputas internacionais entre o bloco ocidental e o bloco soviético vai marcar o compasso nas décadas seguintes. É a Guerra Fria que começa.


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