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A Segunda Revolução Industrial

 A partir de 1860, a indústria ampliou-se para outras regiões, como os Estados alemães, o norte da Itália, a Rússia, os Estados Unidos, o Japão e a Holanda. Nesse momento, começaram a ocorrer grandes inovações técnicas. O aço e os sintéticos foram utilizados como material industrial básico, e as principais fontes de energia eram a eletricidade e o petróleo.

Os setores industriais também se multiplicaram com o surgimento da indústria siderúrgica, petroquímica, eletroeletrônica e automobilística. Para completar esse quadro de mudanças profundas, Graham Bell inventou o telefone, facilitando sobremaneira as comunicações, cujos resultados podemos sentir no nosso cotidiano; a tecnologia passou a permitir a comunicação com qualquer parte do mundo, como se vivêssemos numa aldeia global.
Essas transformações costumam ser caracterizadas como a Segunda Revolução Industrial, cujos os principais resultados foram: a expansão do comércio, a integração do comércio em escala mundial e a aceleração do processo produtivo. Por fim, essa fase foi marcada pela concentração da produção e do capital em torno de grandes empresas.

- A industrialização na Alemanha: o desenvolvimento pode ser explicado pelas incentivas do governo, que liberou dinheiro para a instalação de empresas e adotou medidas de proteção a industrial nacional, e pela importância dada ao ensino das ciências aplicadas à produção industrial.
- A industrialização na Rússia: O desenvolvimento industrial foi estimulado pelo governo, que realizou empréstimos no exterior para a construção de estradas de ferro e para a instalação de empresas de diferentes ramos.
- A industrialização do Japão: Iniciou-se na segunda metade do século XIX, também promovida pela iniciativa estatal.
- A industrialização dos Estados Unidos: O grande salto ocorreu após a guerra civil. As leis protecionistas que amparavam a produção industrial e agrícola do país, a grande mão-de-obra barata, garantida pelas políticas de incentivo à imigração, são fatores que explicam a transformação dos Estados Unidos numa nação industrial e urbana poderosa.

1. O capitalismo monopolista

Essa nova fase da economia capitalista foi marcada pela concentração econômica da produção e do capital em torno de grandes empresas ou associações de empresas.
A livre concorrência das empresas capitalistas transformou-se numa verdadeira batalha de preços. Nessa batalha, as empresas mais poderosas e competitivas eliminavam as mais fracas. Dessa forma, surgiram os grandes conglomerados econômicos, concentrando enormes capitais e dominando, em alguns setores, toda a produção. E assim, surgiram os monopólios industriais, que, por sua vez, eliminavam a concorrência e fixavam preços em busca de uma maior lucratividade.

Esses monopólios são assim representados:

Cartéis – Formaram-se por meio de acordo entre grandes empresas que, para evitar os desgastes da concorrência, convencionam entre si formas de manutenção dos preços e de divisão de mercados. Os cartéis originaram-se na Alemanha.
Holding – Caracteriza-se quando uma grande companhia assume o controle de inúmeras outras por meio da compra da maior parte de suas ações, passando, então, a atuar de forma coordenada.
Trustes – Formam-se quando as grandes empresas, produtoras de determinadas mercadorias, eliminam ou absorvem as pequenas concorrentes e passam a monopolizar a produção, o preço e o mercado. Os trustes surgiram nos Estados Unidos.

O processo de concentração econômica também se desenvolveu no setor bancário. Os grandes bancos acabaram associando-se às grandes indústrias para financiar seus investimentos e participar dos lucros de seus projetos. A fusão do capital bancário com o capital industrial marcou essa nova fase do capitalismo, conhecido como capitalismo financeiro e monopolista, que foi caracterizado por:

1. Grande aumento da produção industrial que, para ser vendida, necessitava da ampliação dos mercados consumidores.
2. Grande acúmulo de capitais que também precisavam ser investidos em novos projetos lucrativos, fora de seus respectivos países.

2. Nasce o neocolonialismo

Ao decolarem rumo à industrialização, todas as nações capitalistas adotaram um conjunto de medidas protecionistas a fim de reservar seus mercados internos para as suas próprias indústrias. Em conseqüência disso e do crescimento da produção, passaram a necessitar de mercados, matérias-primas e áreas onde pudessem investir com a certeza de obter altos lucros. Decidiram, então, expandir-se em direção à África, à Ásia e a América Latina. O expansionismo dessas nações teve um caráter imperialista e neocolonialista.
O Imperialismo consiste na dominação econômica (com reflexos políticos e culturais) de um país sobre o outro. Exemplo: a atuação inglesa no Brasil do século XIX. Já o Neocolonialismo significa a dominação total de um país sobre outro. A maioria dos países africanos e asiáticos foi vítima do neocolonialismo, pois seus territórios foram conquistados e submetidos no plano econômico, político, administrativo, militar e cultural.
O colonialismo do século XIX (neocolonialismo), incrementado a partir de 1880, tem por base uma nova divisão econômica e política do mundo pelas potências capitalistas em ascensão. Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha experimentam um auge industrial e econômico a partir de 1870, seguidos pela França e Japão. Itália e Rússia ingressam na via da industrialização nesse mesmo período. Os monopólios e o capital financeiro de cada potência competem acirradamente pelo controle das fontes de matérias-primas e pelos mercados situados fora de seus países.
Na primeira metade do século XIX, a expansão européia foi limitada. A Inglaterra manteve seu domínio sobre a Índia, a parte mais importante de seu império ultramarino remanescente da época moderna e ocupou as cidades do Cabo e de Natal no sul da África. A França iniciou, em 1830, um longo processo de colonização da Argélia (norte da África).
A partir de 1870, o forte crescimento industrial, a intensa competição por mercados, a passagem do capitalismo à fase do capitalismo monopolista e a grave crise econômica de superprodução levaram os governos da Inglaterra, da França, da Alemanha, dos Estados Unidos e mais tarde do Japão a assumirem uma política expansionista em busca de novos mercados e áreas de investimentos, dando origem ao Imperialismo.
Essa política resultou na repartição quase completa da África na ocupação de vastos territórios da Ásia ou sua subordinação a influência europeia.
A burguesia europeia, na busca crescente de lucros passou a financiar a exploração de minas, as monoculturas, a eletrificação de cidades e a construção de portos, pontes, canais e ferrovias, a fim de favorecer o setor exportador de cada região sob sua influência. Assim, a dominação econômica de caráter mais geral trazida pelo Imperialismo, acrescentou-se a dominação política, quase sempre estabelecida através da conquista militar, caracterizando uma nova forma de Colonialismo.
Para a burguesia, o Estado que até então existia para preservar a propriedade e a segurança de seus cidadãos, deveria agora apoiar a política imperialista, garantindo o capital investido fora da Europa. "Nesse momento, ela (a burguesia) abandona a postura liberal, ou seja, de não intervenção do Estado em questões econômicas, para preservar sua taxa de lucro, deixando também de ser pacifista e humanista". (Arendt, Hannah. 0 Sistema Totalitário. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1978, p. 201.)
A posse de colônias significava ter o "status" de potência e não possuí-las era reconhecer uma situação de inferioridade em relação aos demais países industrializados. Nesse sentido, o Imperialismo esteve também ligado ao desenvolvimento do nacionalismo e converteu-se numa política nacional seguida pelos Estados europeus, financiados por fundos públicos e apoiada pela criação de aparelhos administrativos nas regiões ocupadas.

3. Crescimento e industrialização

Durante a segunda metade do século XIX ocorreu na Europa um rápido crescimento tecnológico e industrial. Essas mudanças afetaram a economia, a urbanização, os costumes e o padrão de vida de um considerável número de pessoas.
Novas paisagens urbanas
Londres, capital da Grã-Bretanha ̶ maior potência mundial até então ̶ era a cidade mais importante do Ocidente. Ela era considerada referência a civilização européia e, ao mesmo tempo, recebia produtos e pessoas de todas as regiões do planeta.
A crescente industrialização atraía migrantes da área rural. O governo precisava investir em infraestrutura como transportes, saneamento e moradias, porém o fluxo de pessoas que chegavam era bem superior ao esperado.
Por volta de 1850, Londres tinha uma população de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas. Os mais ricos habitavam as áreas mais nobres e centrais, enquanto a maioria da população vivia em áreas mais distantes, os subúrbios. As moradias dos trabalhadores eram modestas e muitas vezes recebiam as fuligens das fábricas. Famílias mais numerosas tinham que compartilhar ambientes pequenos e desconfortáveis. Os serviços de saneamento básico raramente atingiam as áreas habitadas pelos proletários, o que provocava a propagação de doenças.
Mesmo com os problemas decorrentes da urbanização acelerada, a cidade tinha seus encantos. As inovações tecnológicas ̶ como a iluminação a gás e depois a eletricidade ̶ possibilitavam um novo estilo de vida. As pessoas podiam caminhar à noite e prolongar seus momentos de lazer.

O triunfo dos valores burgueses

A industrialização trouxe consigo o crescimento em quantidade e importância de trabalhadores qualificados como engenheiros, administradores, comerciantes e vendedores especializados, formando um grupo social intermediário, a classe média.
Havia muitas diferenças econômicas entre um industrial, um profissional liberal e um pequeno comerciante; mesmo assim, eles possuíam alguns valores comuns. Uma das idéias partilhadas era a crença de que o progresso econômico dependia do esforço individual.
Para os proprietários de indústrias e bancos, o princípio fundamental era o da liberdade econômica. Segundo eles, o progresso só seria atingido se houvesse livre condição para os investimentos, sem privilégios para os aristocratas nem a interferência do Estado.
Já para a classe média, que vivia a instabilidade dos processos econômicos, os mesmos princípios tinham outros significados. A defesa da propriedade e da liberdade econômica pressupunha uma liberdade política para que pudessem defender seus interesses. Por isso, lutavam por uma participação maior nas decisões políticas, como por exemplo, pela ampliação da base eleitoral.

A emergência da classe média

A classe média se beneficiou do progresso econômico que veio com a industrialização. O grupo passou então a valorizar a dedicação a trabalho como forma de realização pessoal e os estudos como maneira de ascender socialmente.
Aqueles que pertenciam à classe média procuravam imitar a forma de vida dos mais ricos, nas construções de suas moradias, nos hábitos culturais, na aquisição de produtos que representavam conforto ou distinção social.
Por fazer parte da burguesia, a classe média convivia com o desafio de enriquecer e ascender socialmente; mas os ricos de má administração dos recursos e de empobrecimento também existiam. Uma das diferenças do mundo burguês em relação ao mundo aristocrático do período anterior ao das revoluções é exatamente esta: o nobre poderia não ser endinheirado, mas possuía um estável prestígio político e social; os burgueses, alicerçados na liberdade e nos esforços individuais, até poderiam progredir e mudar de patamar social, mas não tinham garantia de permanecer nele.

O trabalho feminino

As mudanças econômicas do período industrial alteraram a função das mulheres na sociedade. As mais pobres trabalhavam nas fábricas e busca do sustento familiar. As mulheres com melhor instrução e condição social, mas que não eram ricas, trabalhavam em escritórios e no comercio.
O trabalho feminino passou a ser essencial para o orçamento familiar. Mulheres casadas e com filhos conciliavam o trabalho domestico com a profissão. As jovens solteiras também ajudavam no orçamento familiar.
Com o desenvolvimento acelerado das tecnologias, exigia-se cada vez mais a qualificação dos trabalhadores. As mulheres da classe média corresponderam rapidamente a essa demanda por mais estudos. A presença cada vez maior de meninas nas escolas transformou o magistério, abrindo essa carreira às mulheres.
A luta por direitos
Essa inserção no mercado de trabalho, porém, não veio acompanhada de conquistas sociais. O salário pago aos homens era bem maior do que o recebido pelas mulheres. Elas continuavam sem direitos hoje considerados essenciais, como o de votar.
Sob a influência dos princípios de igualdade liberais e socialistas, os movimentos feministas ganharam vulto nos países industrializados. Refutavam os argumentos que justificavam a inferioridade feminina e lutavam pelo princípio de igualdade entre homens e mulheres.
A primeira reivindicação das mulheres foi o direito ao voto. Com forte influência na Inglaterra e nos Estados Unidos, a causa feminina ganhou apoio naquelas sociedades, e no início do século XX, atingiu restante do mundo.

4. Europa no final do século XIX

Nas últimas décadas do século XIX, o surgimento de novas potências industriais, como a Alemanha e a Itália, levou países como a Inglaterra e a França a uma séria crise. Havia pontos de atrito, principalmente quando aqueles países exigiram uma revisão da divisão do mundo colonial.

Inglaterra

Os problemas que afligiam a indústria britânica deviam-se ao próprio pioneirismo da indústria nesse país. As máquinas inglesas datavam de meados do século XVIII. A aquisição de novas máquinas, que facilitariam e barateariam a produção, significava abandonar os investimentos feitos anteriormente em máquinas que ainda rendiam, embora obsoletas.
Apesar da crise da indústria britânica, o mundo inteiro investia nos bancos londrinos. Os lucros nesses negócios faziam crescer o poderio do setor bancário inglês.
O sistema político inglês era regido pelo Parlamento. A rainha Vitória (1837-1901) reinava, mas não governava. Entre 1867 e 1884, a Inglaterra passou por reformas políticas que aumentaram a influência da Câmara dos Comuns nas decisões políticas. O direito de voto atingiu integralmente as camadas mais pobres (com exceção das mulheres). Por essa razão, a situação de penúria dos trabalhadores passou a preocupar os partidos políticos ingleses. Reformas sociais foram feitas pelo ministro liberal Gladstone. Mas essas reformas não atendiam às reivindicações dos trabalhadores ingleses.
Em 1893, foi fundado o Partido Independente, de orientação marxista. Sua origem provocou o crescimento dos grandes sindicatos ingleses, os trade unions. Com o passar do tempo, esse partido se transformou no Partido Trabalhista, que até hoje está no cenário político inglês. Durante o reinado de Vitória, o poder ficava ora com Partido Liberal, de Gladstone, ora com o Partido Conservador, de Disraeli. Foi com Disraeli que a Inglaterra conheceu seu auge imperialista nos continentes da África e da Ásia.

França

Após a guerra franco-prussiana, a França viu declinar seu poderio industrial. As multas pagas para a Alemanha, a perda dos territórios da Alsácia e Lorena (ricas em ferro e carvão), além de seu parque industrial ultrapassado, fizeram com que os investimentos nessa área diminuíssem. A concentração de capitais ocorreu no setor bancário, onde alguns grandes bancos passaram a controlar os créditos disponíveis no país.
Com a derrota da Comuna de Paris, foi estabelecida a Terceira República, cujo poder ficava nas mãos da Câmara dos Deputados e do Senado. Nessa época, foram lançadas as bases de uma política imperialista, voltada para a conquista e manutenção de colônias em outros continentes.

Alemanha

Com a unificação e a política econômica adotada pelo Reich alemão, a indústria germânica conheceu um surto de desenvolvimento que rapidamente superou o nível tecnológico da França e da Inglaterra. As encomendas do Exército e o programa de expansão ferroviária favoreceram a formação de poderosos complexos industriais e financeiros ligados ao desenvolvimento bélico alemão.
Também a agricultura alemã sofreu modificação no final do século XIX. As grandes propriedades se modernizaram, e os servos, libertos, passaram a trabalhar como assalariados.
O crescimento da classe operária alemã, concentrada nos grandes centros industriais, criou as bases sociais necessárias para que o movimento operário se unificasse, fundando o Partido Social-Democrata Alemão (1875). Por outro lado, formou-se uma aliança entre a grande burguesia alemã e os latifundiários. Dentro do Parlamento (Reichstag), esse processo fortaleceu a bancada do Partido Conservador.
O eleitorado do Partido Social-Democrata crescia. Para combater a popularidade do movimento socialista, Bismark instituiu uma legislação garantindo direitos sociais para a classe operária. Essas leis, entretanto, não impediram que, nas eleições de 1890 para o Reichtag, o partido socialista conseguisse uma expressiva margem de votos. Diante desse quadro indicativo do descontentamento popular, o novo imperador, Guilherme II, conseguiu a demissão de Bismarck e assumiu pessoalmente a liderança do governo. Guilherme II exigia participação na partilha imperialista do mundo, fato que gerou constantes atritos da Alemanha com outras potências mundiais.

Itália

Após a unificação, o Norte da Itália industrializou-se rapidamente. Isso se deu graças à política adotada pelo governo em 1887, de caráter protecionista, com altas taxas alfandegárias, e de incentivo ao investimento estrangeiro, que veio suprir a falta de capital da indústria italiana.
A estrutura agrária do Sul era marcada pela presença de grandes latifúndios explorados pelo sistema de parceria, isto é, o camponês entrava com o trabalho, ferramentas e parte da produção para pagar o aluguel da terra ao proprietário. O protecionismo alfandegário adotado pelo governo dificultava a agricultura do Sul, voltada para as exportações.
Três problemas se interpunham ao desenvolvimento italiano: o pequeno mercado consumidor agrícola e com poucas possibilidades de crescimento, a falta de capital para a indústria e a falta de mercado de trabalho assalariado estável.
A participação eleitoral na Itália unificada era de apenas 2% da população, pois, para exercer o direito de voto para a Câmara, era necessário ter mais de 25 anos, ser alfabetizado e pagar, pelo menos, 40 liras de imposto anual.
Após a morte de Vitor Emanuel II, subiu ao trono Humberto I, que organizou um gabinete de tendência liberal. Esse gabinete iniciou algumas reformas, como a estatização do ensino primário e uma reforma eleitoral, aumentando a porcentagem de eleitores para 7% da população.
Apesar das reformas, a situação continuou tensa. Em 1900, Humberto I foi assassinado e subiu ao trono Vitor Emanuel III, seu filho. .

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