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Império Romano e cristianismo

Durante o reinado do imperador Augusto (27 a.C. – 14 d.C.), nasceu na província romana de Belém, na Galileia, Jesus Cristo. Ao completar 30 anos de idade, Jesus percorreu a Palestina, pregando ao povo uma nova doutrina religiosa – o cristianismo -, que se baseava na crença no deus único. Anunciou que era o messias, envido por Deus. Jesus dizia também que todos poderiam ter acesso ao reino de Deus e obter a salvação eterna. Através da salvação, os homens teriam seus pecados perdoados, sendo recompensados, após a morte, com a glória de viver no Paraíso. Por sua vez, os pecadores descrentes e injustos seriam condenados por Deus ao castigo do inferno. “Amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo” é um dos principais fundamentos da mensagem cristã.

As perseguições à nova religião começam com Nero (ano 54 a 68), numa reação ao crescimento do cristianismo e à recusa dos cristãos em venerar o imperador. Os cristãos são perseguidos até 313, quando o imperador Constantino, pelo Edito de Milão, concede-lhes liberdade de culto e igualdade de direitos, além da devolução dos bens expropriados da igreja cristã.

A ligação entre a Igreja e o Império Romano consolidou-se no reinado de Teodósio, por meio do Edito de Tessalônica (380), que tornou o cristianismo religião oficial do Estado. Se por um lado isso facilitou a propagação da fé cristã, por outro transformou em políticas as divergências religiosas. Qualquer interpretação dos Evangelhos diversa da aceita pelo Imperador e pelo papa passou a ser considerada heresia e seus defensores foram perseguidos.

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