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O IMPERIALISMO E A DIVISÃO MUNDIAL

No final século XIX, aconteceu uma nova corrida colonialista, a exemplo do que havia acontecido no século XVI. O novo colonialismo apresentava diferenças, em relação ao antigo. Além das partes do mundo visadas serem a Ásia e a África, a burguesia industrial, responsável pela nova corrida colonialista, o fazia movida por outros interesses ou causas.

Enquanto no século XVI, a ação colonizadora esteve voltada notadamente para a América, no século XIX, as áreas de interesse ficavam na Ásia e na África e as principais potências colonizadoras foram a Inglaterra e a França, enquanto no antigo colonialismo, haviam sido Portugal e Espanha.

CAUSAS DO NOVO COLONIALISMO:

a) A necessidade de abrir mercados consumidores para a intensa produção industrial.
b) Conseguir fontes fornecedoras de matérias-primas (carvão, ferro, petróleo, borracha) para as indústrias europeias.
c) A necessidade de aplicar capitais fora da Europa: isso seria possível através da instalação e exploração de companhias ferroviárias, mineradoras e de navegação.
d) A possibilidade de desviar o excedente da população europeia.
e) A falta de alimentos que a Europa vinha se ressentindo na época. A possibilidade de aumentar os exércitos das metrópoles europeias.

Justificando a dominação

Para justificar a dominação sobre os outros povos, os europeus do século XIX usaram três argumentos principais:

1º) O europeu estava destinado a levar a civilização (o progresso técnico-científico e os “bons costumes”) aos povos não europeus.
2º) A “raça branca” é superior às outras (esse argumento está contido nas teorias raciais da época).
3º) As nações cristãs tinham o dever de cristianizar todos os povos que viviam mergulhados na “superstição” e na barbárie.

Valendo-se desses argumentos elitistas e racistas, as grandes potências industriais exploraram e mataram milhões de nativos da África e da Ásia, enquanto dividiam entre si as riquezas desses vastos continentes.

Tipos de colônia – O neocolonialismo desenvolve política que tem por eixo dois tipos de colônia: as colônias comerciais e as colônias de assentamento. As colônias comerciais devem fornecer matérias-primas e, ao mesmo tempo, constituir-se em mercados privilegiados para produtos e investimentos de capitais das metrópoles. As colônias de assentamento servem de áreas de recepção dos excedentes populacionais das metrópoles.

Imperialismo na África

O início da partilha da África, pelos ingleses, ocorreu em 1815. A Inglaterra, nesse período, comprou as colônias do Cabo e do Nata dos holandeses. Dessa forma, iniciou uma intervenção capitalista nesse continente: os negros passaram a fornecer matéria-prima para o mercado inglês, ao mesmo tempo em que se tornavam mão-de-obra barata.
A partir de 1830, haverá uma nova corrida rumo à África em busca de novos mercados, porém mais violenta do que a do século XVI, pois essa não respeitou a unidade linguística, religiosa e cultural dos povos africanos.
O neocolonialismo avança sobre o continente, a partir de 1870, quando a Alemanha e a Itália entram em disputa com a Inglaterra e a França pela conquista de territórios que sirvam como fontes de abastecimento de matérias-primas industriais e agrícolas e mercados para seus produtos. Portugal e Espanha conseguem manter alguns de seus antigos territórios coloniais.
A Conferência de Berlim, em 1884 e 1885, oficializa e estabelece normas para a partilha. Qualquer posse territorial deve ser comunicada às potências signatárias e toda potência estabelecida na costa tem direito ao interior do território, até defrontar com outra zona de influência ou outro Estado organizado.

Inglaterra – No fim do século XVIII e meados do século XIX, os ingleses, com enorme poder naval e econômico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a escravidão, já menos lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim e animais.Para isso estabelecem novas colônias na costa e passam a implantar um sistema administrativo fortemente centralizado na mão de colonos brancos ou representantes da Coroa inglesa. A Inglaterra dominou o Egito, o Sudão, a Rodésia, a Uganda, o Quênia, o Zanzibar, a Somália e África Oriental inglesa. No Ocidente, Gâmbia, Serra Leoa, Costa do Ouro e Nigéria.

Holanda – Os holandeses estabelecem-se na litorânea Cidade do Cabo, na África do Sul, a partir de 1652. Desenvolvem, na região, uma nova cultura e formam uma comunidade conhecida como africâner ou bôer. Mais tarde, os bôeres perdem o domínio da região para o Reino Unido na Guerra dos Bôeres.

França – Os domínios franceses iniciam-se na Argélia, depois Tunísia, África Ocidental francesa (Guiné, Senegal, Daomé, Níger, Costa do Marfim, Alto Volta e Mali). Região equatoriana (Gabão, Congo, Chade e República Centro-Africana) e; Marrocos e Madagáscar.

Bélgica – Dominou o Congo em 1908.

Alemanha – Dominou a África Oriental: Tanganica, Ruanda, Burundi. No Ocidente africano: Camerum, Togo e a Namíbia.

Itália – Os italianos criaram possessões na Somália, Eritréia, Líbia, e Etiópia.

Alemanha – Conquista Togo e Camarões (África ocidental), Tanganica e Ruanda-Burundi (África oriental) e Namíbia (África do sudoeste).

Portugal – Mantém as colônias instaladas na África ocidental (Cabo Verde, São Tomé, Príncipe, Guiné-Bissau), África do sudoeste (Angola e Cabinda) e África oriental (Moçambique).

Espanha – Continua com suas posses coloniais na África do norte (parte do Marrocos, ilhas Canárias, Ceuta, território de Ifni e Saara Ocidental) e na África ocidental (Guiné Equatorial).

A Guerra dos Bôeres (1899–1902)

Os Bôeres eram descendentes dos holandeses, que dominavam a região aurífera de Transvaall e de Orange. A Inglaterra, com a finalidade de explorar o ouro do sul da África, invadiu a região e impôs, após três anos de guerra, a sua dominação. Nos anos seguintes, verificou-se a corrida do ouro na África do Sul, quando grandes empresas mineradoras lá se instalaram.

IMPERIALISMO NA ÁSIA

Em geral, o modo de produção dos países asiáticos era formado pela união da pequena produção agrícola, com a indústria doméstica, compondo pequenas comunidades economicamente autossuficientes. O comércio de produtos europeus, principalmente os ingleses, destruiu rapidamente essa indústria artesanal, ficando a população local na exclusiva dependência da agricultura. Tornavam-se, assim, abastecedores de víveres e de matérias-primas da Europa.

Índia

Uma das regiões mais cobiçadas por diversas nações europeias, no decorrer dos séculos XVI a XIX, foi a Índia. Os ingleses, no século XIX, assenhorearam-se da maior parte de seu território até o Ceilão (Sri-Lanka). Astutamente, impediram o surgimento de um poder central forte e estabeleceram um regime de “protetorado” sobre a Índia – regime que, na prática, significava a intervenção na administração local.
Pela força ou pela intriga, os principados em que a Índia estava dividida iam sendo submetidos à administração da Companhia das Índias Orientais, companhia britânica que detinha o monopólio do comércio com o Oriente.
A presença britânica na Índia com a Companhia das Índias Orientais supera a concorrência portuguesa e francesa desde o século XVII. Contra essa hegemonia se rebelam, em 1857, as tropas nativas, ou cipaios. Em 1857, a Revolta dos Cipaios, primeiro movimento nacionalista indiano, colocou em perigo o domínio inglês, mas foi sufocada dois anos depois. O governo britânico dissolve a Companhia das Índias, reorganiza o exército colonial e converte a Índia em domínio britânico.
Em 1877, a rainha Vitória, soberana britânica, era sagrada imperatriz da Índia.Poucos meses depois, em 15 de agosto do mesmo ano, o escritor português Eça de Queiroz escrevia sobre a Índia em Crônicas de Londres: “A grande fome é sucedida por uma fome maior, e diante da calamidade os celeiros acham-se vazios, as economias, da nação, exaustas, o tesouro do governo gasto e a esperança perdida... Isso explica por que já morreram nas primeiras semanas de escassez 500 mil pessoas”.
O Reino Unido implanta em território indiano um sistema de ensino inglês, uma rede ferroviária e a modernização dos portos. Com seus produtos industriais mais baratos, destrói a economia rural autárquica e aumenta o desemprego. Os ingleses se expandem e criam Estados intermediários no Nepal e Butão. Entram no Tibete para garantir privilégios comerciais. Anexam a Birmânia (atual Mianmá ) e Ceilão (atual Sri Lanka ) e tentam disputar com os russos o domínio do Afeganistão. O domínio britânico faz surgir um movimento nacionalista entre setores das classes abastadas indianas, europeizadas nos colégios e universidades inglesas, onde tinham livre curso as idéias liberais e democráticas. Em 1885 é fundado o Congresso Nacional Indiano, com o objetivo de obter uma participação ativa na administração do país.

China

Até meados do século XIX os europeus mantêm feitorias no território chinês, por onde realizam o comércio com as metrópoles. A partir daí ocorre uma intensificação nas tentativas de dominar o mercado chinês por meio de guerras e conquistas.
Dificuldades impostas pelo governo central – Nos séculos XVII e XVIII, os europeus encontravam dificuldade para comerciar no interior da China. O governo central colocava empecilhos aos comerciantes estrangeiros que, mesmo assim, foram pouco a pouco penetrando no país. Ao contrário da Índia (onde se comerciava diretamente com os príncipes locais), a China mantinha sua unidade política, com o imperador fazendo sentir sua autoridade sobre as mais distantes províncias. Para cada negociação, o estrangeiro tinha de relacionar-se com o governo central. No século XIX, no entanto, o poder central praticamente já não detinha autoridade sobre o seu território.

Guerra do ópio

Inicialmente, os britânicos compravam chá, sem conseguir vender aos chineses algum produto em igual quantidade, mas descobriram que o ópio era uma mercadoria de grande aceitação entre os chineses. Com aprovação do governo britânico, a Companhia das Índias Orientais lançou-se à venda do ópio, que era produzido na Índia e na Birmânia. Os efeitos foram devastadores. O governo chinês reagiu, enviando uma carta diplomática à rainha Vitória, da Inglaterra, para que a Soberana proibisse o comércio de ópio ilegal na China. Mas o pedido não foi levado em consideração.
O comércio prosseguiu, levando as autoridades chinesas a promover, em 1839, a queima de 20 mil caixas da substância na cidade de Cantão. Os britânicos reagiram, declarando guerra à China; era o início da Guerra do Ópio.
Tratado de Nanquim – Em 1842, as tropas britânicas vitoriosas submetem a China ao Tratado de Nanquim, estabelecendo, entre outras cláusulas, a abertura de cinco portos chineses ao livre comércio, a imunidade e os privilégios especiais aos súditos britânicos e a transferência de Hong Kong à Grã-Bretanha.
Revolta Taiping – Em 1851, eclodiu uma revolta de camponeses, apoiada por populares das cidades que se espalhou da comarca de Yangtse para outras regiões chinesas. Conhecida como a revolta Taiping, só foi sufocada em 1864.

A divisão da China

No fim do século XIX, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia, Estados Unidos e Japão dividiam o imenso território chinês em diversas esferas de influência. Os nacionalistas chineses reagiam contra intervenção estrangeira e ao tíbio comportamento da dinastia Manchu, então ocupante do trono imperial. No norte da China, uma associação secreta, denominada Sociedade Secreta Harmoniosos Punhos Justiceiros, promoveu atentados e rebeliões contra estrangeiros e missionários cristãos.
Em 1900, com respaldo popular crescente, os boxers (eram os membros da associação secreta) sitiaram o bairro ocupado pelas delegações estrangeira em Pequim. Foi o início da Guerra dos Boxers, que se espalhou das zonas costeiras para as cidades que margeiam o rio Yang-tse. A luta terminou com a derrota dos chineses e a imposição pelas potências estrangeiras da política da Porta Aberta, pela qual a China era obrigada a fazer novas concessões econômicas.
Nacionalismo chinês – A partir de 1905 o nacionalismo se organiza com a fundação do Partido Nacional do Povo (Kuomintang) por Sun Yat-sen, que defende a democracia e a reforma econômica. Em 1911 tem início a revolução nacionalista, que proclama a República em 1912.

Japão

O primeiro contato entre japoneses e ocidentais ocorreu no período das grandes navegações, nos séculos XV e XVI. No século XVII, o comércio do Japão passou a ser monopólio de alguns poucos comerciantes holandeses. O isolamento japonês perdurou até 1853, ano em que a Esquadra Negra, sob o domínio do comandante Perry, forçou a abertura dos portos japoneses ao comércio com os Estados Unidos. No entanto o Japão, ainda na década de 1860, iniciou um “subimperialismo” sobre outras nações – China, Coréia e Taiwan (ou Formosa) –, industrializando-se. O período modernizador do Japão ficou conhecido como Era Meiji, que significa “governo esclarecido”.

Guerra Sino-Japonesa

Em 1868, após um longo isolamento, o Japão emerge disposto a se tornar uma potência mundial. Seis anos depois, envia tropas contra Formosa (Taiwan), com o objetivo de testar a resistência chinesa. Por pressão diplomática do Reino Unido recolhe as forças militares, recebendo uma “indenização” da China. O expansionismo japonês volta a se manifestar em 1879, com a anexação das ilhas Ryu-kyu. Mas o principal objetivo do Japão é a Coréia, situada em posição estratégica e possuidora de grandes reservas minerais, especialmente carvão e ferro.
Intervenção na Coréia – China e Coréia procuram desenvolver laços estreitos de colaboração por intermédio de acordos comerciais e militares. A China busca consolidar sua influência na região, principalmente modernizando as forças militares coreanas. Essa atitude provoca diversos confrontos armados entre facções pró-China e grupos favoráveis aos interesses do Japão, levando ambos os países a enviarem tropas ao território coreano para conter o conflito interno. Estabelecida a normalidade, o Japão, entretanto, decide não abandonar a Coréia, alegando que a situação ainda exige a presença das tropas japonesas para evitar novas rebeliões.
Conflito entre China e Japão – Tem início em agosto de 1894, com o bombardeamento de barcos japoneses pelas forças navais chinesas. O contra-ataque do Japão é rápido e fulminante, derrotando a China em pouco tempo. No início de 1895, o Japão invade a Mandchúria e a província de Shantung, toma Porto Arthur e controla o acesso marítimo e terrestre a Pequim. Em conseqüência, a China admite a derrota e, pelo Tratado de Shimonoseki, reconhece a independência coreana, abre mão das ilhas de Formosa e Pescadores e da península de Liaotung, na Mandchúria, paga uma indenização ao governo nipônico e abre quatro portos em seu território ao comércio japonês.

Expansão japonesa

É a conseqüência das duras condições de paz impostas à China, preocupando os governos da Rússia, França, Alemanha e Reino Unido. Para os dirigentes russos, a cessão da península de Liaotung ao Japão desequilibra o mapa político do Extremo Oriente. Assim, pedem a imediata modificação do tratado de paz, seguidos pelos governos da França e da Alemanha, temerosos do “perigo amarelo”. O Japão cede, exigindo, em contrapartida, um aumento da indenização paga pela China.

DISPUTA PELO IMPÉRIO OTOMANO

A decadência do Império Turco-Otomano começa por causas internas, como administração corrupta, enfraquecimento do Exército e rebeliões das nacionalidades submetidas. O processo é acelerado pelo avanço das potências européias sobre os Bálcãs e pelo domínio dos acessos marítimos ao mar Negro e ao Mediterrâneo oriental.

Guerra da Criméia

Começa com a invasão russa dos principados otomanos do Danúbio, em 1853. A Turquia recebe o apoio do Reino Unido, França e Sardenha, interessados em impedir que a Rússia controle os estreitos de Bósforo e Dardanelos. Em troca, permite a entrada de capitais ocidentais na Turquia. Mas na Conferência de Londres, em 1875, a Rússia obtém o direito de livre trânsito nos estreitos e, em 1877, inicia nova guerra contra a Turquia a pretexto de libertar os cristãos dos Bálcãs.
O Congresso de Berlim, em 1878, consagra a independência dos Estados balcânicos e as perdas turcas de Chipre, para o Reino Unido, da Armênia e parte do território asiático para a Rússia e da Bósnia-Herzegovina para o Império Austro-Húngaro. Em 1895 o Reino Unido apresenta um plano de partilha da Turquia, rechaçado pela Alemanha, que prefere garantir para si concessões ferroviárias.

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